Adeus 2008...

Brunhild sempre foi uma pessoa cheia de planos, projectos, objectivos e, sobretudo, de sonhos.
De há uns tempos para cá, deixei de ter planos e de planear, deixei de ter projectos e objectivos de vida. Deixei de sonhar.
Achei melhor deixar de me iludir com fantasias ditas de adolescentes e decidi viver a realidade.
Tornei-me mais uma.

Não sou capaz! Não consigo viver assim. Quero e preciso dos meus sonhos de volta. Preciso de um rumo, caso contrário, perco-me facilmente.

Desperdicei estes anos todos a viver aquém do esperado, aquém do que sou capaz. Sempre à espera de alguém, para começar a viver. Chega!

Preciso de ir. Preciso de me libertar do que me prende, do que me sufoca lentamente. Preciso ser livre.

Vou deixar de esperar ou procurar. Vou deixar de marcar passo e vou seguir. Vou viver por mim e para mim.

Tenho o mais importante dentro de mim e só agora o sei.
Não preciso de mais nada.

partida

Para mim, o que as crianças têm de melhor, é aquele encanto natural de quem é puro e inocente, e a ingenuidade inerente.
Qualidades que tendemos perder, a cada pancada que a vida nos dá.
Conservar essas qualidades, preservá-las a todo o custo, é muito difícil.
É preciso muita perseverança, muita força, muita garra.
É preciso querer acreditar e acreditar mesmo.
Sermos batidos pelo cansaço, baixar os braços, deixar de acreditar, deixarmo-nos seduzir pelo desencanto, é fácil demais.
E, no entanto, é esse o caminho que eu vejo tomarem.
Pessoas que outrora foram brilhantes, pessoas que por ainda serem puras e inocentes se distinguiam das outras, cedem. Provavelmente sem se aperceberem.
Chamam-lhe amadurecer. Eu chamo-lhe apodrecer.
Apetece-me dizer-lhes para não irem por aí.
Mas, há muito que deixei de ser detentora da verdade.
Talvez só não as queira ver partir porque me fazem falta. Talvez porque de alguma forma também me alimentava daquele brilho.
Pedir-lhes para que fiquem, é pensar só em mim.
Por isso, vou deixá-las seguir o caminho que escolheram.
Sabendo que, jamais as seguirei.

Quero uma bonequinha destas, no Natal de 2009

Posso dormir até que passe?

A 14/01/2008 escrevia:

Sinto-me a correr desenfreadamente pelos carris, sem medo de tropeçar e me estatelar, com pressa em chegar ao meu destino.
Mas estou sempre a ver quando vou ser atingida pelo comboio.


Pois bem. Pouco tempo depois o comboio atingiu-me em cheio. Desde essa altura que ele segue descontrolado, comigo à frente, estatelada.

Alguém se importa de dizer ao senhor maquinista para parar a porcaria do comboio?
Estou farta! Não aguento mais! Quero sair. Quero desistir!
Por favor?...

ou não...

Será esta música que irei cantar, quando formos ao karaoke.
Prometam-me que filmam!



Ainda bem que sei a letra de cor. Se fosse obrigada a segui-la pelo monitor, era menina para distrair com o filme.

ok?

Contagem decrescente

Destino: Londres
Arrival: 31.12.2008 16h00

Londrinos, preparem-se , Ortlinde logo, logo está aí!!!
Acabou o sossego!

euronext

"Pico máximo da epidemia esperado para os próximos dias"

Eu devo ser mesmo coisa muito ruim. Tão ruim, tão ruim, que nada me pega! Praticamente toda a gente que eu conheço, esteve, ou prepara-se para estar engripado.
Era tão bom se eu ficasse doentinha agora. Nada me soa melhor do que ficar em casa, de molho, a chá e lenços de papel, a estupidificar em frente à televisão e a ler MEC.
Ah! E ainda me poupava o trabalho de ter de decidir onde passar o reveillon. Isso é que era!
Alguém vende uma gripezinha? Eu compro!

"o segredo da minha boa disposição"


Último Volume
Miguel Esteves Cardoso
(MEC, para os amigos e super fãs)

A falta que este gajo faz. Ele ameaça voltar. E eu espero bem que sim.
É de ler a rir e chorar por mais.

O Traque

Ai este nosso Portugal plantado no rabinho da Europa!
Tão pequenino mas sempre nos primeiros lugares nas estatisticas europeias!
Os mais bebados
Os mais pobrezinhos
Os mais acidentados
Os mais envelhecidos
e vou parar por aqui, não vos quero maçar ou deprimir.
O que a Europa ainda não se lembrou foi de fazer a estatistica do Traque.
Estaríamos mais uma vez no topo, garantido!
Este é o pais dos traques, não sei se é por estarmos no tal rabinho da Europa se é mesmo um problema de flatulência verbal!
São traques por todo o lado, ora vejamos:

Vou ás finanças e diz-me a criaturinha do balcão: "a menina traque ir á tesouraria comprar o impresso"
No dentista "a menina traque bochechar e cuspir práli
No supermercado: "a menina traque se dirigir ao balcão das informações"

Arre! Traque aqui, traque ali não há quem aguente!

Portanto, para além do esforço que andamos para aqui a fazer para sairmos dos tops destas estatisticas europeias, há que fazer também um esforço para não largar tanta bosta pela boca fora assim sem mais nem menos!

Acordei tão bem dispostinha!

Já dormi! E voltei a acordar! Take two!

Resulta (quase) sempre. Naqueles dias em que estou mais impertinente do que já é habitual, uma soneca a meio do dia, costuma ser tiro e queda. Como os putos! No fundo é como o meu pai me dizia: "se queres ser cachopa, levas tratamento de cachopa." Um tratamento que, nos dias de hoje, dou a mim própria.

Quando o boss me ligou a dispensar-me, fiquei AINDA MAIS MAL DISPOSTA! Se é que tal é possível. Logo naquele momento, que estava a começar a escrever o texto. Em que começava a passar para o papel todos os meus sentimentos, mesmo aqueles densos e recalcados que não tenho coragem de dizer em voz alta, e a minha sempre companheira raivazinha de pseudo-rebelde incompreendida e mal amada, que não tem mais nada com que se preocupar a não ser com o próprio umbigo e em como o mundo se reuniu para me tramar.
Só para o contrariar, acabei de escrever o texto antes de me vir embora. Se ele pensa que, só por me pagar o ordenado, pode mandar em mim, está muito enganadinho. Sou senhora de mim própria e do meu narizinho gelado. Só faço o que quero! Quando quero! E venho embora quando quero e não quando ele quer.

Cheguei a casa e enfiei-me na banheira. Tomei um daqueles banhos dois-em-um: banhoca e sauna ao mesmo tempo. A água estava de tal maneira quente que quase pelei, como os tomates. Mas insisti, porque sou irreverente e, como já disse, só faço o que quero. E se eu decidi que a água tinha de estar aquela temperatura, mesmo que estivesse insuportavelmente quente e quase me queimasse, tinha que estar aquela temperatura. E mais nada!

Levei a cabo os pré-preparativos que uma saída à noite requer e deitei-me, de televisão ligada. Não há nada melhor para a má disposição do que fazer zapping incessantemente pelos canais todos que a TV Cabo disponibiliza e chegar à conclusão que não dá nada de jeito.
Optei pelo primeiro canal, RTP1: Música no Coração, o filme. Ora, é mesmo disto que preciso. Uma cambada de putos e dois graúdos a comportarem-se como putos, a cantar as suas coisas favoritas. Mas, não ser porquê, aquilo não estava a fazer nada bem à minha má disposição. Resolvi adormecer!

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
(Caso não tenham percebido, isto sou eu a dormir. Na paz dos anjinhos e dos Deuses... gregos!)

Acordei umas horitas depois com a porcaria do telemóvel a tocar. Raios partam estes aparelhinhos chinfrim!

Olhei ao espelho e reparei que a rugazinha do mau feitio, aquela que faz levantar o sobrolho, carregar o semblante e encorrilhar a testa, tinha desaparecido.
Coloquei um cd em altos berros no sistema de som, de forma a criar ambiente enquanto me preparo para a night.
Aos primeiros acordes... tira o pé do chão!!!
Não sei quanto tempo estive naquela dança esquizofrénica mas, quando me sentei ao computador, os meus batimentos cardíacos estavam bastante acelerados.
Foi nesse momento que comecei a escrever este texto. Desde esse momento até agora, já passou uma hora. Isto porque, sempre que começa uma nova música, eu salto para a pista de dança.
Assim, continuo de fato de treino vestido, e sem vontade de trocar de roupa, sem me maquilhar, sem arranjar o cabelo, sem nada. E estou a ficar em cima da hora. Por isso, meus queridos, hoje ficamos por aqui.

Se por acaso algum de vocês se cruzar comigo hoje à noite, fuja! Olhem que ela está possuída!
Não prometo dançar porque já dancei que chegue. Mas prometo animar as hostes. Ou não! Porque nunca se sabe quando a má disposição voltará a atacar.
Se bem que eu estive a pensar seriamente no assunto durante 37 segundos e cheguei à conclusão que isto não passará de TPS - Tensão Pré Saldos. São as hormonas todas aos saltos, à moshada cá dentro, mortinhas por sair loucas atrás daqueles sapatos que vi na baixa, do casaco cinzento que vi no Norteshopping, do vestido para a passagem de ano que vi no Arrábidashopping, das botas que vi no CC Bom Sucesso, da camisa que vi no Dolce Vitta, das cuecas que vi no Gaiashopping, da camisola que vi no Maiashopping, do gorro que vi no Parque Nascente e das meias que vi no Via Catarina.
Mal posso esperar que chegue Domingo!...

Má disposição?! Que má disposição?...



PS - Para que fique registado, e a título de curiosidade, o corrector ortográfico do blogger, não reconhece "incompreendida" (sugere "incompreendido"), "esquizofrénica" (só "esquizofrénico") e "putos" (nem "putas"). Hummm, isto quase que dava para um texto!...

Acordei mal disposta!

Agora que o Natal já se foi, posso voltar a ter os meus acessos de fúria e ataques de mau feitio fulminantes. Por isso, ACORDEI MAL DISPOSTA!

Está um frio de rachar para sair da cama tão cedo. Devia ser proibido sair da cama quando a temperatura fosse inferior as 15º. Ninguém merece!
Depois de dois dias passados no quentinho do lar, aquecido pelo amor da família toda reunida (E pela lareira, obviamente. Que o amor só aquece os corações. As mãos e os pézinhos só mesmo a lareira.), ter de enfrentar este frio, é o meu pior pesadelo.
Sou a pessoa mais friorenta do mundo! E arredores! Só gosto do quentinho. Mas, como sou filha do Inverno, esta é a minha estação do ano preferida. Parece um contra-senso mas não é. Só que também não me apetece explicar. Como disse, ACORDEI MAL DISPOSTA! Por isso, amanhem-se como quiserem. Tirei as vossas conclusões. Aliás, como tão bem (not) costumam e gostam de fazer.

Também deveria ser proibido acordar com o despertador. Qual é a pessoa que consegue acordar bem disposta com aquele som irritante? Eu tentei contornar a situação, programando o meu telemóvel 3G para despertar com uma das minhas músicas preferidas. Mas, o efeito não está a ser o desejado. Em vez de acordar mais bem dispostinha, estou a um passo, de bebé, de começar a odiar a música.
Devíamos ser livres para acordar quando tivéssemos dormido tudo e a ir para a casa só quando o João Pestana ataca com toda a sua força. Assim como a comer só quando se tem fome e não às horas que alguém achou por bem estipular.

Toca o despertador, ponho a mão de fora, pronta a mandá-lo contra a parede. Mas depois lembro-me que é o meu telemóvel novo e recuo. Deito o nariz de fora e sinto aquele frio todo. Mais cinco minutos. Os cinco minutos tornam-se mais cinco. Depois mais cinto. Só mais cinco. E ainda mais cinco. Agora é mesmo: mais cinco. Está na hora. Não, ainda posso ficar mais cinco. Pronto, agora é que estou atrasada.
O caminho até ao quarto de banho é feito ainda de olhos fechados e a tilintar de frio. Nestas alturas pergunto-me sempre por onde andará o aquecimento global...
Ponho a água a correr e ela saí fresquinha. Que bom!...
Numa corrida contra o tempo, arranjo-me e saio de casa, agasalhada até aos dentes, quase à hora que devia estar a entrar na empresa.

Trânsito, nem vê-lo. Serei a única pessoa a trabalhar hoje? Algo que me deixa AINDA MAIS MAL DISPOSTA! Não por não poder ficar em casa, com o meu pijaminha vestido, no quentinho da minha caminha, agarrada à minha almofada, mas por o resto do país não estar a aguentar este frio que se entranha só nos meus ossos. Que país terceiro mundista!
E lá vou eu até à empresa, a pensar na razão pela qual tive de nascer neste cantinho mal amanhado e friorento.

Estando mal disposta e atrasada, faço o percurso casa-trabalho em tempo recorde. Chego a horas ao emprego! Sete minutos de atraso é chegar a horas. A última vez que isso aconteceu foi há tanto tempo que já nem me lembro. E este pensamento DEIXA-ME AINDA MAIS MAL DISPOSTA!

Antes de começar a trabalhar, tenho de esperar que a má disposição, pelo menos, atenue um pouco. Caso contrário, o trabalho não rende e ainda insulto alguém pelo telefone que, felizmente, está sossegado.
Passeio pela net. Vou oferecer-me uma viagem pelo meu aniversário. Preciso de sair daqui. ESTOU FARTA!
Só não sei se me aventuro sozinha ou se procuro companhia. Hoje, estou inclinada para ir sozinha. ESTOU MAL DISPOSTA! Não me apetece aturar ninguém. Mas, amanhã, ou daqui a pouco (comigo nunca se sabe!), já posso ter mudado de ideias.

Toca o telemóvel. Número privado. "Tou, tou." Mas parece que não está ninguém! Porque é que me fazem isto?! Para que ligam se não vão falar? Para ouvir a minha voz? Eu mereço? Ainda inspiro com vontade, para depois disparar tudo o que me vem à mente, mas opto por desligar sem dizer nada. No estado que estou, a coisa não ia com toda a certeza acabar bem. O que é que acontece? Adivinharam! Fico AINDA MAIS MAL DISPOSTA!

Em dias assim, em que tudo parece correr mal, o que se costuma dizer é: hoje não devia ter saído de casa! Irónico, huh?!

Felizmente, tenho um boss que me adora (e com motivos para isso) e acaba de me dizer para eu ir embora. E eu vou, já!

Vou a correr para casa e voltar a enfiar-me na caminha. Com sorte, adormeço imediatamente e consigo riscar este dia do meu calendário.
Ou talvez acorde mais tarde e finja que o dia só agora está a começar. Tomarei uma banhoca de água quentinha, com direito a esfoliação e máscara de cabelo, vestir-me-ei com todo o cuidado, de preferência o vestido que faz tanto sucesso e irei cair na night.
Nada melhor que tomar um copos com os amigos, jogar conversa fora, dar umas gargalhadas parvas e abanar a perninha, para esquecer o dia chato que "não" tive.

Frio logo à noite? Que frio?!...

O reencontro

O casado. Lembram-se?
Não podia ter corrido melhor. O dia estava bonito, o povo sereno e eu um arraso. Perfeito.
Como não podia deixar de ser, não se evitou o contacto.
Primeiro o olhar de reconhecimento. È? Não é? Sou eu mesma pá.
Depois o sorriso. Se queres saber se ainda tou zangada, pega lá um sorrisinho também. Já não estou.
Discretamente foi aproximando-se, eu facilitei a vida, mantendo-me no seu raio de visão, vá lá não quero que me percas outra vez.
È nestas alturas que os amigos fazem jeito, está ele a passar e o meu interlocutor chama-o e cumprimentamo-nos. Olá então como estás? Eu estou óptima (como se pode ver!) E tu?
Saltámos da fase dos elogios para o último encontro, deu-me toda a razão. Humm como eu gostava de andar enganadinha nestas alturas.....
Ficámos esclarecidos.
A vida profissional não podia correr melhor, já anda a fazer sucesso pelos lados de Lisboa. Vou receber o último romance dele, qualquer coisa sobre uma mulher que muda a sua vida numa certa noite Estou curiosa. Irónicamente imaginei-me uma cobaia, através da qual ele se alimenta para rechear as suas histórias de carácter feminino. Tola.
Cheio de charme, ar descontraído e o mesmo sorriso hipnotizante. Mas desta vez não me apeteceu aquela boca. Fiquei desanimada. Passou muito tempo, é isso.
A despedida foi agradável. Perguntou se podia estar novamente comigo "claro, um dia destes" (mas vais ser tu a mexer-te!)
Continuei por ali. Palavra aqui, palavra acolá e há uma criaturinha que me lembra que eu estava ainda há pouco a conversar com o escritor. Pois estava, já nos conheciamos informei-a. Nestas reuniões há sempre uma invejosa.
E não é que a invejosa me pergunta se eu também já conhecia o filho ? Filho?! Qual filho?! Ainda lembro de ele ter dito que não queria filhos!
Um filho de poucos meses!

Não fiquei desiludida, o reencontro não foi propriamente excitante. Apenas pergunto e porque sou mãe orgulhosa da minha descendente, como é que alguém fala sobre quase tudo e não fala de um filho?! Que espécie de homem é este que não se lembra de falar do filho?!

Transcrevo aqui uma msg que recebi de um ex-namorado :

"Querida, um feliz e delicioso Natal para ti e para tua filhota. Tens de conhecer a minha morena de olhos azuis e 49 cm :) Bj grande."

Parabéns Paulo , pela princesa e pelo homem que és!

e por falar em assombrações...

The nightmare before Christmas
"Jack's lament"



There are few who'd deny, at what I do I am the best
For my talents are renowned far and wide
When it comes to surprises in the moonlit night
I excel without ever even trying
With the slightest little effort of my ghostlike charms
I have seen grown men give out a shriek
With the wave of my hand, and a well-placed moan
I have swept the very bravest off their feet

Yet year after year, it's the same routine
And I grow so weary of the sound of screams
And I, Jack, the Pumpkin King
Have grown so tired of the same old thing

Oh, somewhere deep inside of these bones
An emptiness began to grow
There's something out there, far from my home
A longing that I've never known

I'm a master of fright, and a demon of light
And I'll scare you right out of your pants
To a guy in Kentucky, I'm Mister Unlucky
And I'm known throughout England and France

And since I am dead, I can take off my head
To recite Shakespearean quotations
No animal nor man can scream like I can
With the fury of my recitations

But who here would ever understand
That the Pumpkin King with the skeleton grin
Would tire of his crown, if they only understood
He'd give it all up if he only could

Oh, there's an empty place in my bones
That calls out for something unknown
The fame and praise come year after year
Does nothing for these empty tears

boas assombrações

Scrooge é um velho sovina cuja obsessão pelo sucesso financeiro o deixou azedo e sozinho na sua velhice.

Mas numa véspera de natal, Ebenezer Scrooge tem a maior lição que alguma vez podia imaginar, quando os espíritos do Natal do Passado, Presente e do Futuro lhe fazem uma visita, levando-o numa viagem fantástica através da sua vida, que lhe vai abrir o coração para algo muito mais poderoso que o dinheiro: o Amor, os Amigos e a Família.


"Contos de Natal", Charles Dickens

Ortlinde Al-Zaidi

Hoje atirava de bom grado o meu sapatinho de tacão aos Senhores Administradores !

Sinto-me explorada e oprimida pelos interesses capitalistas!

Devia estar a cortar o cacete para as rabanadas e estou a trabalhar!

Mas estou feliz! Generosos, "ofereceram-me" a tarde de férias que eu nem pedi!

È Natal!

A todos os que sofrem a opressão deste capitalismo Um Santo Natal !

E para os outros também!

mimo(s) para Ortlinde





Recomendo durante a Ceia de Natal


Muiiiiiiito bom !
Natal em Jazz, boa voz, bons arranjos e excelentes coros!

sem cravo mas com muita canela

Tal como planeado, à hora de almoço, lá fui eu buscar a prenda da minha maninha.
Dirigi-me à baixa da cidade, estacionei e caminhei até à loja.
Podiam-me ter avisado que a loja tinha mudado de lugar, tinha evitado aquela caminhada toda. Acho que já referi anteriormente que andar de saltos altos pelas ruas da cidade, não é tarefa fácil.
Durante o percurso, sinto alguns olhares postos em mim e ouço aqueles comentáriozinhos "Ai, minha nossa Senhora!", "Jesus!", "Meu Deus!". Não imaginava que os portuenses fossem tão religiosos. Deve ser da época.
Quando isto acontece, a primeira coisa que me lembro, é o "work it!, work it!, work it!" do Pretty Women. Mas logo a seguir, volto a concentrar-me na árdua tarefa de não entalar o salto das botas num paralelo ou de tropeçar e estatelar-me ao comprido no chão.
Sou obrigada a parar por duas vezes para perguntar pela nova localização da loja. Esta modinha de não identificarem os estabelecimentos comerciais é uma seca tremenda.
Finalmente chego à loja e sigo directa para o balcão. Dou de caras com uma figurinha interessante de cerca de um metro e oitenta, ou mais, moreno, olhos negros fixos em mim, uns lábios perfeitamente delineados a esboçar um discreto sorriso, cabelo desgrenhado, e lembro-me do pedido que formulei hoje de manhã. Até arrepiei!
A custo, identifico-me e ele nem me dá tempo de dizer mais nada.

- A menina da voz doce e do nome bonito! Mas estou a ver que não é só o nome...

Senti-me mingar, senti os elásticos dos totós a puxarem-me o cabelo, o sinal da testa a renascer e, pior, a ficar vermelha até aos dentes.
Já não fui capaz de dizer mais nadinha ou sequer ousar cruzar o meu olhar com o dele novamente.
Paguei ainda a tremelicar, sob a sua supervisão atenta, e sem me enganar no código! Fiquei orgulhosa de mim.
Desejou-me Bom Natal e eu retribuí, sempre a olhar para o chão.
Saí da loja lampeirinha e sem tropeçar. Inchei de tanto orgulho!

Já fora da loja, e de regresso ao carro, penso: sempre que uso este vestido, acontecem-me coisas boas. Acho que vou fazer como a minha afilhada fez, quando lhe ofereci um pijama da Hello Kitty: usá-lo incessantemente até ficar insuportavelmente encardido!

Estão a ver por que é que eu gosto do comércio tradicional? Por causa do atendimento personalizado.

Já agora, uma vez que já tem o mais difícil, o meu número de telemóvel, quero pedir que ele me ligue, ou pelo menos me envie uma sms de Boas Festas, nem que seja em nome da loja. Fiquei com muita curiosidade de saber se ele reúne as restantes características.
Bem, na verdade, pouco me importa o resto. Já vi que tem o mais importante. Ele que me ligue!
Ah! E já estou a fazer uma lista de tudo o que quero ou preciso para publicar aqui no blogue. Parece que resulta!

2008 best track *

* Pelo staff da Picthfork


E como eu ADORO esta música! Original e remixes, marcha tudo. Ide ouvir, ide.

Blind - Hercules and Love Affair (original)
Com a inconfundível voz do Antony e o selo da DFA, obviamente.



As a child, I knew
That the stars could only get brighter
And we would get closer
Get closer
Oooooh

As a child, I knew
That the stars could only get brighter
That we would get closer
Get closer
Leaving this darkness
Behind

Mmmm-mmmm
Oooooooh

Now that I'm older
The stars should lie upon my face
When I find myself alone
Find myself alone
Oooooh

Now that I'm older
The stars should lie upon my face
And when I find myself alone
I feel like I
I am blind

Feel it
Feel it
Feel it
Feel it
Like I am blind
I am blind

I wish the stars could shine now
For they are closer
They are near
But they will not present my present
They will not present my present

I wish the light could shine now
For it is closer
It is near
But it will not present my present
It makes my past and future painfully clear

To hear you now
To see you now
I can look outside myself
And I must examine my breath and look inside
Ooooooh

To see you now
To hear you now
I can look outside myself
And I must examine my breath and look inside
Because I feel blind
Because I feel blind

I feel it
I feel it
I feel it
Like I
Like I'm blind
Ooooooh
The movie will
Mmmm, and feel it
Oooooh, I feel it
Feel it

Bruno Aleixo

Será que só eu é que desconhecia a existência deste ser?!...
Para que não incorram na mesma falha, aqui fica:



O Programa do Aleixo
O Aleixo no Hi5

"A menina já parece o Pai Natal!"

Procurar o presente indicado para cada pessoa que gosto não é tão fácil quanto parece. Ainda por cima sob pressão, com filas intermináveis nas caixas de pagamento, com pessoas a atropelarem-se, “rapariguinhas de shopping” mal encaradas, lojas a parecerem a FIC, tal é a desarrumação, e condicionamentos orçamentais, que acabam sempre tão ou mais ultrapassados que o da Casa da Música. Ou porque vi algo que é “a cara” de alguém que não estava listado. Ou porque por mais uns euros prefiro oferecer algo que tenho a certeza que a pessoa vai gostar. Ou porque pelo meio compro mais uma(s) coisinha(s) para mim. Enfim, é sempre a sumir… Gosto de dar, que posso fazer?!...

Aproveitei o facto de, depois do primeiro concerto, o espírito natalício finalmente se ter apoderado de mim, e lá fui eu à caça ao(s) presente(s).
Cheguei a temer que este Natal me passasse ao lado. Estas coisas ou se sentem e são naturais, ou então está o caldo entornado. Não vai lá com fretes. Mas eis que ele surge, em pleno, vivinho da Silva.

Como não suporto centros comerciais e, como o tempo tem estado a favor, optei pela baixa da cidade. Gosto do comércio tradicional, do atendimento personalizado. E sempre aproveito para passear.

Dirigi-me à Fnac (grande contra-senso!). Hora e meia depois e após de ter virado a loja inteirinha de pernas para o ar, lá consegui, por fim, riscar os primeiros três nomes da lista.

Próxima paragem: brinquedos. A minha parte preferida. Perco-me sempre a comprar os presentes para os miúdos! Afinal o Natal é deles. Mas, como nunca fixo as suas idades, fica difícil. Só mesmo pedindo ajuda.
Com toda a calma do mundo, a funcionária ajudou-me a escolher os respectivos presentes. Bendita paciência a dela, para me aturar.
Eu gosto de oferecer presentes grandes. Lembro-me perfeitamente do tempo em que era da altura deles: quanto maior era o embrulho, maior era o entusiasmo.
Com esta idade ainda não sabemos que os melhores presentes são aqueles que não podem ser embrulhados.
Gosto de os surpreender, de os ver quase a sufocar com tanto entusiasmo, dos seus olhinhos brilhantes, de os ver rasgar o papel como se não houvesse amanhã.
Adoro crianças! Não é novidade, eu sei.
Mas até no tamanho estou condicionada. Fui proibida de oferecer presentes grandes por causa da crónica falta de espaço das famílias. Por vivermos todos encaixotados, em cima uns dos outros.

A esta altura, já não tinha mãos para tantos sacos. Para a próxima tenho de levar o Jarbas comigo.

Ainda assim, entrei numa perfumaria de rua, para comprar o presente da avó. É sempre o presente que me dá cabo da cabeça: o que se oferece a uma senhora de 94 anos? Ela tem tudo! Mas, “um cheirinho” vem sempre a calhar. Mesmo que ela nunca saia de casa. Vaidosa!... Ou não fosse ela também minha madrinha.
Comprar um perfume é sempre algo muito pessoal. Por isso, não gosto de oferecer perfumes. Mas não estava a ver outra hipótese.
Mais uma vez recorro aos préstimos das funcionárias que parecem sempre caídas do céu. Cheira aqui, cheira ali… Palavra puxa palavra e estória puxa estória: perfumes, avós, vaidade, idade, doenças, o sempre actual assunto do estado do tempo, frieiras, Natal, família, bacalhau, crise financeira, comércio, a cidade… Bem, acabei por demorar quase 45 minutos na perfumaria sem dar conta.

Já em contra relógio, ainda consigo riscar mais dois nomes da lista e pensar nos restantes.

Ficou por comprar um dos mais importantes: o da mana. Procurei, procurei e não encontrei. Esgotado! Mas, como sou de ideias fixas e não desisto com facilidade, e a net é uma coisa fantástica, encontrei-o hoje e já está reservado! Vou buscá-lo amanhã. Surpresa!!!

Portanto, está tudo comprado, embrulhado e etiquetado. Só falta, a melhor parte: distribuí-los e esperar as reacções. Fico em pulgas! Por isso é que não posso comprar com muita antecedência, fico ansiosa, a antecipar as suas reacções.
Lembro-me de um ano em que oferecemos, eu e o meu irmão, a camisola oficial do Maniche à minha irmã.
Já depois dos presentes todos distribuídos, surge aquele, “esquecido”.
Estava a ver que a rapariga tinha um ataque!... Confesso, até chorei. Mas isso também não é novidade.

Podem dizer... Sou pior que os putos!
Eu sei, eu sei…

Ovelha Ranhosa???!!!!

Bom Dia!

È isto! Regressei de férias, 7h30 da manhã e as minhas "coleguinhas" formatadas com o domesticsoftware já começaram:

- Ovelha Ranhosa!

Gosto de encontrar tudo exactamente como deixei ! Mas porque raio está o rato do lado direito ?! Ãh? as coleguinhas (detesto este termo, soa-me mal desde que vi um filme em que as mercantilistas do prazer se tratavam assim) já sabem que comigo é á esquerda. Eu não me importo que ocupem o meu espaço mas não abandalhem se faz favor!

E eu não sou Ovelha Ranhosa, quanto muito Ovelha Ronhosa !

As ovelhas não têm ranho acho, pelo menos nunca vi nenhuma a assoar o nariz, têm ronha que é uma doença tipica do animal e que é parecida com a Tinha.

Portanto, minhas queridas RONHOSA !! Tá?

São 11h52, eh pá era só pegar no rato e mudá-lo para a esquerda!

Com esse feitiozinho, vais longe vais, Ortlinde!

e eu acordei assim...



Whether you are here or yonder
Whether you are false or true
Whether you remain or wander
I'm growing fonder of you
Even though your friends forsake you
Even though you don't succeed
Wouldn't I be glad to take you
Give you the break you need

More than you know
More than you know
Man of my heart, I love you so
Lately I find
You're on my mind
More than you know
Whether you're right, whether you're wrong
Man of my heart, I'll string along
You need you so
More than you'll ever know
Loving you the way that I do
Theres nothing I can do about it
Loving may be all you can give
But honey, I can't live without it
Oh how I'd cry, oh how I'd cry
If you got tired, and said goodbye
More than I'd show
More than you'd ever know.


E agora vou cantar para outra freguesia...

Uma vaca

é o que ás vezes me apetece ser! Não a leiteira de pêlo malhado. Essas mesmo!

Isto de ser doce, dengosa e polida não me leva a lado nenhum.

Eles gostam mesmo é das outras, até correm atrás ao primeiro sinal de "já não ando muito interessada".

Já há muito que me apercebi que os homens gostam de uma vulgaridadezinha.
Até já confrontei um amigo com isto, ao que ele me respondeu positivamente, mas só para uns momentos de prazer, nada mais sério. Que esse tipo de mulher, não se leva a casa dos pais, não se assume perante os amigos, não se leva a jantares nem a reuniões.

Mas a verdade é que conheço casos que se deixaram enredar por essas medusas e sofreram e choraram e correram atrás e ainda tremem cada vez que ouvem o nome delas.

Uma amiga diz-me que os protejo demais, que tenho pena deles e que devo é ter pena de mim, que pareço a mãezinha deles.

Pôrra!!! a mãezinha deles já é demais!!

Eu até lhes dou espaço.Até não, dou mesmo muito espaço. São viagens com amigos, com AS colegas de trabalho, jantares, saídas só de machões, jogos de futebol etc etc. Não pergunto, não choro, não faço cenas. Qual é?!

Não, também não é por aí, tenho um aguçado sentido de humor, boa performance sem complexos e sem tabus. Fonte segura!

Mesmo assim brincam com o meu coraçãozinho e quando isso acontece eu detono!
Não é bonito de se ver e muito menos de se sentir, falo por mim.

E elas andam aí, livres alegres e saltitantes !

Nunca são enganadas porque elas são as primeiras a fazê-lo !

Não vou mudar , não me corre no sangue e já é tarde demais para me "licenciar" nestas coisas da alcofa.

E cada vez que remexem, vasculham, desarrumam e desrespeitam o meu cantinho das emoções eu dou VIVAS a essas Senhoras!
Bem hajam!

Ternura

A rua escura o vento frio.
Esta saudade, este vazio.
Esta vontade de chorar.
A tua distância tão amiga.
E o desencanto de esperar.
Sim, eu não te amo porque quero.
Ah se eu pudesse esqueceria.
Vivo
e vivo só porque te espero
Ai esta amargura
Esta agonia.

Hoje acordei melosa só sei cantar esta....

Noite surreal

Mais uma noite de trabalho, lá fomos nós animar um jantar de Natal.
Um grupo de amigos de meia idade, animados, com vontade de comer, beber e dançar.
A dança estava por nossa conta.
Desde boleros a valsas, espanholadas e brasileiradas tudo valeu.O pessoal dançou até mais não poder.

Já quase no finalzinho, o pianista achou que as minhas cordas já mereciam descanso e fez-me sinal para parar.

Quando passo o olhar pelo ambiente, reparo no dono do restaurante, meu amigo de longa data.
Fui ao seu encontro para o cumprimentar.

Com aquele seu ar de quem acabou de sair do spa, diz-me que ficou muito admirado pela presença de musicos naquele jantar, porque estava convencido que era um evento para crianças.
Um mal entendido.
Fez uma promoção para crianças - 10€ por cabeça. Tinham reservado o espaço para um almoço de 200 . Alguém apanhou o embalo desta reserva e marcou um jantar para 40 cabeças.
Enquanto ele me contava, estava o gerente a discutir preços com o senhor que fez a reserva.
O meu amigo achou melhor intervir.

Eu fui ajudar o pianista a arrumar.

Burburinho na sala.
De repente o burburinho passou a gritos: "chamem a policia!"- "sequestraram o fulano!" ( o fulano, que não lembro o nome é o Senhor que fez a reserva). Murros na porta da cozinha e mais gritos e senhoras a desmair.

Ora, se eu não conhecesse o dono , tinha fugido sem olhar para trás.
Este enfiou-se na cozinha com o gerente e o fulano para esclarecerem o mal entendido. Os restantes convivas entraram em pânico ( porque o alcool também provoca destas coisas). Pelos vistos a porta da cozinha estava fechada, 3 é muito, trinta e tal é demais. Há que falar com tranquilidade.

Eu estava calma, o pianista, que continuava a arrumar as coisas, mais calmo ainda.

A policia se chamaram ou não, também não apareceu.

O meu amigo ficou com prejuizo a dobrar, serviu bacalhau, vitela assada ,arroz de pato, sobremesas, porca de murça e cafés por 10€/ pessoa.
Perdeu clientes devido á falta de educação e formação do seu gerente neste processo todo.
O fulano, segundo me chegou aos ouvidos, sentiu-se mal e saiu em braços.
Alcool + idade + stress = enfarte do miocárdio.

Para nós, mais um trabalho terminado e cachets nos bolsos.

Quanto ao estado de saúde do fulano, nada de alarmante, foi acabar a noite para um bar e concerteza festejar o jantar de natal mais barato do ano!

Crónica escrita pelo filho de Calamity Jane *

* António Lobo Antunes

"Porque carga de água vivemos tão mal? E, se vivemos tão mal, porque carga de água o medo de morrer é tão grande? Quantas pessoas felizes conheço? Porque será que para quase toda a gente o amor é uma questão de prazeres breves e localizados, como dizia, eu que detesto citações, a grande escritora Colette? Ontem, no restaurante onde jantei, uma mesa grande cheia de mulheres e homens: falavam, comiam, riam-se e estavam todos defuntos. Vontade de perguntar-lhes

– Sabem que faleceram?

Quando digo que falavam refiro-me a que falavam de outros defuntos que não estavam ali, criticavam cadáveres enquanto se decompunham. O mundo dos mortos está cheio de ressentimento e inveja, de crueldade desnecessária. Para quê? Tanta agitação, despeito, rivalidades, emoções minúsculas. No meio disto tudo sou um homem sentado a escrever, com os meus fantasmas em torno, vozes que me segredam, me gritam."


AQUI.

última contagem

São 54 (!!!), os blogues que sigo pelo GReader. Fora (quase...) outros tantos que visito, in loco, esporadicamente.
Parece a farmácia, há de tudo!

Há mesmo quem não faça nadinha, não há?...

ganda blogue

Mesmo correndo o risco de perder os últimos seguidores deste blogue, não posso deixar de fazer referência a este blogue:

Sinusite Crónica

Impecável! Sentido de humor, inteligência... Tem tudo!
Ide ver.

poesia

"Uma ressaca é simplesmente o modo que o seu corpo tem de lhe dizer que se excedeu."

A grande falha do corpo humano

"Uma vez no corpo, o álcool entra na circulação sanguínea através da qual chega ao coração, cérebro, músculos e outros tecidos. E isto acontece em poucos minutos produzindo, normalmente, um efeito agradável. Como o corpo não armazena o álcool, tem que se libertar dele. É no fígado que o álcool sofre uma série de reacções químicas, sendo primeiro transformado em acetaldeído, uma substância tóxica, responsável pela ressaca."

Resultados

"As mulheres não podem beber tanto como os homens. E isto não é um preconceito, é um facto biológico. Porque o corpo das mulheres tem menos quantidade de água do que o dos homens, a concentração de álcool na corrente sanguínea é proporcionalmente mais elevada."
Isso é que era bom!...

"Porque é tão difícil vencer a dependência do álcool?
- Porque os alcoólicos sofrem de sede crónica
- Porque os alcoólicos bebem mesmo sem vício
- Porque os alcoólicos sentem-se perturbados sem o álcool"

Duh! Porque os alcoólicos sofrem de sede crónica!!!

"Um homem adulto e saudável não deve beber mais do que três unidades por dia enquanto uma mulher adulta e saudável não deverá ultrapassar as duas unidades por dia; sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que pelo menos um a dois dias por semana não se beba qualquer tipo de bebida alcoólica.
Os homens podem ingerir mais álcool do que as mulheres porque o seu corpo contém mais quantidade de água, menos massa gorda e maior capacidade para metabolizar o álcool."

Ainda bem que sou doente...

"Não há nada que possa fazer para acelerar a cura de uma ressaca. E é errado pensar que um café forte ou um duche frio pode deixá-lo apto para conduzir. O álcool é diurético provocando desidratação, por isso o melhor a fazer é beber muita água antes de se deitar e durante a noite.
Beber água, dormir e esperar são o melhor remédio!"
Então e o Gurozan?!...

"O consumo de álcool afecta o seu corpo, a capacidade de decidir com clareza, o comportamento, a personalidade e também a percepção. E isso pode acontecer ao fim de duas bebidas ou até antes. Os níveis legais de alcoolemia existem apenas como orientação, pois os seus reflexos podem abrandar ao fim de apenas uma bebida. É por isso que se recomenda, por exemplo, a quem vai trabalhar com máquinas ou a grandes altitudes, para não beber.
Beba com cabeça! Beber álcool em excesso faz de si outra pessoa: por exemplo, leva-o a dizer coisas que não deve ou não costuma dizer, a desencadear comportamentos embaraçosos, a envolver-se em brigas e discussões, a deixar-se levar por estranhos ou a envolver-se sexualmente sem estar consciente dos riscos que pode correr."

Sim, sim...

Ora, bolas! Chumbei no teste!...

Beba com cabeça... Ou não!

Beba com Cabeça

Estou a fazer o teste... Já revelo os resultados...

Sabias que

enquanto dormias gostava de te olhar, de ouvir a tua respiração e passar os dedos no teu cabelo ?
Que essas noites de guarda em que te tinha só para mim fizeram com que aprendesse a gostar de dormir acompanhada?
Que gostava de acordar de manhã antes de ti só para te ver despertar?
Que ainda hoje não consigo descrever o que sentia nesses momentos?

Tudo isto era repentinamente interrompido pela tua saída lá de casa de encontro á tua rotina.
Na tentativa de prolongar aqueles ultimos minutos ficava a observar-te enquanto te arranjavas.

Foste sempre tu que rodaste a chave da porta.

Seguia em silencio até á janela para te dizer adeus, mas tu nunca olhaste. Só o azul do céu e do mar sabiam que eu estava ali.

O quarto ficava sempre desarrumado, eu gostava daquele desalinho dos momentos acabados de viver, não queria limpar os sinais da tua presença, sem os quais eu não fazia sentido.

Como uma criança, fazia o teatrinho: tu só ias trabalhar e á noite estarias novamente nos meus braços.

Malditas portas que existem entre nós!
Malditas pessoas que te encontram e que te falam, enquanto eu tenho que seguir na tua ausência e na lembrança da tua voz!
Malditas pessoas que sabem de ti aquilo que eu desconheço!
Malditas pessoas que falam mal de ti enquanto eu ainda te admiro!
Malditas pessoas que te escutam, que te tocam, enquanto eu olho as tuas fotos!

Tão perto e tão longe de ti.

Fecho os olhos e vejo-te.
É noite. Estamos de mãos dadas. Cheiro o fumo do cigarro acabado de acender, sinto o sabor do brandy nos teus lábios.

Tenho-te aqui num sitio onde não há ninguém.

Não consegui ou não tive tempo, não sei, para abrir a porta secreta onde te proteges do mundo.

Então finjo que a encontrei, abro-a suavemente, entro e adormeço e agora és tu quem guarda o meu sono.

Eu sou a Garfield

A propósito do texto da Ortlinde de ir vê-lo outra vez e da tal vozinha que eu falo nos comentários, eu ia contar-vos uma estória que se passou comigo. Mas eu já estou em modo-concerto e não me consigo concentrar em mais nada. Por isso, desisti da ideia.
Mas, resumidamente, foi assim:
Ele tinha namorada (mas ela não estava cá no país) e não me contou. Eu soube porque fiquei com uma pulguinha atrás da orelha no jantar em que o conheci e investiguei até descobrir tudo. Eu gosto de saber com quem me meto e em que situações me meto.
Eu comecei por declinar os convites dele. Mas ele insistiu, insistiu, até que a situação me irritou tanto que eu resolvi jogar.
Conhecem este jogo?



Eu sei que não devia ter feito mas quando me tentam fazer de parva, eu fico verde. Além disso, dei-lhe todas as oportunidades para que ele fosse sincero e ele optou descaradamente pela mentira. Temos pena!
Encarei como uma missão: fazê-lo pagar antecipadamente pelo que vai fazer sofrer a namorada. Sim, porque há-de haver uma que vai cair na ladainha dele.
Ok, talvez o tenha feito pagar por outras coisas também. Azarito!
Ninguém é perfeito e eu não tenho pretensões de chegar a santa.

Nada é mais perigoso do que o silêncio

"deve ser horrivel ser-se deixada por ti"

Ele lembrava-se de ter chegado a pensar "posso dizer o mesmo", mas nada disse.

(...)essa frase, essa terrivel defesa, ele passeara-a depois, ao longo dos anos, ao ,longo das dezenas de outros corpos, ou o que se deva chamar a essa confusa fusão de um corpo que não obedece á cabeça, de sentimentos que afinal não passam de sensações e onde tudo é desesperadamente contraditório: porque não te amo, tenho este corpo para te oferecer; porque te amo fujo e desapareço. E, porque desapareço, não te esqueço, porque essa é a minha forma de te amar - tudo o resto é ainda mais e mais sofrimento.

(...) Porque nada é mais intimo e mais indestrutivel do que o silêncio partilhado. Tudo o resto são apenas palavras, sons, frases, coisas que qualquer um pode dizer. Podemos desdizer hoje o que dissemos ontem, podemos gritar hoje, por ódio, o que ontem segredávamos por amor. Mas o silêncio fica, porque nunca mente, porque é tão intimo que não pode ser representado, é tão envolvente que não pode ser rasgado.

(...)Sei quanto se amam no silêncio e á distância e não sei dizer como acabará a sua história. Ele destrói-se, ela defende-se. Cada um deles faz por desejar ou fingir desejar a salvação própria, mas, acima de tudo, teme a salvação do outro. O silêncio é o que lhes resta, o que os une, uma finissima pelicula de tempo suspenso, para além da qual não há nada mais do que a escuridão dos abismos. E, por isso, nenhum deles ousa qualquer palavra, qualquer gesto, qualquer coisa que possa romper esse ténue fio que os prende á eternidade.

(...)uma lição útil: nunca devemos amar em silêncio, nada é mais perigoso do que dividir com outrém os pensamentos vividos em silêncio. Um amor feliz precisa do turbilhão das palavras, das frases aparentemente inúteis e sem sentido, precisa de adjectivos, de elogios, do ruido das banalidades. Não há felicidade que não seja tantas vezes fútil, tantas vezes inútil.


(Miguel Sousa Tavares)

presentes de Natal #3



Ontem, levei a cabo mais uma cruzada aos presentes de Natal.
O problema de andar às compras para os outros, é que acabo sempre por comprar qualquer coisinha para mim.

Ontem ia comprar este conjuntinho (refiro-me à lingerie, única e exclusivamente). Esgotado! E diz a menina da loja: "Só um é que foi comprado por uma mulher, os restantes foram os homens que compraram."
Curioso, huh? O poder da publicidade!
Segundo parece este outdoor até já causou acidentes de viação. Os meninos são tão... "distraíveis"!

Posto isto, e como não vou andar de loja em loja à procura do conjuntinho, se alguém quiser ter esse trabalho por mim e depois oferecer-mo no Natal, eu não fico chateada. Prometo!
Sim, porque usar roupa interior sensual não é um exclusivo das gajas que têm gajo. Estas têm é sorte, porque são eles que lhes oferecem. Mas as outras também podem, e devem!, usar. Faz muito bem!

Já agora, meninos, a modelo chama-se Irina Sheik.
Que não vos falte nadinha!...

São mais melosos os homens ou as mulheres?

"Os homens. As mulheres, quando estão apaixonadas desabrocham e, quando estão certas de que são correspondidas, regozijam-se profundamente com isso ainda que à distância. Que fique claro que também a mulher sente a falta do homem que ama e das suas palavras de amor, tal como uma pele sequiosa sente a falta de água, mas é de tal forma grande a alegria do amor, que suporta melhor a separação. Por outro lado, os homens (não todos naturalmente) quando estão apaixonados ficam como que atordoados, inseguros, sentem necessidade da presença física da sua mulher, de sento-la perto de si, de abraçá-la e de tê-la sempre à sua disposição. Suportam mal a separação e, se ela se afasta, sentem-se perdidos como uma criança que não tem a mãe perto de si. Querem saber tudo o que ela fez, não tanto por ciúmes mas para estarem sempre com ela. Contudo, o resultado pode ser que algumas mulheres serenas, seguros e que se regozijam com o amor por si só, se antes se sentiam lisonjeadas com tantas atenções, mais tarde acham-nos demasiados possessivos."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

É verdade que a mulher consegue quase sempre conquistar o homem por quem está apaixonada?

"Se não é sempre, consegue-o com bastante frequência. Não esqueçamos que a mulher, já na adolescência, sabe adorar o seu ídolo à distância mesmo sem esperança de ser correspondida. E quando um homem lhe agrada, é capaz de amá-lo durante muito tempo, até mesmo ao longo de vários anos, e espera o momento em que ele finalmente se apercebe de que ela existe e se apaixona por sua vez. No decurso deste período de tempo, a mulher sabe até ser-lhe fiel, quer por desinteresse pelos outros homens quer pelo receio de perdê-lo. Um comportamento deste género causa um grande impacto e uma profunda impressão no homem. Assim sendo, podemos afirmar que se uma mulher ama um homem de verdade, se o quer realmente, quase sempre conseguirá tê-lo."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Os homens são mais obcecados por sexo que as mulheres?

"No que respeita à pura actividade sexual, os homens são mais obcecados. Sabemos isso com base na experiência, mas na actualidade esse facto é confirmado pelas pesquisas neurofisiológicas. Os homens possuem áreas cerebrais relativas ao sexo duas vezes e meia maiores do que a das mulheres, e o seu nível de testosterona é também quarenta vezes mais elevado. As mulheres jovens possuem desejos eróticos com a mesma intensidade e talvez ainda mais fortes e, na verdade, masturbam-se tal como os homens. Contudo, o seu erotismo está impregnado de emoções, de fantasias amorosas, e destina-se em exclusivo a quem lhes interessa. Por outro lado, os seus coetâneos costumam estar simplesmente prontos para andarem com uma mulher qualquer. Além disso, as mulheres sentem um prazer intenso ao provocarem o desejo nos homens, mesmo quando não tencionam oferecer-se no âmbito sexual. A rapariga que se apresenta em trajes sumários e em poses provocantes está ciente de provocar uma excitação sexual, ainda que o negue a si mesma."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

É verdade que a pessoa amada sempre permanece para nós um pouco misteriosa?

"Sim. A pessoa que amamos é aquela em quem pensamos a todo o instante, aquela que está mais próxima de nós, aquela com quem fundimos o nosso corpo, a quem contamos tudo o que nos acontece e a quem confiamos por inteiro os nossos pensamentos e as nossas emoções mais secretas. Apesar de tudo isso, ela permanece sempre aos nossos olhos como sendo misteriosa, porque o amor que tomou conta de nós é um mistério e interrogamo-nos muitas vezes em relação a ela, queremos saber tudo sobre ela, porque procuramos compreender onde, em que passado e em que comportamentos se encontra escondido o segredo do feitiço que nos mantém presos a ela e que a torna indispensável para nós. O enamoramento é uma procura contínua desse segredo, é uma incógnita permanente sobre a pessoa amada, sobre quem ela pode ser. Trata-se de uma descoberta e de uma revelação contínuas."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Paradoxo #10 *

* "Duas vidas valem mais que uma? Enigmas filosóficos que o vão surpreender", Peter Cave, Academia do Livro, Novembro 2008

Ora, hoje não há lições de amor. Hoje vamos pensar, pelo menos, é o que vos proponho. Vamos voltar ao secundário, às aulas de filosofia.
Escolhi este paradoxo para pontapé de saída porque é algo em que penso recorrentemente.

Maria, Maria, que tanto contraria

"Sempre que possível, Maria irá fazer qualquer coisa diferente daquela que se espera. Se está a decidir se vai de férias na próxima semana e lhe apontarmos todas as razões para que o faça, concluindo que irá de férias, bem, Maria vai perversamente ficar em casa. «Maria, com certeza deves querer tomar uma bebida fresca, está um dia tão quente.» Qual quê, é bem capaz que vá para um chá a ferver. Maria, Maria, que tanto contraria, mesmo. Maria gosta de ser do contra, para lhe mostrar a si, e a nós, que é livre. Ela é livre de fazer o que quer, por mais irracional que seja. Acha que agir irracionalmente mostra que, ao contrário dos temporizadores, termostatos e máquinas de fazer chá, possui livre-arbítrio."

Vou vê-lo outra vez....

Passou pouco mais de um ano desde a ultima vez que o vi.
Aquele encontro não correu nada , nada, bem.

Cáustica, não sei o que me deu! Nem sequer lhe dei a oportunidade de se explicar. Não me apeteceu, pronto!

Quando pus as vistinhas em cima fiquei logo bem impressionada. Ali estava ele lindo e alto!
Mas era tanta progenitora sufocante, ofegante e até fulminante a rastejar, que pensei - "desliga Ortlinde, isto não é para ti"

Virei costas e fui á minha vida.

Andava autista por aqueles dias, os outros riam, os outros cantavam e eu, nada!

Tinha acabado de desligar o telefone e não controlei as lágrimas. Sorrateira dei meia volta, precisava limpar a cara, antes que me vissem a chorar e lá estava ele quase em cima de mim.

-"tudo bem? posso ajudá-la?"
-"Tudo bem, obrigada" e fugi.

No dia a seguir encontrei-o á saída do elevador, cumprimentou-me com acenar de cabeça e um sorriso- "UAU !!! que sorriso...." - corei - detesto quando isto me acontece, pareço uma adolescente.

Todos os dias acabavamos sempre por trocar umas frases de circunstância. Sobre o facto de me ter apanhado a chorar, nunca perguntou e isso agradou-me, não gosto que se metam na minha vida, gosto de ser eu a falar.

No ultimo dia despedimo-nos e inevitávelmente trocamos nrs de telemoveis com a promessa de um café para falarmos das nossas vidas mundanas.

Desde então caiam no meu telemóvel msg de bons dias, de bons sonhos, de bons fins de semana.

E fomos tomar café.
Oh muito interessante a vida dele,tem todos os motivos para ser empertigado e insuportável mas não o é.
Está ligado á arte, conhece muito bem a R. , que eu tanto admiro. Uma amiga minha fez uma reportagem sobre o seu trabalho, enfim foi uma noite agradável e cheia de coincidências.

E mais alguns cafés e um jantar se seguiram. Pois é , pois é eu gosto de cozer bem estas coisas,dá tempo pra pensar e recuar sem arrependimentos e depois o sabor é mais intenso!! È ou não é? Ah pois é!

Ai a vontade que tinha de lhe espetar um beijo na boca de cada vez que nos despediamos! Principalmente quando se ria das minhas gracinhas, sorriso largo e dentinhos perfeitos! Não resisto, esta é a minha fraqueza!

Mas foi ele que me apanhou distraída quando a meio de uma conversa em vez de me espetar o tal beijo na boca que eu tanto esperava, me disse que era casado!

OH MEU DEUS! eu nem queria acreditar, a leoa sai de cá de dentro põe as garras de fora e rosna umas não sei quantas regras de conduta e de respeito pelas pessoas, pelos seus sentimentos etc etc. Òbviamente que estava a falar pelas duas, principalmente por ela, porque eu ainda estava na fase do encantamento.
Tudo muito calmamente, com sorriso irónico e voz de charme, ou seja, no meu melhor !

Ele nem conseguiu abrir a boca, não teve tempo, quando acabei levantei, paguei a minha conta e desapareci.

Ele há cada uma!
Estes gajos deviam ter um chip que a menos de 5 metros vibrasse nas nossas cabecinhas, de modo que nos desviassemos do obstáculo. Ou então as alianças deviam ser cravadas na carne para não sairem a não ser com cirurgia, tal tatuagem!

Oito meses passaram e não sei como, ele descobriu o dia do meu aniversário! Pimba, msg de parabéns no meu telemóvel! Gostei, o rapaz é arrojado! Da minha parte já há muito que o episódio estava esquecido. Não sou de ficar a pensar muito nas coisas.

Esta semana vamos estar no mesmo espaço, amigos em comum é o que dá, lá vamos nós tropeçar nas pedrinhas do caminho.

Não sei como vai ser o nosso reencontro, mas de uma coisa eu sei, desta vez vou deixá-lo falar.

Concerto(s) de Natal

Coro da Sé Catedral do Porto
Maestro do Coro: Eugénio Amorim

Orquestra Clássica de Espinho

Direcção Musical: Pedro Neves

Soprano: Sílvia Correia Mateus

Programa:

UM NATAL PORTUGUÊS
Carlos Azevedo
Fernando Lapa
Fernando Valente
Eugénio Amorim


19 de Dezembro, 21h30
Igreja Matriz de Espinho

20 de Dezembro, 21h30
Igreja da Lapa (Porto)

Se se trataar de amor verdadeiro, os erros cometidos no início podem ser graves?

"Sim. Não é preciso acreditar nas pessoas que dizem que tudo acabará por arranjar-se. Quando discutes com a pessoa que amas seja por que motivo for, quando vocês se separam por orgulho, quando decidem trair para se vingarem, são accionados mecanismos que destroem a confiança recíprocca e que, no final, conduzem a uma ruptura rancorosa. E quando perdes a pessoa que amas não podes substiruí-la por outra. Ao princípio és capaz de pensar que vais conseguir mas isso não é verdade. Esse sofrimento vai deixar uma ferida dentro de ti que levará anos a sarar. Por isso deves ser prudente, deves estudar e analisar os teus sentimentos e os dele. Deves renunciar ao teu orgulho, não deverás subestimar o ciúme, nem se fores tu a senti-lo, nem se for ele. E, além disso, nunca deverás vingar-te"
"Lições de Amor", Francesco Alberoni

[Ainda bem que usei os palavrões todos há bocado...]

É possível uma amizade entre homens e mulheres sem sexo ou sem amor?

"Sim, por certo que é possível, e também é bastante fácil. Basta que cada um dos dois imponha como condição nunca ultrapassar a fronteira da sexualidade. Se não se se estabelecerem estes limites no início, é difícil uma pessoa sentir-se tentada a fazê-lo de imediato, porque depois entra-se no campo da familiaridade e da intimidade e uma aproximação diferente parece-nos inútil e inconveniente. A atracção erótica continua a diminuir com a familiaridade, a intimidade e o hábito, e depois desvanece-se por completo."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Quando já estamos apaixonados, podemos desapaixonar-nos?

"Não, não podemos desapaixonar-nos conforme nos apetece ou nos dá na telha. Podemos lutar contra o nosso amor, podemos distrair-nos, desviar-nos, ocupar-nos de outras coisas interessantes, estabelecer novas relações de amizade, ter novas experiências eróticass e novos afectos. No entanto, o processo de cura e de restabelecimento de um amor frustrado é sempre muito lento; poderá prolongar-se por anos e anos e, de uma maneira geral, termina por completo apenas quando nos apaixonamos outra vez."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

[Apetece-me dizer um palavrão... Um, não! Uma carrada deles!...]

Se quisermos, é possível que não nos apaixonemos?

"Sim, mas só se tomarmos essa decisão de imediato e se rompermos imediatamente com quem começa a agradar-nos. Mesmo depois de termos tido a experiência do amor à primeira vista, é possível não nos enamorarmos se nunca mais virmos essa pessoa, evitando os lugares onde possamos encontrar-nos e interessando-nos por outras pessoas. Não nos esqueçamos de que, mesmo quando parece que fomos atingidos contra a nossa vontade por esse sentimento, na realidade sempre seremos cúmplices do nosso enamoramento. Se uma pessoa nos agrada procurámo-la de novo e mais uma e outra vez, até ao momento em que dispare aquele "clique" que faz com que essa pessoa seja indispensável para nós. O enamoramento não acontece num instante, ele é sempre um processo que continua até ao momento em que, de repente, nos damos conta que estamos apaixonados. Mas então e demasiado tarde para voltar atrás."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Há pessoas que nunca se apaixonam?

"Sim. Já tive ocasião de afirmar que todos nós possuímos defesas contra o enamoramento. Não queremos entregar-nos, expor-nos ou ceder. Algumas pessoas defendem-se de uma maneira tão perfeita que nunca se apaixonam. De uma maneira geral, trata-se de pessoas que sofreram graves frustrações na infância, enormes desilusões amorosas na adolescência ou que são deprimidas. (...)"

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

[As chamadas pessoas inteligentes e sábias!...]

Se o enamoramento é um processo, isso quer dizer que não nos entregamos instantanemente ao amor?

"O homem tem receio do enamoramento, defende-se dele e cede a pouco a pouco e a custo. No que respeita ao enamoramento súbito, a mulher sente-se fascinada por aquele homem em particular, quer estar com ele mas, ao mesmo tempo, fica maravilhada com ele. Maravilha-se com as suas próprias sensações. É como se ele tivesse derrubado a porta de sua casa e tivesse entrado à força, sem ser esperado, sendo porém uma agradável surpresa. Ela sente-se grata, mas não o conduz de imediato pelos inúmeros compartimentos por que o seu corpo e a sua alma são constituídos. Fica inteira com ele, vive uma situação de encantamento mas, para levar a situação mais adiante, para revelar as potencialidades do seu corpo, vai precisar de tempo."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

O amor à primeira vista existe?

"Não, não existe. O enamoramento pode começar com um olhar, com uma atracção fulminante, mas é sempre um processo que implica perguntas, dúvidas, momentos de exaltação e de incerteza. É nesta altura que perguntas a ti mesmo: «Amo-a ou não a amo? Ele ama-me ou não me ama?» Agora tens a impressão de ter sido uma ilusão momentânea, mas pouco depois sentes desesperadamente a sua falta. Isso até ao momento em que te dás conta que estás apaixonado e que o encantamento é permanente. Mas isso não quer dizer que o processo esteja terminado: podem surgir dúvidas, incompreensões, ciúmes e amarguras. O enamoramento pode mesmo fracassar e não chegar a acontecer; se, por um lado, superar as dificuldades e se for reforçado, continuará mais intenso. Reflectindo sobre esta experiência estupenda, tens a impressão de que tudo acontece desde o início, como se o amor estivesse já completo e evidente desde o primeiro olhar e então dizes que se tratou de «um amor à primeira vista»."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

O que é o amor à primeira vista?

"É uma violenta impressão de fascínio: de repente vemos uma pessoa que nos atrai, que nos fascina, sentimo-la parecida connosco, sentimo-nos violentamente impelidos a desejá-la e a procurá-la. (...) quando andamos, de forma inconsciente, à procura da pessoa a quem amarmos, baixamos as nossas defesas. E é nesse momento que a visão de uma pessoa por quem poderias apaixonar-te consegue penetrar e inebriar-te. Mas atenção! Ainda não estás apaixonado. (...) Ao invés, no verdadeiro enamoramento o milagre repete-se uma segunda vez, depois uma terceira vez e sempre a cada encontro. Todas as vezes sentes uma pontada muito particular e todas as vezes passas pelas experiência desconcertante da perfeição."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Eu também estou bem, obrigada.

Já que tocaste em assuntos do coração....

Uma relação de 4 anos com muitos bons momentos e outros menos bons, direi até tristes e emocionalmente desgastantes.

Agora dou conta do quanto gostava daquela pessoa, porque deixava sempre que voltasse, e eu, sempre a arranjar desculpas para aquelas atitudes que nos levavam ao afastamento. Desculpas essas para me convencer a mim mesma que mais uma vez tinha tomado a decisão certa.

E foram assim quatros anos de vaivem, vaifica e volta outra vez.

Até que um dia eu decidi-me.
Não, não acordei de manhã olhei o espelho e disse "hoje apetece acabar com esta m....".

Foram 2 meses de um silêncio absurdo.

Estranhamente fiquei á espera, que é coisa que esta menina não sabia fazer. Nada como aprender á força!

Não consegui ultrapassar os 2 mudos meses e quando o tinha á minha frente disparei a minha salva inteirinha de artilharia. Dois meses dá para armazenar muita coisa!

Surpreendentemente, não se deu por vencido e fez a mais bonita declaração de amor que alguma vez me fizeram e que ele própio em 4 anos nunca o fizera!

Isto é que é amor!- pensei eu - Este homem gosta mesmo de mim!

Achei que precisava de tempo, já não tinha desculpas para o desculpar. Pedi-lhe que se afastasse. Assim fez.

Ainda hoje não me sinto capaz de assumir uma relação assim.

E ele? Aquele amor que tanto me tinha e que o fez sofrer tanto por eu não o ter deixado mais uma vez regressar?

Recuperou bem! Tem nova namorada!

Não passou assim tanto tempo desde o nosso desaire.

De todas as decisões esta foi a mais acertada!

Um grande amor não se esquece assim tão depressa!

O Haver que me fica á Desamão e me deixa Desinquieta

Porque é que o português, pelo menos o do norte, tem a mania de colocar um DES á frente de certas e determinadas palavras ? Será para reforçar a ideia? para lhe dar mais emoção?
Ora vejamos.
"mande-mas para casa porque me fica á desamão" - ou seja, fora de mão !
"lá vem este desinquietar-me" - ou seja, inquietar-me !
e outras que agora não me lembro.

Se todo o português decidisse falar com um DES á desfrente de todas as despalavras, despenso que as desautoridades descompetentes desteriam que despensar num desnovo desdialecto desportuguês. Até o desmirandês deseria demais desfácil de desperceber!

Ufa que canseira!

e o verbo Haver?! Bom este é de gritos!
Há muita gente que não sabe conjugar o verbo haver na 3ª pessoa do plural! e fica uma coisa mais ou menos assim:
- hadem cá vir buscar isto! ou há-dem ?! agora tou na dúvida......

Apetece atirar para o chão e desatar ás gargalhadas! eu ouvi isto da boca do funcionário de um banco! Não digo qual porque não quero fazer publicidade, acabei de fechar a conta nesse banco!

E resulta: se pedirem para conjugarem o verbo haver sai sempre "eu quero" "eu tenho" ópá não me lembro!"

então para lembrar os mais esquecidos:
Eu hei
Tu hás
Ele há
Nós havemos
Vós haveis
Eles hão

Caso haja erros neste texto por favor não se riam e façam as correções.

moção de (auto-)censura à mesa

Eu proponho que, se o blogue continuar neste rumo por mais tempo, se altere o nome para Monólogos da Vagina.
Uma seria a Eve e, a outra, Ensler.

Quem vota contra?

O enamoramento torna as pessoas tímidas e vulneráveis. O que é possível fazer para se defenderem?

"O enamoramento torna-nos respeitosos, adorados e tímidos. Por conseguinte, o rapaz enamorado corre o risco de ver que a sua amada prefere um outro que não a ama mas que é brilhante e que a faz rir e divertir. E a rapariga enamorada fica atónica e confusa ao ver que até o homem mais forte e mais inteligente sucumbe perante os requebros, os encantos e as seduções de mulheres medíocres, porém desinibidas. Deste modo, no fundo do seu coração, tanto os homens como as mulheres temem que o amor profundo, verdadeiro e sincero não venha a ser reconhecido, porque a outra pessoa se deixa enredar pelos artifícios e pelas manipulações. Por isso, é muito importante a ajuda e o conselho de um amigo ou de uma amiga que te possam restituir a confiança e, em caso de dúvida, ajudar-te a distinguir entre aquele que finge e aquele que, ao invés, está verdadeiramente apaixonado."

"Lições de Amor", Franceso Alberoni

E agora pergunto eu: E se não tivermos uma amiga ou um amigo a quem possamos recorrer? Ou, se a pessoa amiga nos der o conselho errado?... Huh, Sr. Alberoni?!...

Quantas vezes podemos apaixonar-nos na vida?

"Pouquíssimas vezes: só quando enfrentamos grandes mudanças. Mas, agora podem dizer-me que há pessoas que afiançam que se apaixonam sucessivamente e sem parar, até mesmo a cada quinze dias. Não, não, isso não se trata de enamoramentos, são apenas atracções repentinas, fascínios, paixões passageiras, paixonetas, fenómenos de curta duração que passaremos a examinar de seguida. O enamoramento é uma revolução verdadeira e peculiar, uma mudança radical e, por conseguinte, uma coisa rara."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Como podemos saber se se trata de um verdadeiro enamoramento?

"Porque a pessoa amada é a primeira coisa que nos vem à mente logo pela manhã e a última antes de adormecermos. Porque quando estamos com ela desfrutamos de momentos de felicidade inenarrável. E com ela estamos serenos, em paz, porém basta que nos afastemos para sentirmos que perdemos qualquer coisa e, então, sentimo-nos incompletos. Porque uma vida sem a pessoa amada é inconcebível, triste, vazia, árida e aterradora. Porque, depois de termos feito amor, experimentamos a necessidade de estarmos perto dessa pessoas, de abraçá-la e de beijá-la como antes. Porque, junto da pessoa amada, tudo se torna delicioso, até mesmo o facto de caminharmos lado a lado pela rua, ou tomarmos um café, ou vermos as montras, ou ficarmos sentados num banco dos jardins públicos. Além disso, não nos cansamos de ouvi-la, de lhe contarmos a nossa vida, de trocarmos as experiências vividas. Isto porque, durante o período em que a pessoa amada está afastada há já algum tempo, seja o que for que fizermos e com quem estivermos, sentimos, no fundo do coração, uma espécie de languidez que pode transformar-se em tormento se ela não nos telefonar, ouse não nos escrever. E tudo isto vai perdurar no tempo e, cada dia ou cada mês que passa, essa sensação, em vez de diminuir, vai aumentando; aumenta até que não nos apercebemos de que o nosso amado já se tornou o nosso coração e a nossa alma."

"Lições de Amor", Franceso Alberoni

Então, por quem nos enamoramos?

"Pela pessoa que, naquele período muito particular em que nos mostramos predispostos para nos apaixonarmos, com os seus sentimentos, com os seus valores, com a vida que viveu, com os seus sonhos, com o seu arrebatamento, com o seu calor, a sua inteligência, a sua alegria de viver, com a sua beleza, com o prazer que nos faz sentir, nos faz compreender que, juntos, podemos realizar os nossos desejos mais profundos, essenciais, até mesmo os que são proibidos, aqueles que não temos sequer a coragem de confessar a nós mesmos. Apaixonamo-nos pela pessoa com quem podemos preencher todos os espaços vazios da nossa alma e concretizar todas as nossas potencialidades. Então, nesse momento sentimos uma atracção irresistível e a necessidade de nos fundirmos espiritual e fisicamente com essa mesma pessoa."

"Lições de Amor", Francesco Alberoni

Enamoramo-nos de quem é semelhante a nós, ou de quem é o oposto?

"Nem de um nem de outro e, contudo, de ambos. Isto porque nos apaixonamos por quem nos completa, por quem nos enriquece e que, por conseguinte, deve ser de algum modo parecido connosco, para nos dar coisas que possamos assimilar, mas também é diferente e em certos aspectos totalmente o oposto de nós, para nos dar assim aquilo que não temos e nos convencer a mudar."

"Lições de Amor", Franceso Alberoni, Bertrand Editota

Quando nos enamoramos?

"Quando estamos cansados do passado e prontos para mudar e arriscar em algo novo. Apaixonamo-nos porque mudámos interiormente, porque o meio onde nos encontramos se modificou, porque nos damos mal com a pessoa com quem vivemos, porque não conseguimos realizar os nossos desejos mais profundos nem exprimir todas as nossas potencialidades e porque nos sentimos prisioneiros do hábito, da hipocrisia e do tédio. Mas também porque alcançamos uma promoção, um sucesso e porque desejamos realizar sonhos a que sempre renunciámos antes. Por conseguinte, procuramos alguém que nos faça saborear e desfrutar de uma nova maneira de ser. Podemos, desta feia, apaixonar-nos em qualquer idade, mas sobretudo nas reviravoltas da nossa vida. (...)"

"Lições de Amor", Francesco Alberoni, Bertrand Editora

Porque é que nos enamoramos?

"Porque nos sentíamos insatisfeitos, inquietos, sozinhos, mas também plenos de vida e prontos pra um novo encontro, para renascermos livres e felizes. O enamoramento eclode quando o indivíduo se sente oprimido, enfraquecido, aprisionado e impedido de exprimir as suas potencialidades e por isso, ao encontrar outra pessoa na mesma situação que a sua, abre-se, liberta-se e floresce. Para fazer desabrochar as flores, é necessário privá-las de água. A flor, diante do perigo, abre as pétalas, espalha o seu pólen e gera uma nova vida. Apaixona-se o jovem que deixa a família e se aventura no mundo, apaixona-se a pessoa que mudou de cidade e de emprego, que corre rumo a tudo o que é novo. Apaixona-se todo aquele que descobre estar a viver dentro de si o desejo de uma felicidade que nunca experimentou."

"Lições de Amor - Duzentas perguntas e respostas sobre o amor, sexo e paixão", Francesco Alberoni, Bertrand Editora

presentes de Natal #2





Quarenta e cinco minutos depois de andar a deambular pela livraria Leitura, supostamente à procura de presentes para ofecerer (a outras pessoas) no Natal, chego à caixa, de mãos cheias. O funcionário, que estava ao telefone, meio atrapalhado, pede ajuda aos colegas, lá dentro. Vem o colega:
- É para oferecer? É para embrulhar tudo junto ou separado?
- (já a rir) Não, não são para oferecer. Nem para embrulhar.
- (também a rir) Não são para oferecer?!
- (ainda a rir) Quer dizer, são para oferecer, mas não é necessário embrulhar.

Chega o primeiro, depois de desligar o telefone:
- (para o colega, enquanto este registava) O que queres que embrulhe?
- (a rir) Não são para oferecer, não é preciso embrulhar.
- Não é?! (a olhar para o monte)

Chega outra colega, ainda a mastigar qualquer coisa e a limpar a boca:
- Que queres que embrulhe?
- (a rir) Falso alarme. Não é para embrulhar, não são para oferecer.
- huh?!

- (o coleguinha que estava ao telefone, a rir) Oh! Quando eu vejo alguém com tantos livros e CDs, penso que são para oferecer.

Presentes para Brunhild: 7
Presentes para outras pessoas: 0

Mãe ! Mãe ! Mãe !

- sabes, vou fazer uma peça de teatro na escola!!!
um teatro a sério!!
Até tem as pancadas do Palmiére!

broken strings

Preciso de mandar arranjar o leitor de CDs do carro, urgentemente. Esta coisa de estar sujeita a ouvir o que as rádios passam é uma seca!...



Let me hold you
For the last time
It's the last chance to feel again
But you broke me
Now I can't feel anything

When I love you,
It's so untrue
I can't even convince myself
When I'm speaking,
It's the voice of someone else

Oh it tears me up
I try to hold on, but it hurts too much
I try to forgive, but it's not enough to make it all okay

You can't play on broken strings
You can't feel anything that your heart don't want to feel
I can't tell you something that ain't real

Oh the truth hurts
And lies worse
How can I give anymore
When I love you a little less than before

Oh what are we doing
We are turning into dust
Playing house in the ruins of us

Running back through the fire
When there's nothing left to save
It's like chasing the very last train when it's too late

Oh it tears me up
I try to hold on, but it hurts too much
I try to forgive, but it's not enough to make it all okay

You can't play on broken strings
You can't feel anything that your heart don't want to feel
I can't tell something that ain't real

Well the truth hurts,
And lies worse
How can I give anymore
When I love you a little less than before

But we're running through the fire
When there's nothing left to save
It's like chasing the very last train
When we both know it's too late (too late)

You can't play on broken strings
You can't feel anything that your heart don't want to feel
I cant tell you something that ain't real

Well truth hurts,
And lies worse
How can I give anymore
When I love you a little less than before


Let me hold you for the last time
It's the last chance to feel again

Querida M.,

No outro dia, a meio de uma das nossas conversas, perguntaste-me se eu não tinha medo de ficar sozinha. Muito prontamente, respondi-te que não. E fui sincera. No entanto, desde essa altura, a pergunta não me tem saído da cabeça e começo a questionar-me se não me terei precipitado a responder.

Quando comprei a minha casa, senti-me dividida. Por um lado, senti uma enorme alegria por ter condições para comprar uma casa, linda, sozinha. Um espaço, físico, só meu. Senti-me independente e orgulhosa de mim mesma.
Mas, por outro lado, foi quando me apercebi, pela primeira vez, a sério, que o sonho de uma casa a dois, filhos, etc., estava cada vez mais distante. Foi uma altura muito difícil, por estes e por outros motivos.

Senti a solidão com toda a sua força, pela primeira vez na vida. E digo-te, não gostei e não foi fácil.
Quando nada ou ninguém preenche o vazio que sentimos, chega a ser desesperante. Por mais que se procurem forças, estas parecem não existirem. E, por muito que tentasse, não me conseguia agarrar a nada. Por mais que me fizessem e dissessem, nada resultava.
Foi perdida na minha solidão que eu cheguei à conclusão que eu só posso contar comigo. E que a solidão é um estado e não uma condição. Só tive de descobrir o que me deixava naquele estado. Algo que eu estava farta de saber mas que me recusava a admitir.

Medo de ficar sozinha, não tenho. Ter alguém ao meu lado lá em casa, por prevenção, no caso de aparecer uma centopeia, não me diz nada. Prefiro enfrentar a minha fobia em relação a esses bichinhos asquerosos do que ter alguém a fazer-me de botija.

Mas também sei que não é a essa solidão que te referes.

No entanto, encontrar alguém que olhe para nós, embevecido, como aquele senhor, na mesa ao nosso lado, olhava para a esposa, como tão bem reparaste, não é para todos.
Já tive alguns a olharem assim para mim. Mas só de uma das vezes dei por mim a retribuir o mesmo olhar. Olhares daqueles não se fingem, surgem naturalmente, quando o sentimento é verdadeiro.

Portanto, se me perguntares se eu não tenho medo de ficar sozinha. Eu respondo que não. Nenhum. Agora, se me perguntares se tenho medo de ter desperdiçado a minha oportunidade de ser feliz e de não (conseguir) voltar a sentir o mesmo? Tenho, muito.

A dieta de Brunhild

Sobre o facto de eu ter emagrecido, já muito foi dito. Já constou inclusive, no seio da minha família, que eu andava metida na droga. O mais curioso é que quem lançou este boato foi a minha própria mãe. Em vez de falar comigo, de me perguntar se estava tudo bem ou se andava com algum problema, preferiu juntar dois mais dois por sua própria conta e risco.

Há tempos fiz uma viagem a Amesterdão. Ir à Holanda e não fumar umas ganzas é a mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa. Inocentemente, no regresso, contei-lhe. Maldita hora! Por pouco não me obrigou a ir directamente para uma clínica de desintoxicação. Mas a culpa foi minha. Eu, que nunca conto nada em casa, fui logo escolher contar essa estória.

A minha mãe desabafou com a minha tia, a minha tia com a minha prima e a minha prima fala comigo. De caras, pergunta-me se eu ando a fumar erva.
Eu nem sabia como reagir! Pergunta o roto para o esfarrapado, se eu ando a fumar erva. “Claro que não!”, respondi já perdida de riso. Surpreendentemente, ela responde que também achava impossível eu andar metida nisso. Mas que, de certeza, andava a dar na branca. Era mais o meu género. (Nunca tinha pensado nisso, fazer corresponder o tipo de droga ao tipo de pessoa. Achei piada à lógica.)
Ainda convencida que ela estivesse a brincar, entrei no jogo, e, a rir, disse que sim, mas que estava tudo controlado, era só ao fim-de-semana. Ela continua o raciocino: por isso é que eu não parava e andava sempre em noitadas.
A esta altura eu já não sabia se havia de rir ou chorar.
Quando ela se preparava para me dar uma palestra sobre os efeitos nefastos da droga é que eu me apercebi que ela estava mesmo a falar sério.
O assunto começou a queimar-me o sangue e eu só respondi, muito secamente, que não andava metida em droga nenhuma e que, simplesmente, tinha perdido o apetite.

Fartinha de me dizerem que estou mais magra e de me perguntem se ando a fazer dieta, decidi, de uma vez por todas, dar a conhecer o segredo da minha dieta: comprem casa!

Com o aumento sucessivo das taxas de juro e, consequentemente, da prestação da casa, torna-se necessário definirem-se prioridades. E, a alimentação, não é, definitivamente, uma delas. Ou bem que se compram trapinhos, calçado e se estoura dinheiro em noitadas, ou bem que se faz uma alimentação saudável.
Além disso, depois de um dia intenso de trabalho, garanto que, ir para a cozinha fazer estrugidos e refogados, para uma só pessoa, não é programa muito aliciante.
Se forem inteligentes como eu, compram casa perto da casa dos pais, de forma a poderem ir lá jantar. Mas não demasiado perto, há que manter uma distância de segurança, de forma a evitar visitas inesperadas para tomar café ou qualquer coisa parecida.

O tempo que se perdia com a preparação do jantar, com o jantar e em arrumar a cozinha, agora gasto-o comigo: manicura, pedicura, tratamentos de rosto e corpo, longos banhos de imersão à luz de velas e com uma agradável música ambiente a acompanhar, lendo, vendo filmes ou óperas e praticando exercício físico.

Eu sou muito preguiçosa e não suporto ambientes de ginásio. Mas descobri que, por exemplo, a lida da casa, é um excelente exercício de relaxamento.
E também descobri, mais vale tarde que nunca, que há outros exercícios que se podem fazer em casa e que fazem muito bem ao corpo, à mente e à pele.

Republica Dominicana

Estarei de férias na próxima semana, mas fico por cá, desta vez os compromissos não me deixam sair.

E por falar nisso lembrei da Republica Dominicana.

Nunca lá fui e acho que nunca irei. Mas conheço muitos que já lá foram e outros tantos que têm esta ilha como próximo destino de férias.

Bronzeados e felizes chegam os nossos turistas de umas férias paradisíacas.

Um verdadeiro paraíso sexual, isso sim!

Os turistas limitam-se aos resorts, por isso não sabem ou não lembram que os dominicanos vivem na pobreza.

O calor e os ritmos calientes, são o unico luxo que lhes proporciona festas onde, como beber e fumar, o sexo é também um vicio.

A saúde publica nada ou pouco faz por aquela gente.

As jovens começam a sua actividade sexual muito cedo e não há educação nem orientação sexual nas escolas.

88 mil dominicanos estão infectados com o virus da sida!

presentes de Natal #1


AQUI.

Ortlinde Costeau - vida selvagem

Conheci um novo tipo de macho.
Para quem não sabe eu categorizo os homens, não vou agora enunciar porque não quero aborrecer.

Este macho é o tipo charmôsómisterioso, embora com ar desalinhado tem brio, o que o torna mais interessante ainda.

O tom de voz é baixo e melodioso. Sorri, não desata ás gargalhadas e até cora se lhe damos um piropo. Olha no olho quando fala para nós! brrrrrr que arrepio!

Há coisas fantásticas ! Não Há?!

Não, não há.

Isto é como aqueles microondas metalizados que ficam bem em qualquer cozinha, a custo económico, que ficamos tão entusiamadas que pegamos e levamos para casa mas depois quando começamos a usufruir dele, descobrimos que não tem grill, não descongela, que não coze o pão-de-ló, ou seja - é básico!

Este macho, que transpira charme até pelo poro nº9315, introvertido, concentrado no seu EU, em questões profundas sobre a sua existência e até sobre a da humanidade é um pateta que desabafa com o primeiro poste que encontra na rua !

De repente como por magia ele sente-se um iluminado, um ser do olimpo acima das massas comuns. Deve ter sido no momento em que o poste deu luz !



Categoria : O Calimero

e falando nos defuntos

Mais um crime passional.
Já divorciados ela arranjou novo companheiro, o ex-marido avança de caçadeira e mata a ex-mulher.
Se o Sr.Teixeira fosse vivo diria - " vês minha filha, a emancipação da mulher? desde que começaram a ganhar dinheiro é isto, quando a mulher vivia do pão que o marido levava para casa, não havia estas poucas vergonhas"

Mas que poucas vergonhas?! ela estar divorciada e ter outro? ou o ciumento do ex. matar porque ela tem um novo amante? Nunca saberei.
Agora o homem está arrependido.
E ela está morta!

"È tão bom moço..."- dizem os vizinhos - "não devia nada a ninguém, foi um momento de loucura!"

Momento de loucura ?! Se foi um momento de loucura, apontava a arma á cabeça e matava-se! Ora essa!

amigos, amigos... negócios à parte

Numa destas noites, já mais para lá do que para cá, dei letra a um gajo qualquer num bar. Dei porque gosto de conhecer pessoas e ele até tinha uma conversa interessante. Mas o meu interesse por ele, não ia além disso. Razão pela qual, saiu disparado do bar e com cara de poucos amigos, quando ele, lampeiro, avançou, e eu lhe dei um chega-para-lá daqueles.
Acho que eles ainda não se aperceberam que nós, mulheres, funcionamos de forma diferente. E, se eles não sabem, também não sou eu que lhes vou dizer.

Esta mania deles se aproximarem de nós sempre com a mesma ladainha já cansa. Somos sempre o máximo: a mais bela, a mais inteligente, a mais simpática, a mais engraçada, blá blá blá... Isto enquanto o jogo lhes é favorável. Mas, tal como no futebol, à primeira derrota, passamos de bestiais a bestas: manipuladora, perigosa, mau feitio, caprichosa, etc.

Eu, há muito, que perdi a pachorra para estes joguinhos de segunda divisão. Antigamente, dava-lhes corda, gostava de ver até onde eles eram capazes de ir. E aproveitava para massajar o ego. Mas agora, à primeira oportunidade, ponho logo os pontos nos "is": "só te vejo como um amigo." O que, traduzido para linguagem comum, significa "vamos ter uma relação só não haverá sexo". Costuma ser certinho.
Os mais persistentes ainda tentam dar a volta ao resultado, tentam empalear, ir a prolongamento e, quiçà, a penalties. Mas comigo, não cola! Estas coisas sentem-se. Ou há química, ou não há.

Se não houver química mas houver física, o assunto é de solução muito fácil. É só dar o corpo ao manifesto. Tiro e queda.

Mas a coisa complica-se quando entra no campo da físico-química, provoca um curto circuito interno e eu perco-me por completo. A gaja segura e determinada que sou, desaparece. E, no seu lugar, surge uma menina insegura e cheia de dúvidas. Sempre foi e sempre será. Por isso é que fujo de situações destas a sete pés. Assim que vislumbro o perigo, abre, que se faz tarde.
Quando quiserem saber qual é o gajo que mexe comigo, é fácil, é aquele que eu ignoro. Aquele com quem não mantenho contacto visual e com quem não troco duas palavras sequer. Ridículo, huh?!

O mais curioso nesta questão toda à volta dos gajos não conseguirem (não quererem e não precisarem) manter uma relação somente de amizade com uma mulher, é quando as relações chegam ao fim e tentam espetar o discurso "podemos ficar amigos". Que, traduzido para linguagem corrente significa "não vamos ter uma relação mas vamos ter sexo". E, infelizmente, a maior parte das gajas cai, porque continuam a ver o sexo unicamente como um acto de amor. Não sabem distinguir as coisas. Algumas delas, ainda não se aperceberam que, como disse um amigo meu, "há foder, há sexo e há amor".
Se a relação não funcionou enquanto durou, acham mesmo que vai funcionar depois de acabar?! Socorro!

É atribuído às mulheres o sexto sentido. Mas há algo que eu não compreendo: como é que os defuntos adivinham quando nos estamos a interessar por alguém e resolver voltar para nos assombrar? Reaparecem sempre naquela alturinha certa! Impressionante!

Claro que estas coisas são claras e muito fáceis de ver quando se passam com os outros. Quando é connosco, a coisa complica bastante. É nestas alturas que as amigas têm um papel importante.

Neste momento estou capaz de saltar ao pescoço de um amigo meu pelo que ele está a fazer sofrer uma amiga minha. E estou capaz de abrir a cabeça à minha amiga e obrigá-la a ver a realidade nua e crua!

Não obstante a idade que têm, os gajos agem sempre de forma egoísta, só pensam neles e no seu grande ego!

E desde já peço desculpa por estar a generalizar e a ser injusta com a minoria. De cabeça quente, é inevitável não dizer estas barbaridades.

Volto já! Preciso de um cigarro!...