girls just wanna have fun and men... in fitted jeans

Mais um sábado à noite, dia de night por excelência. Pessoalmente, prefiro sair à sexta. Mentira! Pessoalmente, prefiro sair à sexta e ao sábado. Mas o pessoal anda com a mania que já não tem idade para noitadas, muito menos seguidas. Fraquinhos!
Adiante!

Mais um sábado à noite, com warm-up em minha casa, o que, por si só, promete.
Não terá sido por acaso que eu recebi uma carta do condomínio dando-me a conhecer a Lei do Ruído. Com partes sublinhadas e tudo, poupando-me o trabalho de ler o restante. Acho que só vai sair aquela matéria na chamada oral.

Como acordei às 17h30, tive de repensar a ementa do jantar. Optei por reforçar o stock de João Pires e improvisar um esparguete de marisco com molho de natas. A estratégia era embebedar os convivas logo nos aperitivos. Assim, no caso do jantar não sair conforme idealizado, ninguém repararia.
Assim foi! Antes do jantar ir para a mesa, já estava tudo bêbado. Quer dizer... eu, pelo menos, e como boa anfitriã, já estava.

Findo o jantar, servem-se os digestivos. Em minha casa é tudo conforme manda o figurino. No que respeita a desculpas para beber, pelo menos.
Chega o resto do pessoal. Entre eles, um caloiro nestas noitadas com Brunhild. Habituado a ver-me sempre muito bem comportadinha, a beber água, às vezes umas caipiroskas ou umas cervejas, mas sempre com aquele ar de quem não parte um prato, ficou algo surpreendido por me ver naquele precoce estado de euforia alcoólica.
Ultrapassado o choque, estava na hora de descolar.

A esta altura a minha memória já começa a falhar.
Não me lembro do percurso de carro, nem onde paramos mas lembro-me bem da seca que apanhava de cada vez que ia buscar um Mojito. Também me lembro bem das galochas brancas que as meninas da publicidade do tabaco tinham calçadas e da cara delas de parvas, tipo-não-te-conheço-de-lado-nenhum-para-me-estares-a-dirigir-a-palavra, quando lhes perguntei se sabiam onde as tinham comprado. Este pessoal do Porto é tão empertigado! Principalmente as gajas. E contra mim falo, que por vezes dou por mim a fazer a mesma cara de parva. Em Lisboa o pessoal é mais... como direi... dado! Mas estas considerações ficam para outra altura.
Lembro-me bem de cruzar o meu olhar com um olhar vivo e cheio de qualquer coisa que me deu vontade de descobrir, do outro lado da sala. A acompanhar aquele olhar, vinha um tímido sorriso maroto e um "charme de trapalhão". Quem me conhece, sabe que este é o meu ponto fraco. O "charme de trapalhão" e sinceridade, conjugadas, são uma arma letal, para mim.
Quando o dono daquela poderosa arma passa por mim, eu disfarçadamente faço "a rotação" e é quando tenho a decepção da noite: nada! Nadinha! Nada de nada! Nicles! Népia! Nestum! Nestes!

Uma amiga já me tinha falado sobre esta crise, mas ainda não me tinha atingido. Muito honestamente, pensei que fosse crise que não atingisse a faixa etária dos trinta e, como não aprecio "bebés", nunca pensei senti-la. Muito enganadinha...
Por coincidência, ainda no outro dia, a dar passagem a um adolescente que atravessava na passadeira, me ri sozinha. Esta modinha dos gajos andarem com as calças a caírem pelas as pernas abaixo tem a sua piada. As calças do miúdo eram tão grandes que ele tinha de as segurar para elas não caírem à medida que ia caminhando. Ri-me que nem uma perdida dentro do carro. E achei interessante o facto dos gajos andarem a tentar caber no tamanho a cima, quando as mulheres passam a vida a tentar caber no tamanho abaixo. Ainda ontem quase tive de fazer o pino para me conseguir enfiar nas calças novas que comprei, um tamanho abaixo. Missão comprar-roupa-na-secção-de-criança cada vez mais próxima de ser cumprida.

Também confesso que o ar "yo!-yo!-sou-tão-mau-e-rebelde" me atrai. Pela minha experiência, são estes os gajos mais lamechas que existem. Um reflexo da música que ouvem: hip-hop vs R&B. Gosto da atitude, mas não gosto da forma de vestir. No entanto, também não gosto de gajos pipocas. Na verdade, pouco ligo ao que vestem, desde que mostrem o que gostamos de apreciar.

Meninos, não nos privem do que mais gostamos! Como disse um amigo meu, e muito bem: "nós não temos mamas para mostrar, logo não podemos usar decotes; não temos pernas para usar mini-saias; nem sequer podemos usar batôn; a nossa única arma são s calças que nos favoreçam o rabiosque.".
Nós, mulheres de Portugal, andamos a fazer a nossa parte. Eu até aderi à moda da mini-saia, coisa que não fazia há uns quinze anos (ai! esta doeu!...). Façam a vossa parte também!

Suspeito que esta modinha foi ideia de algum pseudo que não tinha cu para as calças, literalmente! E os outros, nabos, foram atrás!
Nos putos ainda tem a sua piada. A mim, dá-me vontade de ir lá puxar-lhes as calças para cima. Mas em gajos acima dos trinta, fica um pouco ridículo, não acham?!
Vá lá, meninos, alegrem os nosso dias!!!
Não nos façam ter que regressar no tempo e voltar a frequentar salões de bilhar. O que, em desespero de causa, será o que vai acontecer.

Após esta tremenda desilusão, nada mais me restou a não ser beber até esquecer. E assim foi! Do resto pouco ou nada me lembro.

Dizem-me que sou endiabrada e que foi uma noite muito divertida. Eu acordei com essa sensação no dia seguinte, apesar do grande buraco negro na memória.
Também sei que acordei com a caixa de mensagens do telemóvel cheia. Mensagens que não sei o que respondi porque o meu telemóvel, antigo, não guardava as mensagens enviada.
A ver se a menina não tratou logo de comprar um telemóvel novo, 3G, com pontos finais e tudo...

7 comentários:

Anónimo disse...

AH!AH!AH! Muuuuuito bem!!
Oh meus Deus! Descobri que pertenço ao clube dos "fraquinhos"! eu, já nem com guaraná pastilhas e ginseng lá vou!
Que Viperina Brunhild! Nunca vi um de 30 com esses jeans, o máximo foi a mochila ás costas á porta do ginásio(e ficam giros que se fartam!).
Esses jeans dão-me dores nas costas, gosto de ler as letrinhas no elástico dos boxers.

Brunhild disse...

Andavam a chatear-me que eu estava a ficar muito soft... Pimba! Pedem, eu dou. :D

Aqui entre nós, eu tb! Principalmente naqueles cuja altura permite q as usem sem parecerem uns marrecos. :D
(qq dia mordo a língua e morro com o meu pp veneno)

ahahahah, eu já nem me dou ao trabalho. São sp calvin klein! :D

Carpe Diem disse...

Tem piada... não conheci nada desta faceta em Lisboa, que eu saiba e me lembra quem andava a cair "de podre" era a tal de Brunhild!!

Das 2 uma, ou foi um ataque de fraqueza ou então a companhia é que era muito, mas muito, fraquinha...

Beijos de quem usa calças "normais"
Nuno.

Brunhild disse...

Esta Brunhild aparece cada vez menos, é certo. Depende das horas que dormiu, do sítio onde está, com quem está, do alinhamento da lua com o sol, da quantidade de alcool ingerida, do que tem calçado... pffffffffffffffff

Bruno Ramalho disse...

hmmm... já que estás com a pica toda, já reparaste nas calças que eu uso? (eu sei que vario e tal) Anda lá, chega-te à frente que é para eu ter noção! ;)

Brunhild disse...

"já reparaste nas calças que eu uso?" loool
Eu acho q, às vezes, vc se esquecem q eu sou gaja... Claro q já reparei! São calças normais. Aliás como o teu estilo: normal, sóbrio mas descontraído.

Bruno Ramalho disse...

até parece que eu perguntava, se não fosses gaja, se não fosses uma fashion buf :P LOL

ok, é justo, é que às vezes são jeans, outras vezes calças com bolsos, outras de bombazine e tal e tal...

era só pra ver se já me tinhas apanhado com os boxers de fora! :D