Get set, ready, go!...

Depois de um grande período de introspecção e de lavar a alma, sinto-me nova e preparada para regressar ao activo.
Sem dúvida que estes momentos menos bons também são revigorantes e fazem-nos crescer. (Eu até acho que cresci uns centímetros. Ou então é das botas novas!) É preciso ir ao fundo para nos apercebermos da nossa força. Na altura parece o fim de tudo mas afinal, não é.
A minha mente está clara e o coração limpo.
Estou pronta para receber de braços abertos a minha estação preferida e ainda vou a tempo de me perder por aí, nestes tons outonais.

Bom fim-de-semana!

Torre de Babel

Porque será que me sinto cada vez mais distante deste tempo, destas pessoas, destes costumes, destas tradições?

Sempre tive bastante facilidade em conhecer pessoas, em fazer amizades, no entanto, de há uns tempos (largos) para cá, essa facilidade foi-se desvanecendo, estando quase a tornar-se uma dificuldade.
Sinto que a maior parte das vezes não consigo comunicar com as pessoas. Trocam-se algumas palavras, trocam-se opiniões mas pouco mais que isso. As pessoas conhecem-se superficialmente e isso chega. Poucas pessoas se dão trabalho de descobrir o que está para além das palavras, para além das acções. Verdade seja dita, as pessoas também receiam dar-se a conhecer. Pudera! Numa sociedade cada vez mais desprovida de valores, nunca se sabe quem se tem pela frente.
É tudo muito rápido hoje em dia. E isso faz-me muita confusão. Parece que tudo o que importa é ser ter/ser mais um contacto. Ter contactos. Isso é que é importante.

Os espaços nocturnos estão cheios de gente. As pessoas chegam em grupo com o intuito de se divertirem. Sendo que o conceito de divertimento é beber bastante, fumar e dançar, a correr bem. Não importa a música que está a passar. Balança para cá, balança para lá e está feito. Se a noite correr bem, ainda dá para meter conversa com alguém do sexo oposto e sacar mais uns quantos contactos.
Se assim for, espera-se pelo fim-de-semana seguinte e envia-se uma sms a convidar um desses contactos para um café. Sim, uma sms! Isso de ligar fica muito caro e é preciso conversar e isso dá muito trabalho. Enviar uma sms é mais prático e eficaz. Atira-se o barro à parede. Se colar, óptimo, temos date.
Lá se vai tomar cafezito com o novo contacto. Meia dúzia de chavões e umas piadas pré-fabricadas e avança-se. Nunca ouviram dizer que o tempo urge? Não há tempo a perder. Até porque se houver tampa, pode ser que ainda dê tempo para ir ter com o resto da malta. Hoje em dia é assim. Queres, queres. Não queres, andamento. Há mais quem queira.

Há uns anos atrás, um amigo de uns amigos com quem me tinha cruzado meia dúzia de vezes, numa noite mais animada, encheu-se de coragem e declarou-se. Enviou-me um poema de Florbela Espanca. Por sms! Eu não estava interessada nele, até porque ele estava de casamento marcado para o final desse ano. Mas, se estivesse, que pretenderia ele que eu fizesse?!

Rapazes, sejam homens! Quando for a valer, abandonem o jogo “atira-a-ver-se-cola” e assumam o jogo da conquista. Vejam os clássicos do cinema. De preferência aqueles a preto e branco. São os melhores. Os homens seduzem, as mulheres deixam-se seduzir.
É muito século passado, não é? Que querem? Sou uma gaja clássica.

Mas a culpa não é só do sexo masculino. As meninas também andam a meter água.
Se condeno os rapazes por jogarem charme a tudo o que mexe, condeno as meninas por aceitarem a corte de qualquer um. Andam pouco exigentes, estas meninas. Muito fáceis.
Grande parte delas, só se sentem mulheres se tiverem um namorado a quem dar ordens, a quem chatear, de quem possam falar às amigas e levar a passear ao shopping. Ao primeiro beijo já ouvem os sinos da igreja. Passo!
Em primeiro lugar não me imagino vestida de noiva, muito menos de véu e grinalda. Esses rituais, dispenso. Não é um papel que vai certificar aquilo que se sente, que vai validar a relação. Já para não falar da anilha no dedo. Sequer sou pombo-correio.
Contudo, já não dispenso, partilhar a educação de um rapaz traquina e terrorista como o pai ou de uma menina caprichosa e mimada como a mãe. Não dispenso ficar cheia de rugas e de cabelo branquinho ao lado daquela mesma pessoa.

Eu faço parte da minoria que teimam em esperar pelo(a) “tal”. Será que tal coisa existe? Sinceramente, preferia acreditar que não. Mas, apesar de todos os esforços, continuo a acreditar que sim, que existe. Quem será esse “tal”?
Será aquele que idealizei e que espero desde o tempo em que saltava abaixo dos tapetes. Personalidade vincada, inteligente mas não racional, com sentido de humor e que se reja pelos mesmos princípios e valores que eu. Alguém persistente e determinado. Alguém com muita paciência para aturar os meus caprichos de gaja. Alguém disposto a cuidar de mim da mesma forma que me proponho a cuidar dele. Mas, acima de tudo, alguém com seja possível comunicar. Comunicar com palavras, actos e silêncios. Porque as pausas também são música.
Se for possível chegar a esse entendimento, acredito que todas as diferenças se desvanecerão.
O problema é que hoje em dia, e apesar de todos os meios de comunicação que temos ao nosso dispor, as pessoas comunicam cada vez menos. Claro que assim, não é difícil as pessoas acordarem um dia, olharem para o lado e não (re)conhecerem a pessoa que dorme ao seu lado há anos. Seguiram caminhos diferentes num determinado cruzamento da vida e nem repararam. Acordaram um dia e chegaram à conclusão que o sentimento que os unia, desapareceu. As plantas morrem se não as regarmos, se não mudarmos a terra de vez em quando, se não arrancarmos as folhas velhas. É o meu maior medo!
Gostar não é o mais importante. Conseguir “aquela” cumplicidade, sim. “Aquela” telepatia. “Aquele” saber o que o outro quer ou sente com um simples trocar de olhar. O mesmo entendimento que se tem com um(a) amigo(a) de muitos anos. Só que este entendimento é aliado a uma atracção magnética. A uma vontade (quase) incontrolável de se querer, de se ter de tocar. A um simples roçar de mãos que nos faz estremecer.
Por vezes, esta atracção, este sentimento forte, tolda-nos a visão. Faz-nos ver coisas onde elas não existem e/ou não nos deixa ver coisas que estão mesmo à nossa frente.

Sinto-me frustrada. Sinto que é um desperdício de tempo, esforço e dedicação ter idealizado, construído e cuidado de um belo jardim nas traseiras da casa quando tudo o que as pessoas querem é ficar ali no hall de entrada, depois de terem sido atraídos pela fachada da casa.

Na tetralogia de Wagner, Brunhild é castigada pelo pai depois de lhe ter desobedecido.
O seu castigo é dormir cercada por um círculo de fogo, até que alguém que não tenha medo venha resgatá-la: Siegfried.
Façam-me um favor.
Não acordem esta Brunhild se não tiverem a certeza que é mesmo isso que querem. Porque, uma vez desperta, é com muita dificuldade que consigo voltar àquele estado de sono profundo onde me encontrava.
Agora percebo, porque tão escuras chamas

Agora percebo, porque tão escuras chamas
me lançavas em muitos momentos;
Ó olhos!
Como que para, num único olhar,
reunirem toda a vossa força.
Porém não pressenti, pois o nevoeiro
tecido pelo cego destino envolvia-me,
Quando o raio de luz já preparava o seu regresso,
ao lugar donde provêm todos os raios de luz.

Queria, dizer-me, com o vosso brilho:
queremos ficar junto de ti,
mas o destino não no-lo permite.
Olha bem para nós, pois em breve estaremos
longe de ti!
O que são então para ti os olhos agora:
nas noites que hão-de vir, para ti serão apenas
estrelas.

Poema original Nun seh'ich wohl, warum so dunkle Flammen de Friedrich Ruckert
Kindertotenlieder (Canções para as Crianças Mortas) de Gustav Mahler
tradução de Adriana Latino
Retirado do programa da CdM

Duas amigas vieram almoçar comigo e só me apetece baldar às aulas de tarde...

Irresistível! (Roubado daqui.)

Declaração de Amor

- Pessoal! Pessoal! 226 DIAS!!!!
- Hein?!?
- Que se passa? Mas o que vem a ser esta algazarra?!?
- 226 DIAS!
- Mas porque é que ele corre assim de um lado para o outro?!?
- Acho que ele está a dizer que são 226 dias... Não percebi bem...

Entretanto lá em cima...
- Como vão os preparativos para a comemoração dos 226 dias?
- Bom dia Dom Céfalo. As células de todos os cantos pretendem homenagear o corpo por ter encontrado o encaixe perfeito, como sabe...
- Sim... adiante!
- ...e por isso vamos ter uma série de acontecimentos que têm o intuito de dar muitos beijos e abraços ao corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
-...agoirar... ok ok... Avança! Gosto dessa parte dos beijos e dos abraços...
- Ehehehe... Todos gostamos... Aliás o Sr.Coração fica...
- Quero lá saber disso! (Irritado com a referência ao coração, o seu arqui-rival!)
- Desculpe... o Estômago já está a reunir algumas células-borboleta para criar aquele efeitos efervescentes, o Sr. Fígado anda a produzir mais açúcares para adocicar o sangue... já se sabe!
- Sangue doce e células-borboleta.... e mais?
- Estamos a tentar falar com a Sra. D. Pele para ver se fica cheirosa e macia... Andamos em negociações...
- Bom... Parece-me bem... E o outro o que vai fazer?
- O Sr.Coração?
- Sim... esse!
- Acho que vai bater mais forte...
- Também não sabe fazer mais nada!?!?
- Mas acho que vai ser mais forte ainda...
- Mas isso é assim há 226 dias!
- Pois... Ele diz que tem andado a bombear sangue com fartura desde que o Corpo encontrou o corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
-...agoirar! Já sei...Ok
- É tudo?
- Sim... Passa a palavra que vou clarificar ideias até ao Encontro...
- Para estar fresquinho mais logo?
- Claro... queremos o corpo lúcido! Para deixar louco de prazer o corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
- ...agoirar! eheheh...

(...)

- Dom Céfalo!
- Mas eu não disse que não queria ser incomodado até ao Encontro...?
- Sim... Desculpe... Mas precisa de saber isto! Várias células-pipoca estão aos saltos em frente à Embaixada da Ansiedade a reivindicar atenção por causa dos 226 dias!
- Bolas... para essas células! Mas que mais reivindicam?
- Acima de tudo... Atenção!
- Mas temos de esperar pelo Encontro do corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
- ...agoirar! Mas são células-pipoca... Sabem lá elas esperar!
- Vamos ter um dia agitado? É isso!
- Todos os dias têm sido celebrações... como sabe!
- Pois...
- Mandem abrir a Embaixada!

Será que sou eu que sou burra ou vocês é que estão mal habituados...

Se não há cinema para mim, não há shopping para ninguém. Mai'nada!

Shake it, sh-shake it, shake it like a polaroid picture

Nada melhor que uma boa notícia para começar bem o dia.

Club Heineken Paredes de Coura
Teatro Sá da Bandeira
14 e 15 de Dezembro

14 de Dezembro
1990's
Sizo
New Young Pony Club
Juan

15 de Dezembro
Sons and Daughters
Tunng
Black Strobe
Dj Jean Nipon

'Tou tão lá!!! Party all night long!...

Ei-lo

É impressionante o que uma simples ida ao IKEA pode provocar na cabeça de uma gaja como eu. Ao deparar-me com aqueles jovens casais apaixonados com um "e foram felizes para sempre" estampado no rosto, dei de caras com a minha solidão, tão latente nos últimos tempos.
Subitamente, surgiu uma vontade enorme de ter ali alguém do meu lado, de mão dada, a esforçar-se por me ajudar a decidir entre o serviço de grés em creme, preto ou verde.
Perdi a vontade de comprar fosse o que fosse.
Tive de fugir dali rapidamente.

Sinergias: música & cinema

Então e eu não haveria de fazer referência ao meu filme e à sua banda sonora? Chick flick, eu sei!!!

- I don't want to leave.
- So don't. Stay here with me. We'll start a jazz band.

from Lost in Translation (O amor é um lugar estranho)



Sometimes
(My Bloody Valentine)

Close my eyes
Feel me now
I don't know how you could not love me now
You will know, with her feet down to the ground
Over there, and I want true love to grow
You can't hide, oh no, from the way I feel

Turn my head
Into sound
I don't know when I lay down on the ground
You will find the (way it) hurts to love
Never cared, and the world turned hearts to love
We will see, oh now, in a day or two

You will wait
See me go
I don't care, where your head turned (I don't know)
You will wait, when I turn my eyes around
Overhead when I hold you next to me
Overhead, to know the way I see

Close my eyes
Feel me now
I don't know, maybe you could not hurt me now
Here alone, when I feel down too
Over there, when I await true love for you
You can hide, oh now, the way I do
You can see, oh now, oh the way I do




Just like honey
(The Jesus & The Mary Chain)

Listen to the girl
As she takes on half the world
Moving up and so alive
In her honey dripping beehive
Beehive
It's good, so good, it's so good
So good

Walking back to you
Is the hardest thing that
I can do
That I can do for you
For you

I'll be your plastic toy
I'll be your plastic toy
For you

Eating up the scum
Is the hardest thing for
Me to do

Just like honey (x 17)


E agora não consigo parar!!!

Christoph König substitui Marc Tardue

A CdM já anunciou a programação para o próximo ano TODO (primeira novidade!). E, esse momento, foi aproveitado para anunciar também quem será o maestro que irá substituir Marc Tardue: Christoph König.
Já tive oportunidade de assistir a um concerto da ONP dirigido por ele (O Castelo do Barba Azul) e confesso que gostei bastante. Têm a minha aprovação. (Eh!)
Tenho uma certa pena que Tardue vá embora. Mas acredito que a orquestra estava a precisar de sangue novo e de alguém que conseguisse domar algumas rebeldias que por lá circulam...
Gostei de ler algumas das declarações que König fez à imprensa: "Para o biénio 2010/2011, vamos executar sinfonias de Gustav Mahler" (bravíssimo!!!), "música clássica austro-alemã vai constituir uma parte da programação. A par disso, interesso-me bastante pela música russa. Ainda assim, os compositores portugueses não serão esquecidos" (é bem!), descreveu a ONP como "Amável, um pouco vaga, com muito talento, com muita ambição, às vezes, demasiado relaxada. Mas julgo que me escolheram para lhes colocar um pouco de ordem" (assim esperamos) e, a cereja em cima do bolo, "Gosto muito da cidade... Ainda assim, enquanto por aqui estiver, vou ser portuense. Mas a cidade é incrível! O Porto tem mar, rio, pontes, um centro histórico tão precioso, que me deixa encantado" ('tá aprovadíssimo!).

Já tive oportunidade de espreitar a programação da ONP para o próximo ano. Há muitos concertos aliciantes principalmente aguns com um coro em particular...
O último concerto de Marc Tardue à frente da ONP será o concerto de Natal deste ano, a 22 de Dezembro, com o Coro da Sé Catedral do Porto: O Messias de Handel. Por todos os motivos e mais alguns, será de não perder! Concerto esse que já se encontra esgotado, obviamente.

Uma última nota para o grafismo do novo sítio da CdM. Não podia ser mais feio! Tanto dinheiro investido em Comunicação & Imagem e na querida Guta Moura Guedes para isto?! Se calhar deviam investir noutras coisas mais importantes. Não sei. Talvez na programação!...
Diz Pedro Burmester que a programação contempla actuações de próximidade, "sem fato e gravata". Muito bem! Mas não foi este mesmo senhor que, este ano resolveu comemorar o aniversário da Casa com um concerto de gala?! Com direito a passadeira vermelha e muitos flashes! Onde deambularam todas as celebridades e mais algumas? Onde a Gutinha desfilou à Jessica Rabbit?! Se calhar estou a fazer confusão... Ou não!
Haja paciência! Bah

Sinergias: música & cinema

- I'm Afraid, Ian.
- What are you afraid of?
- I'm afraid of falling in love with you.
from Control

Inevitavelmente...



Atmosphere (Joy Division)

Walk in silence,
Dont walk away, in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Dont walk away.
Walk in silence,
Dont turn away, in silence.
Your confusion,
My illusion,
Worn like a mask of self-hate,
Confronts and then dies.
Dont walk away.
People like you find it easy,
Naked to see,
Walking on air.
Hunting by the rivers,
Through the streets,
Every corner abandoned too soon,
Set down with due care.
Dont walk away in silence,
Dont walk away.

O que se passa contigo?

Boa pergunta.
Não sei. Ainda.

Mas imaginem um labirinto, cheio de portas e espelhos que vos confundem. Não é possível saber o que é verdadeiro e o que é reflexo. Voltar ao ponto de partida está fora de questão. E talvez já nem seja possível dar com esse caminho. A solução é simplesmente seguir.
É aí que eu me encontro, perdida nesse labirinto.

Today's mood



No surprises
(Radiohead)

A heart that's full up like a landfill,
a job that slowly kills you,
bruises that won't heal.
You look so tired-unhappy,
bring down the government,
they don't, they don't speak for us.
I'll take a quiet life,
a handshake of carbon monoxide,
with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
Silent silent.

This is my final fit,
my final bellyache,
with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises please.

Such a pretty house
and such a pretty garden.

No alarms and no surprises (get me outta here),
no alarms and no surprises (get me outta here),
no alarms and no surprises,
please.

Sinergias: música & cinema

“If you believe in love at first sight, you never stop looking.”
from Closer (Perto Demais)





The Blower's Daughter
(Damien Rice)

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her skies

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off you
I can't take my mind off you...
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new


In my solitude you haunt me
With reveries of days gone by
In my solitude you taunt me
With memories that never die

I sit in my chair
Filled with despair
Nobody could be so sad
With gloom evrywhere
I sit and I stare
I know that Ill soon go mad

In my solitude
I'm praying
Dear lord above
Send back my love
versão revista e melhorada

Enquanto o maestro nos explicava os pequenos pormenores da obra que estamos a ensaiar, dei comigo a pensar que estudar uma partitura nova é como nos apaixonarmos por alguém.
Recebemos a partitura, tudo novo mas a obra está toda ali. No então, é preciso trabalho para, nota a nota, a descobrirmos. Há partes que gostamos à primeira leitura, são mais acessíveis. Passagens mais difíceis, que precisam de dedicação, paciência. Há passagens que apresentam dificuldades por deficiência da nossa técnica: as passagens do registo médio para o registo agudo. Dificuldades pela interpretação: os pianissimos atacados com cuidado e os fortíssimos com contenção. Outras apresentam dificuldades pelo meio em que se inserem, pelo contexto, por exemplo, aquelas passagens com harmonia difícil, em que temos que dar uma atenção extra à afinação. E há partes que só descobrimos quando o maestro, alguém que sabe muito mais que nós, nos alerta para tal.
E sempre, sempre que se canta a obra mais uma vez, se descobre algo novo, não interessa se do nosso agrado ou não, simplesmente novo. E isso é bom.
A cada leitura nos afeiçoamos mais à obra, começa a fazer parte de nós. Quando dá-mos por nós, passamos o dia a trautear a sua melodia.
Para muita gente, “O Messias” de Handel é o coro do “Hallelujah”. Para mim, já é muito mais que isso.
A obra é o que é e não nos compete a nós mudá-la. Ou se gosta assim como é ou não se gosta. E eu gosto assim, tal como é.
O que, à partida seria uma obra bastante acessível, simples de estudar, está a tornar-se uma tarefa séria, da qual não vou desistir enquanto não souber de cor e salteado.
A propósito, ontem, após o exame final, deixei de ser membro estagiário do coro e passei a coralista associada: mezzosoprano. I’m in!

Só me apetece estar no meu cantinho, a ouvir música



Love me, love me, love me, love me, say you do
Let me fly away with you
For my love is like the wind,
and wild is the wind
Wild is the wind

Give me more than one caress,
satisfy this hungriness
Let the wind blow through your heart
For wild is the wind,
wild is the wind

You touch me,
I hear the sound of mandolins
You kiss me
With your kiss my life begins
You're spring to me,
all things to me
Don't you know, you're life itself!

Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me
For we're like creatures of the wind,
wild is the wind
Wild is the wind

You touch me,
I hear the sound of mandolins
You kiss me
With your kiss my life begins
You're spring to me,
all things to me
Don't you know, you're life itself!

Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me
For we're like creatures in the wind,
and wild is the wind

Wild is the wind
Wild is the wind
Wild is the wind
Wild is the wind

Se viesse ao Porto, ia ver...

Alicia Keys
Pavilhão Atlântico
19 de Março

Nota-se que já consegui dormir uma noite inteira seguida

Aqui há dias, a meio de uma conversa sem pés nem cabeça, sobre saber fazer bolos, disseram-me que eu sabia como agradar um homem, porque sabia fazer bolos. Na altura, fiquei muito séria a olhar para o rapaz mas sem o estar a ver, a pensar se ele teria noção do que tinha dito. Curiosamente, foi uma daquelas alturas em que me senti ET. Será que já ninguém faz bolos?
De facto, já não é o primeiro gajo a “queixar-se” das mulheres de hoje não saberem cozinhar. Nunca levei muito a sério porque não era a realidade que conhecia. Salvo uma excepção, todas as minhas amigas sabem cozinhar. Aliás, não só sabem cozinhar como são boas cozinheiras.
Naquele jantar, a excepção era eu. Segundo parece, as mulheres recusam-se a serem rotuladas de fadas do lar, escravas do fogão.
Pois eu não vejo mal nenhum em saber e gostar de cozinhar. Quer seja para mim, para a outra pessoa, quer seja para os amigos ou para a família. Nem acho que seja redutor. Nem me sinto menos mulher por causa disso. Muito pelo contrário. Além disso, a cozinha pode ser um lugar muito estimulante, em todos os sentidos. Basta que haja imaginação.
Eu adoro todo o ritual que envolve a preparação de um jantar: pensar numa ementa adequada ao(s) convidado(s), comprar os ingredientes, preparar a mesa, escolher o vinho, pensar nos pormenores, confeccionar o jantar, servir o jantar e apreciar o jantar. Meninas, devem encarar este ritual como o ritual que realizamos quando temos um encontro com aquele alguém especial: conferir a depilação, manicure e pedicure, escolher criteriosamente o que vestir, o que calçar, os acessórios, banho relaxante, esfoliação, passar aquele creme de corpo, a maquilhagem discreta mas a realçar o que se quer realçar, “o” perfume em sítios estratégicos.
Bem, se se puderem juntar estes dois rituais no mesmo dia, então, é ouro sobre azul.
Adiante!
Não considero que uma mulher dos dias de hoje não possa ser duas em uma. Não vejo mal nenhum em querer cuidar de quem se gosta, querer mimar, querer agradar, nem que seja com um prato de comida.
Além disso, pensem comigo, meninas. Estão chateados. Vai dar futebol. Qual é aquele prato que ele detesta mesmo? Pois, é precisamente esse prato que vai ser o jantar. Ou o contrário. Sabem aquelas botas lindas que viram da última vez que foram ao shopping? Levem a cabo os dois rituais mencionados. Escolham um vestido onde as botas ficariam a matar e façam por merecê-las!
Usem a imaginação!

Complemento vitamínico



Absolute Beginners
David Bowie

I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
But I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same

If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed

If our love song
Could fly over mountains
Could sail over heartaches
Just like the films
If it's reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Hoje li um texto n' O Intelectual?, The Honeymoon that Never Ends, de Osho. Segundo me disseram, Osho é uma espécie de Buda mas mais magro. [Idiota!] Não, neste caso, Osho é o filósofo indiano Bhagwan Shree Rajneesh.
Também a mim me recordou o Elogio ao Amor de Miguel Esteves Cardoso. Um texto que eu também adoro.

"Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem."
"É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz."

Também questiono muitas vezes esta necessidade das pessoas "de ter alguém". Ter alguém. O que é ter alguém? É ter um namorado, um marido? Alguém tem alguém? As pessoas apaixonam-se porque querem companhia, é isso? Querem "ter alguém" para ir passear de mão dada para o shopping e para ir ao cinema. É isso que é "ter alguém"?
Eu não pretendo "ter alguém".
Os relacionamentos assustam-me. A rotina. As conversas pelo telemóvel a horas certas. Trocar presentes no São Valentim. Achar que o outro está conquistado. Tomar o outro como certo. Deixar de querer cuidar e de querer saber. Relacionamentos standard. Não, obrigada.
Troco esse "ter alguém" por ter alguém sempre comigo, no pensamento. Perder-me nos seus olhos. Ler a sua expressão corporal. Saber o que sente. Falar com o olhar. Colocar a mão no peito para que a dor passe. Observar em silêncio. Abraçar apertadinho. Beijar. Cuidar. Mesmo que seja em segredo. O amor dos poetas.

Life goes on...

Comecei pelo blog do myspace, passei pelo não-me-parece e agora vou ficar por aqui. Quanto tempo, não sei. O tempo que o meu tempo deixar...