Para o doido... beijo

A nós... em altos berros



Hey now now, they'll find you when you're sleeping now now
they'll reach in and grab what you're dreamin' now now
cut it up and slip it back in, and I know, and I know, and I know it

Hey now now, the smallest things are crushing me now
the crush crush crush is so comforting now
did the earth just slam in the sun, and I know, and I know, and I know it

won't undo their past by walking and talking backwards

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we breathe it in and try to dream again

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we breathe it in and try to dream again

Hey now now, they'll find you when you're sleeping, now now
they'll reach in and grab what you're dreamin', now now
cut it up and slip it back in and I know, and I know, and I know it

Hey now now, the smallest things are crushing me now
the crush crush crush is so comforting now
did the earth just slam in the sun, and I know, and I know, and I know it

won't undo their past by walking and talking backwards

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we shout it out and try to dream again

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we shout it out and try to dream again

la la la la la la la la la la la la la la la lalalalaaaaa

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we breathe it in and try to dream again

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we shout it in and try to dream again

Hey now now, we're goin' down down
and we ride the bus there and pay the bus fare
or we find a new reason, a new way of living
and we shout it in and try to dream again (less)

Último dia de trabalho de 2007

Aproveito esta oportunidade para avisar que:

NÃO VOU DEIXAR DE FUMAR EM 2008.

É um vício de estimação, o único que tenho, não pretendo perdê-lo.

messed up

Nem na porcaria de um teste de chacha (para não dizer coisa pior) de uma revista de gajas, eu consigo ser linear. É que chateia!!!

Empate técnico entre: Andrógina e Hiperfeminina
Andrógina: A moda é para si um statment. Dá grande importância aos acessórios e aos detalhes (mesmo que seja a única a reparar neles). A cor: preto. As peças básicas: tailleur, jeans, camisolas de corte perfeito.
Hiperfeminina: Adora o seu corpo e cuida dele. Jeans e t-shirts não são para si. Adora vestidos que acentuem a sua feminilidade. As peças básicas: vestidos decotados, saias travadas, tops justos. A maquiagem: lábios vermelhos e brilhantes. Os sapatos: saltos altos.

Pior de tudo é que o resultado até está certo! Eu alterno entre os dois estilos, gostos, personalidades. Mais que dois até.

Há quem me chame"camaleão".
Já aconteceu não me cumprimentarem quando passam por mim por não me reconhecerem. (Há quem não me reconheça, há quem me confunda. Há de tudo, é como na farmácias, no Brasil. Ainda estou para saber quem é essa Marta com quem me confundem. Deve ser loira e de olhos azuis, mas muito parecida comigo, quando anda com a máquina fotográfica a tiracolo.)
Também já ouvi a desculpa de que tenho ar de poucos amigos. Poucos mas bons, é o que interessa. Se isso se reflete na minha cara, não sei.

Mas eu hoje até estou bem disposta e explico.
Sou implacável, se puder evitar de cumprimentar alguém chato, faço-o sem hesitar. E pouco me importo com bocas colaterais e com o que ficam a pensar. Sou narizinho empinado. E? Não tenho medo de olhares à matador ou enviezados.
Não tenho paciência para conversas da treta, nem para conversas descabidas e de engate. Não consigo disfarçar, nem pretendo. Chateiam-me e pronto! Estou precisamente a um mês de completar 31 anos. Já passei essa fase. Há pelo menos 12 anos.

Quem vier, que venha por bem. Porque se se meterem à compeões...

A regra é bastante simples: tratem-me bem e serão bem tratados. Até permito que me digam umas verdades, sem levar com água. Mas só de vez em quando e se estiver bem disposta, como hoje.
Tratem-me mal e serão espezinhados. Tentem usar-me e serão manipulados. Dissimulem-se e serão enganados. Enganem-me e serão aniquilados.

De uma coisa podem ter a certeza, se vos acolher, jamais serão expulsos. A não ser que peçam. Muito! Eu sei que custa entrar mas custa muito mais sair, garanto.

Se forem expulsos, jamais voltarão a entrar. Nesse casos, não há segundas oportunidades.

Bilinear? Talvez. Mas tão simples quanto isso.

Last.fm said

If you like Amy Winehouse, you might also like...

I wonder (Where are you tonight)
Aretha Franklin

Where are you tonight?
Are you lonely like I am, tonight?
Have we lied to wach other about this affair?
If so, don't make me suffer, just tell me you still care

Have you cried tears like I have at all?
and do you wonder as I do, should I call?
I'll hurt for a lifetime not knowing my fate
is there still any hope or am I too late?

I wonder, I wonder
Where are you tonight?
Are you paiting the town while I just sit around?
It's so wrong when you know our love is so right

I'm bored... Please, do disturb.

In the meanwhile,
I'll just stand still,
here in my place,
trapped in...
waiting for...
wondering about...
listening to...

Bebo & Cigala: "Veinte Años"



"Con qué tristeza miramos
un amor que se nos va -
es un pedazo del alma
que se arranca sin piedad."

Dois dias bons

Hoje é dia de ter a casa cheia, mais de vinte pessoas à mesa. E, para mim, o Natal não é senão isso: a reunião familiar.

Tenho a sorte de ter sido criada na melhor família do mundo. Uma família unida, grande, solidária, bem humorada, carinhosa, conservadora, faladora, humilde, interessante, lutadora, fiel aos seus princípios, leal aos seus, que discute e abraça com a mesma paixão e que defende os seus acima de qualquer coisa. É sem dúvida um porto seguro onde posso atracar para retemperar forças e rir muito.

Já sei que logo vai ser a confusão total: toda a gente a falar alto, a discutir, a rir, a brincar.

É ver o meu primo P. a dar uma palestra sobre uma descoberta científica nova qualquer, que ainda ninguém tinha ouvido falar. É ver o irmão dele a rir-se embevecido das palavras do irmão. É ouvi-los falar sobre o último concerto da banda. É ver o meu priminho D., futuro craque do FCP (antigamente é que os pais queriam que os filhos fossem médicos…), andar a desafiar um dos primos para ir brincar com ele. Ouvir os planos de futuro da minha única prima.
É ouvir as minhas tias implicarem com os meus tios por estarem a beber demasiado e não deixar de sorrir pela situação. Pelo menos a minha mãe não tem essa preocupação. O meu pai não vai conduzir. Além disso, ele só passa da conta quando dá uma de tasqueiro e prepara receitas. E essas patuscadas só acontecem no Verão.
É a minha irmã agarrada à máquina fotográfica ou à máquina de filmar.
É esperar pela meia-noite para distribuir os presentes. É o meu irmão vestido de Pai Natal com o meu priminho ao colo.
São os vizinhos, uma extensão da família, que aparecem para cumprimentar.
É o chocolate quente da minha mãe já de madrugada…
É ir dormir com o coração quentinho.

E, no dia seguinte, a reunião repete-se. Toda a gente volta a reunir-se à mesa.
Sabe tão bem ter a casa assim cheia de gente, da nossa gente.

Por tudo isto, desculpem-me se dispenso os jantares de Natal com pessoas que mal reconhecem a minha existência durante o resto do ano. Podem chamar-me choca e tudo o mais que quiserem à vontade. Eu deixo. Recuso-me a entrar nessa farsa.
Desculpem-me se fico triste de cada vez que recebo uma sms pré-fabricada de alguém. Quase chego a preferir que não me tivessem enviado nada.

E desculpem-me se por vezes sou intransigente, injusta e dura. Fui criada nesta família, foi assim que aprendi. Se o faço, é porque me preocupo, é porque gosto demasiado.
São poucos aqueles amigos que compõem o meu núcleo duro mas são bons. São os melhores do mundo. Vocês são a família que eu fui escolhendo ao longo destes anos. Uns há mais tempo, outros mais recentes, são todos importantes para mim. Talvez não façam ideia do quanto são importantes para mim.
Adoro-vos!

A todos, BOM NATAL!

Libertem Cuba

Ontem à noite devo ter batido o meu recorde de pessoas conhecidas que encontrei numa só noite. Mal sabia para onde me virar. Infelizmente, também choquei com pessoas que dispensada ver. Devia ser o destino a testar o meu espírito natalício. Azarito! Não atacou este ano.

Foi bom encontrar amigos com quem já não estava há tempos. Contar as novidades, pôr a conversa em dia. Desgraçados! Tiveram de me aturar. Parecia o meu primeiro dia em liberdade depois de estar anos a fio presa numa solitária. Pelo menos, era assim que me sentia. Devo ter falado horas sem parar. As novidades eram muitas, não tenho culpa! Copos de cerveja virados pela cabeça abaixo, zangas de amigas, piercings, acidentes de carro, casa nova, concertos na CdM, aparecer na tv, entre outras... E, já se sabe, começa-se no presente e acaba-se a recordar o passado.

Soube bem. Soube muito bem.
E, principalmente, soube bem não sentir aquela frustação e desalento que deve sentir o primeiro prémio do totoloto quando não é reclamado pelo vencedor.

Definitivamente, ontem foi um dia bom. E o de amanhã será ainda melhor.

butterflies in my stomach

Desde quarta-feira que a minha mente está somente concentrada nos concertos de Natal.
Os concertos com a orquestra correram bem e o concerto de ontem correu lindamente. Mais de 10 minutos de aplausos com um "bravo" depois do Hallelujah.
Ou seja, prevê-se um grande momento musical para hoje.
Sabe-se que a sala está esgotadíssima há algum tempo, inclusive foram vendidos bilhetes para os lugares que ficam atrás do palco. Casa cheia (cerca de 2500 cabeças, quase 5000 olhos e orelhas em nós) para assistir a este concerto de Natal, o último com Marc Tardue como maestro titular da ONP.

E eu começo a ficar um bocadinho verde...

Já sei que após o concerto vou sentir um vazio enorme. Vazio esse que pretendo encher com uma francesinha. E mais tarde, com muitos mosquitos...

Por agora, vou dançar um bocadinho com a Amy, para descomprimir.... Valerieeeeeeeee!...

Ensaio sobre a visão *

A minha memória sempre foi um mistério para mim. Se, por um lado, haviam episódios que ficavam gravados a ferro e fogo, outros haviam que eram como se nunca tivessem existido, apagados completamente, sem passar pela reciclagem.

Até que um dia li um artigo sobre uma tal “memória selectiva”. O artigo não me convenceu mas continuo a dar-lhe o benefício da dúvida.

Basicamente, o tal artigo, defendia que a há pessoas que só retêm o que lhes interessa, o que lhes convém. Tudo o resto é eliminado, não existe.

A meu ver, toda a memória é, por defeito, selectiva. E tem uma ligação directa com a atenção que dispensamos no momento em que o facto se dá, ou seja, está relacionada com o nosso interesse naquela situação em concreto. Quem diz situação, diz pessoa.
Assim, a memória selectiva não seria a excepção mas sim a regra.

Obviamente que uma memória deste tipo pode levar a situações de memórias recalcadas, situações mal resolvidas que ficam para sempre presas no inconsciente. E que, apesar de não nos apercebermos, acabam sempre por nos condicionar de alguma forma. Se calhar até nos condicionam mais que outras memórias mais conscientes.
Mas não é por aí que pretendo ir. Não desta vez.

Assumindo que existe a tal “memória selectiva”, será que podemos extrapolar essa teoria para a visão? Isto é, uma “visão selectiva”?



“Pior cego é aquele que não quer ver.”

Primeiramente, quero explicar que, quando me refiro a uma “visão selectiva”, refiro-me à visão subjectiva e não à visão objectiva.
Exemplificando, duas pessoas observam um quadro de Claude Monet. Ambas vêem objectivamente o mesmo quadro. No entanto, a sua visão subjectiva será diferente. O quadro que vão guardar na memória, que irão recordar, será diferente.
Uma coisa é certa: ambas vão adorar o quadro.

Visão subjectiva:

  1. Quantitativa: os ceguitos - Míopes e Hipermétropes
  2. Qualitativa: "visão selectiva" - "visão inteligente", visionários e filtros

Comecemos pela visão subjectiva quantitativa: os ceguitos, aqueles que precisam de óculos mentais. (Ou não.)

Haverá os que vêem mal ao longe, hipermétropes; Os que vêem mal ao perto, míopes; Os que vêem mal ao longe e ao perto, míopes hipermétropes; E aqueles casos raros que não são uma coisa nem outra.

Os hipermétropes serão aqueles que não vêem dois passos à frente. Só vêem o que está mesmo à sua frente. Tudo o resto é desconhecido. Só mesmo quando esbarram nas coisas é que as vêem.
Porquê? Por preguiça mental, acredito. Porque dá muito trabalho pensar. Ou porque gostam de viver um passo de cada vez. São os realistas.
Os míopes serão aqueles que, até vêem bem ao longe, mas quando as coisas estão à sua frente, ficam desfocadas, não são claras. Nem esbarrando nas coisas as vêem.
Porquê? Por preguiça anímica, talvez. Porque o copo está sempre meio vazio ou meio cheio. Nunca está na medida certa. São os sonhadores.
Por último, os míopes hipermétropes, são um misto das duas coisas. Vivem num limbo, entre a realidade e o sonho: pés assentes na terra mas cabeça lá em cima na lua.
Aqueles que não são uma coisa nem outra, vêem bem ao longe e ao perto, são uns privilegiados e vamos ignorá-los. São muito chatos. Têm sempre razão e acabam sempre com: “Eu não te disse?”.

Por outro lado, temos a visão subjectiva qualitativa: a “visão selectiva”.
Dentro deste grupo, proponho a seguinte classificação: a visão inteligente, os visionários e os filtros.

A visão inteligente será aquela que está mais próxima da visão objectiva. Este tipo de visão dispensa a atenção estritamente necessária para lidar com aquela situação específica. Aparta o trigo do joio com perícia. Só vê o que de facto interessa, não se perdendo com grandes pormenores. É uma característica das pessoas racionais. Será a visão que todos deveríamos procurar ter.
Os visionários são aqueles que vêem demais, acreditam demais. Deturpam a realidade por excesso. Talvez por excesso de confiança. Normalmente é uma característica de pessoas presunçosas.
Por último, temos aqueles que usam filtros e deturpam a realidade por defeito. Podem ser filtros optimistas ou pessimistas, mediante a índole de cada um. E será uma característica de pessoas inseguras.

Exemplificando, voltando ao quadro de Monet.
Vamos todos observar o clássico Nenúfares.
(Nota: o quadro de Monet perde muito detalhe visto desta forma, obviamente.)




Uma pessoa míope, precisará de se afastar do quadro para o conseguir apreciar condignamente. Caso contrário, muito perto, vai perder-se no detalhe da pintura de Monet e não compreenderá o quadro como um todo.
Uma pessoa hipermétrope terá de chegar muito perto do quadro para reparar no detalhe. De outra forma, só verá os grandes traços. As tonalidades subtis e as pinceladas mais pequenas passam-lhe despercebidas.
Um míope hipermétrope terá de andar passo à frente, passo atrás. Ou deixar de ir a museus.

Uma pessoa com visão inteligente, irá dar somente a importância estritamente necessária aos pormenores de forma a poder compreender o quadro como um todo. Provavelmente, terá Monet como um dos seus pintores preferidos.
Uma pessoa visionária, irá achar genial a pintura de Monet, cheia de detalhe, de nuances. Provavelmente considera Monet o melhor pintor de todos os tempos e será sem dúvida o seu único pintor de eleição.
Uma pessoa que use filtros, provavelmente não terá grande opinião acerca do quadro nem acerca de Monet. Poderá gostar ou não gostar, mas receia que a sua visão não corresponda à realidade e, como tal, não emitirá opinião, não avançará.


Concluindo: perante a mesma situação, as pessoas têm visões diferentes dos factos. E isso poderá ser revelador do seu carácter. Ou não.


* Eu tenho que ocupar a mente com alguma coisa durante os intervalos dos ensaios!

Mais uma quarta-feira

Pensando bem
Em tudo o que a gente vê, e vivencia
E ouve e pensa
Não existe uma pessoa certa pra gente
Existe uma pessoa
Que se você for parar pra pensar
É, na verdade, a pessoa errada
Porque a pessoa certa
Faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando
das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia
sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade,
aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver
Cada momento
Cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo, conseguindo
E só assim
É possível chegar aquele momento do dia
Em que a gente diz:
"Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

A pessoa errada
Luís Fernando Veríssimo

Casa da Música ou Estádio do Dragão?

No outro dia perguntei a um amigo se ele conhecia um restaurante que tivesse Sport Tv, mas que fosse minimamente bem frequentado. Isto porque ia jantar com umas amigas mas queríamos assistir ao jogo do FCP.
Ele ficou muito admirado: “Mas tu ligas a futebol?! Pensei que fosses do tipo Casa da Música!”.
Deram-me os cinco minutos! E quem vai à Casa da Música não vai ao Dragão e vice-versa?! As duas coisas não são mutuamente exclusivas! Apoio o FCP e apoio a ONP.
Estou mesmo a ver a ideia que fazem de mim: snobe, uma empertigada que tem a mania que é muito erudita. Não podem estar mais enganados. Eu sei que não sou a party girl que fui em tempos. Em que "festa" e "brunhild" eram considerados sinónimos. Mas também ainda não virei essa velha chata! Caminho a passos largos para lá, mas ainda não cheguei. Digo eu…

Lá lhe expliquei que sou portuguesa: futebol e frango de churrasco, sempre!
Não sou fanática, nem assisto aos jogos religiosamente mas gosto. E faço questão de ir ao estádio pelo menos uma vez por época. Mas não no Inverno que o estádio é gelado. Eu sei! Vou mais vezes à Casa da Música. Pois vou, um bilhete para o FCP dá para um trimestre de ONP.

Mas continuando…
Desde pequenita que vou ao estádio e que festejo os campeonatos na baixa, agora no Dragão.
Fui esperar a equipa ao aeroporto quando ganhamos a taça UEFA. Inclusive, toquei na dita.

Mas pasmem-se porque o melhor está para vir!...
O que vocês não imaginam é que fui grande jogadora na primária. Sim, porque nós na primária jogávamos à bola nos intervalos. Com uma bola de ténis, que é ainda mais difícil. Lembro-me como se fosse hoje, dos golos à Madjer que marcávamos. Chegávamos à boca da baliza, dávamos meia volta e tunga! Golo de calcanhar.

Hilariante! Ai, estou quase a chorar de tanto rir…

Era tão bom, aquele tempo. Sentia-me tão livre. Pudera! Tinha passado a pré-primária num colégio de freiras, rodeada de betinhos. Cambada de mentirosos!... Aquela liberdade toda de uma escola pública era o paraiso.
Mas esses tempos ficam para outra altura. Por agora, prefiro ficar com o gostinho da recordação dos golos à Madjer…

Ah! Quanto ao nosso jantar, acabámos por ir jantar ao shopping. E o FCP ganhou, claro!

Andei a pesquisar...

"Os preconceitos não são, de forma nenhuma, negativos em si mesmos, pelo contrário, são necessários para evitar a repetição de pensamentos e raciocínios mentais constantemente; precisamente pela sua função, os preconceitos podem actuar como um verdadeiro limite do conhecimento ou da sua inovação."
"O cérebro humano quando desenvolveu uma ideia suficientemente e chegou a uma conclusão incorpora-a na memória para não ter que repetir todo o processo."
"A potência do cérebro aumenta consideravelmente com esta automatização, a velocidade de resposta será muito superior por duas causas.A primeira, porque a informação de entrada se coloca directamente nos campos preparados dos subprogramas ou funções e depois de recebidos todos os dados, dispara automaticamente a operação concreta.A segunda, porque bastam umas poucas respostas do sistema para validar a saída ou resultado da operação.

Neste sentido a rapidez pode ser semelhante ou inclusivamente superior ao das respostas ultra-rápidas do gestor da linguagem."

Provavelmente, a minha capacidade de resposta/reacção é fraca porque eu sou uma pessoa com poucos preconceitos. Para mim cada caso é um caso, cada pessoa é uma pessoa, cada situação é uma situação.


Mas agora a parte que interessa!

"Tanto os preconceitos como as respostas automáticas são criações prévias do intelecto, pelo contrário as respostas seguras, as que têm um certo grau de fiabilidade e as utra-rápidas ou semelhantes são consequência do funcionamento directo do mesmo."
"O facto de que se detenha o raciocínio seguro da lógica pura quando os resultados não têm 100% de segurança de estar correctos, não significa que não se possa continuar a retirar conclusões não tão seguras mas operativas dentro de uma margem de erro razoável. Também é possível que no final do raciocínio, já intuitivo, se chegue a alguma conclusão que, uma vez alcançada, se possa comprovar ou verificar por outros meios ou com outra perspectiva. Em todo o caso, fica patente que a intuição chega muito mais longe do que a lógica pura."


Traduzindo... É possível que eu não use lentes cor-de-rosa. É possível que eu tenha somente intuição apurada e veja o que escapa aos outros!... Não?! :s

Mas falta um vector: a criatividade!

A minha obstinação vai ser o meu fim. Já me imagino, daqui por uns anos, a fumar compulsivamente à frente de uma slot machine, a investir, à espera que saia o jackpot. E claro que o jackpot acabará por sair à pessoa que vem a seguir.
Brincadeirinha! Nunca seria numa slot machine. A ser, seria nas cartas. Handicap do tempo de estudante...
Valerie
Mark Ronson

Well sometimes I go out by myself and I look across the water
And I think of all the things, what you're doing and in my head I make a picture

'Cos since I've come on home, well my body's been a mess
And I've missed your ginger hair and the way you like to dress

Won't you come on over, stop making a fool out of me
Why won't you come on over Valerie, Valerie?

Did you have to go to jail, put your house on up for sale, did you get a good lawyer?
I hope you didn't catch a tan, I hope you find the right man who'll fix it for you

Are you shopping anywhere, changed the colour of your hair, are you busy?
And did you have to pay the fine you were dodging all the time are you still dizzy?´

Yeah
'Cos since I've come on home, well my body's been a mess
And I've missed your ginger hair and the way you like to dress

Won't you come on over, stop making a fool out of me
Why won't you come on over Valerie, Valerie.
Valerie,Valerie?

Well sometimes I go out by myself and I look across the water
And I think of all the things, what you're doing and in my head I make a picture

'Cos since I've come on home, well my body's been a mess
And I've missed your ginger hair and the way you like to dress

Won't you come on over, stop making a fool out of me
Why won't you come on over Valerie, Valerie.
Valerie,Valerie?
Yeah valerie

Club Paredes de Coura

Get on your dancing shoes...
I bet you look good on the dance floor



Dj Jean Nipon @ TSB
15 de Dezembro
3h30 - 5h

Humm... perhaps, perhaps, perhaps.

Sexta: last but not least

It's so damn pretty!



Black (Pearl Jam)

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did.
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn

Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything.
Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear?
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can drop away
And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be...

I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a sun in somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine

Para alguém...

... querida, doce, sincera, leal, amiga, genuína, doida, solidária e linda.
Vai ficar tudo bem porque tu mereces. Acredita em mim!

Um beijo rechonchudo e repenicado do tamanho do mundo e um grande e apertado xi.

(Não ligues ao vídeo. Foi o que se pode arranjar...)



Smile though your heart is aching
Smile even though its breaking
When there are clouds in the sky, youll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
Youll see the sun come shining through for you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
Thats the time you must keep on trying
Smile, whats the use of crying?
Youll find that life is still worthwhile
If you just smile

A minha lente cor-de-rosa

Uma amiga aconselhou-me a deixar de ver pela minha lente cor-de-rosa.

Amiga, um pedido: não me digas destas coisas ao final da tarde. Quando for assim, diz-me logo pela manhã que assim tenho o dia todo para pensar no assunto e fico com a noite para dormir. Ok?

Foi uma noite longa e fria, passada em claro.
Põe lente, tira lente… Um exercício duro, que me deixa o coração gelado.

Eu nem gosto muito de cor-de-rosa, de onde saiu esta lente? E como me desfaço de uma lente que uso há trinta anos? Ainda nem deitei fora as lentes verdes descartáveis que usei durante este verão!...

Tirar a lente e ver as pessoas como elas são.
Tirar a lente e ver-me fria e azeda em vez de incompreendida.
Tirar a lente e ver que o que vi nunca existiu.
Tirar a lente e ver que afinal não é a minha estrela a brilhar só para mim mas sim um avião que passa lentamente, lá longe, a caminho do seu destino, completamente alheio à minha presença.

Tirar a lente é um processo muito doloroso que me deixa os olhos vermelhos e inchados. Não quero voltar a tirar a lente. Não quero viver sem a minha lente cor-de-rosa. Não quero ter de lidar com a outra realidade paralela à minha. Prefiro a minha versão dos acontecimentos e das pessoas.
Chamem-me idealista, ingénua, sonhadora, utópica. Eu não quero saber. Prefiro acreditar nesta doce mentira…

Quinta

Hoje vai um vídeo porque gosto deste. E, como hoje tenho tempo, vai com letra e tudo.



Fidelity
Regina Spektor

I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost in the sounds
I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind all these words
I hear in my mind all this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
It breaks my heart

And suppose I never met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you
kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs
just to break my own fall
Just to break my fall
Just to break my fall
Break my fall
Break my fall

All my friends say that of course
its gonna get better
Gonna get better
Better better better better
Better better better

Mais uma Quarta no Púcaros

Pensamento do dia, do Púcaros:
"O verdadeiro fracasso é o sentimento de não ter arriscado"
(autor anónimo)

Ontem não houveram abraços e as palavras foram parcas. Talvez porque soubessem que já não preciso, este coração malandro já voltou à sua forma empedernida. (A minha lente cor-de-rosa...)
Contudo, houve um texto que me chegou a perturbar a visão. Há coincidências incríveis. (A minha lente cor-de-rosa outra vez...)
Como não poderia deixar de ser, vou partilhar o texto convosco.

A desilusão de um quase
Luís Fernando Veríssmo

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. é o quase que me incomoda e me entristece que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, Quem quase morreu ainda está vivo, Quem quase amou não amou Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos Nas chances que se perderam por medo Nas idéias que nunca saíram do papel Por essa maldita mania de viver no outono Pergunto-me, ás vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna Ou melhor, não pergunto, contesto A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, Na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia" quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima o amor enlouquece o desejo traí Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, Sentir o nada mais não são Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos apenas paciência, Porém, preferir a derrota prévia a dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros a perdão, pros fracassos, chance, pros amores impossíveis tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma Um romance cujo o fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina o acomode, que o medo o impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você, Gaste mais horas realizando do que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando por que. Embora quem quase morreu esteja vivo, Quem quase vive já morreu....
Os meus amigos têm sido muito prestáveis, ouvem-me, aturam-me com paciência, mesmo quando eu só digo disparates e até me têm presenteado com a sua sabedoria. Dos conselhos e achegas que me têm dado, retive três.
As palavras que me dirigem nunca caem em saco roto, mesmo quando eu pareço distante, desinteressada ou a leste.
Continuando, aconselharam-me a deixar de ser tão retraída, a perguntar mais e tentar adivinhar menos, a ser mais prática, a arriscar mais; Aconselharam-me a, quando algo de bom me acontecer, não questionar. Simplesmente, agarrar com as duas mãos com toda a força que tiver e não deixar fugir; E aconselharam-me a desfazer-me da lente cor-de-rosa (sábia amiga!).

Tudo porque este ano, não foi bissexto, mas foi ano de me apaixonar. E mais uma vez, deitar tudo a perder. Sempre fui assim, desde o tempo da primária. Tenho chumbado com mérito a esta disciplina, com direito a presença no quadro de honra e tudo. Continuar assim aos trinta, é frustrante e vergonhoso. Adiante!

Falta de inteligência emocional? Não me parece. Insegurança e muita descrença no sexo masculino? Provavelmente. Medo de sofrer? Com toda a certeza.
É sempre o mesmo filme de terror! Quando o perigo surge, é o pânico. Escondo, dissimulo, fujo, empurro, até conseguir expulsar definitivamente. E claro que depois a responsabilidade nunca é minha. Eu faço sempre tudo bem. Eles é que não têm o super poder de conseguir adivinhar o que eu sinto, o que eu quero que digam e façam. E mesmo quando parecem ter, nunca é suficiente.

Se calhar escrever isto ao som do Adagietto de Mahler não é lá muito boa ideia. Mas seja!...

Porque é que eu sou assim?

Há uns posts atrás, aconselhei a que vissem os clássicos do cinema. Fui muito injusta naquele post. E o problema coloca-se precisamente ao contrário: eu vi e faço filmes a mais. Romanceio demasiado, fantasio, suspiro, idealizo. Procuro um ser perfeito que nunca vai aparecer. Porque a perfeição é um ideal. Porque esse ser perfeito funciona como a cenoura à frente do burro, neste caso, burra. A maldita lente cor-de-rosa que me impede de aceitar as coisas como elas são e arriscar. Nunca. Nunca cedo, nunca arrisco. Exijo sempre mais sem dar nada em troca. Desta última vez então foi o descalabro total. Talvez por isso me sinta tão estúpida, tão infantil, tão mal. Não fui capaz de dar uma mão, nada! Talvez porque me senti verdadeiramente em risco, desta vez. Houve alturas em que acreditei. Foi a única vez que senti mesmo vontade de me atirar em queda livre.

Porque é que eu sou assim?

Todos os dias detecto um “se”, um “mas”, um “talvez”, conjugado a um “seria?”. De nada adianta a esta altura do campeonato. Só serve para me atrofiar a cabeça. Eu até acho que é mesmo disso que eu gosto. De acreditar na minha história, na minha versão dos acontecimentos. Gosto de acreditar que fui correspondida mas que as coisas não se proporcionaram. Afinal, os melhores filmes acabam sempre com os protagonistas a levar as suas vidas em separado. Romantismo e lirismo. Bela dupla! Não é à toa que, na música erudita, o meu período preferido seja o período romântico. De preferência, a escola alemã e russa.

Mas porque é que eu sou assim?

Talvez porque acredito de mais, ou de menos. Talvez porque seja demasiado insegura para acreditar que alguém seja capaz de gostar de mim como mereço. Talvez porque me falta maturidade emocional nesse campo. Talvez porque ainda não tenha aparecido a pessoas certa. Talvez porque não tenha a capacidade de entrega necessária. Talvez porque sofra de síndrome de prima-dona e só queira ser bajulada. Talvez porque tenha muitos amigos gajos e veja como eles lidam com estas questões. Talvez porque seja céptica em relação à capacidade dos homens serem verdadeiros e leais. Talvez porque não seja talhada para um dia dizer “Amo-te” a alguém ou pedir a alguém que me ame. Talvez muita coisa.

De nada me adianta tentar convencer-me que da próxima será diferente porque, quando acontecer, daqui por dez anos, eu já terei esquecido os erros que cometi e irei comete-los todos sistematicamente, a papel químico.
Voltarei a não agarrar a coisa boa que a vida me ofereceu. Voltarei a querer que ele chegue de cavalo branco e me arrebate inesperadamente daqui para fora. Sem que tenha de mexer uma palha. Como se isso fosse possível na vida real...

Grande frase

"A maior covardia do ser humano é despertar o sentimento de outro sem ter a intenção de amá-lo."

Porque hoje é quarta-feira

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'neill

Quarta


O lago do cisne

Shiny and happy. Completamente aluada, a andar em pontas, a flutuar nas nuvens. É como me sinto.
Mas, desta vez, resolvi arrojar, ir mais além.
Resolvi encenar a minha própria versão d'O Lago dos Cisnes: um solo a quatro rodas. Só que não correu lá muito bem. Entusiasmei-me e só parei contra o muro. O malfadado bolinhas mais uma vez a ir de ambulância para a oficina. E eu... continuo shiny and happy, a responder a toda a gente "Huh?!", a tentar perceber mas onde é que tu andas???...

Uma para ti

Many dreams and thoughts may cross our minds
How to conquer them we cannot find
But somehow we find the peace
that surpasses all our understanding.
We search in order to get in the race
Or run swiftly far away from grace
Still we arrive at this place,
so familiar to our destiny

Chorus
In between where I've been and where I'm going
To a special place, designed just for me
Between where I've been, so closer to knowing
My search is over, I think I see me
Ad-libs- Yeah, Oh, To a special place,
In between, Between, Yeah,
My search is over, over

It's clear to me it's no need to hide
Knowing it's your voice that will guide me
to all my hopes and dreams
To satisfy everything my soul has ever longed for
Lord I long to fulfill your plan, yes I do
Knowing all the time that it's with your hand
that will hold me
Until your will is clear to me,
I'll be waiting so, so patiently

Chorus
Ad-libsIn between where I've been,
Where I know that I'm going, To a special place,
Designed just for me,
In between where I've been, So closer to knowing,
That my search is over, Yes I see me

Mirror, mirror on the wall
I know that I can face it all
I finally see the truth inside of me
It's too late to turn back now
I have no questions about how
You will lead and guide me
Always hide me safely in your arms

Chorus
Ad-libsIn your arms is where I'll be,
Waiting on my way to my destiny, Made just for me,
So closer to knowing,
My search is over, Over.

Uma para a amiga

Conforme prometido, doida!
Não deu para ser antes porque isto parece o Conde Ferreira. ;)
Espero ter acertado na música!

Gangue da Campaínha

Parece que existe um gangue novo a actuar na baixa da cidade do Porto. Actua em noites de muito frio e a altas horas da noite. Principalmente nas ruas circundantes à zona da Torre dos Clérigos. Ainda não se sabe bem se é um protesto contra a Clérigos Eye ou se é pura pseudo-rebeldia de um grupo de desocupados.
O modus operandi consta em aproximar-se discretamente de um grupo de transeuntes, passar à sua frente, tocar disfarçadamente às campainhas todas e desatar a correr. As pessoas são apanhadas desprevenidas e quando se apercebem do que aconteceu, desatam a correr também.
O líder do gangue confessou que talvez sejam memórias recalcadas do tempo que vivia no Bairro de Paranhos que o tenham levado àquela vida. Outro membro do gangue desdramatiza e alega que é só uma forma de aquecer.
A verdade é que a moda está a pegar e já foram avistadas pessoas que não são do gangue a fazerem o mesmo.
Tenham cuidado, eles andam aí.

Moonlight Serenade

Uma vez num concerto, um músico disse que esta era, para ele, a mais bela melodia de todos os tempos. Quase me sinto tentada a concordar...



De todas, prefiro a versão limpa do Glenn. Mas, para quem quiser com letra, aqui fica também a versão do Frank.

É como regressar a casa.
As pessoas abrem os braços para nos receber mal nos vêem. Cobram a nossa ausência. Quase acredito que fiz falta. Perguntam como estou e esperam, com aqueles olhos fixos em mim, pela resposta. “Estou bem”, respondo.

Mais uma cara conhecida. Dirige-se a mim com um sorriso sincero. Mais um abraço. Diz-me que estou diferente e fica a olhar para mim a tentar decifrar o que mudou. Pois estou, penso. Mas não digo. Limito-me a sorrir e uso o cabelo como desculpa. Diz-me que sim, que deve ser isso. Da última vez estava com ele preso. “Não sei. Não me lembro.” Mas desta vez não me lembro mesmo.

O meu copo de vinho do Porto já se encontra na mesa. Podem começar. As palavras começam a surgir e a reverberar cá dentro. Do outro lado da sala uns olhos em mim. É o senhor que desenha. Sorrio. Não me desenhe hoje. Hoje não. Hoje só vim mesmo pelas palavras. E pelos abraços.

Dedicam a primeira parte a um poeta que está presente. Tem um olhar focado mas quente, alguma melancolia e muita doçura. Devolvo-lhe o sorriso que me oferece. Ali toda a gente sorri para toda a gente. Sorrisos sinceros. Sorrisos de quem está em sintonia. Sorrisos provocados pelas palavras que ele alinhou e que agora alguém repete em voz alta. “São de pedra as lágrimas que te atiro por não saber como chorá-las”.

O senhor da voz grave dá início à segunda parte. Bonito poema. A acompanhá-lo o rapaz da guitarra acústica. Segue-se o senhor que medeia a noite. Depois o rapaz mais novo. Seguido do senhor alto e de óculos.
O rapaz alto e de olhos vivos, sentado no bar, levanta-se e reclama a presença de uma voz feminina. Hoje ele não quer ler. Também só está ali pelas palavras. Eu hoje também não quero ler. Hoje não.

Já é tarde. A sala está cheia de fumo. Está na hora de ir. Um amigo dá-me um abraço. Eu estou bem, digo-lhe com um sorriso. É inevitável. São as palavras. Foi por elas que eu vim. É com elas que eu vou.
Despeço-me. Dão-me um abraço e dizem-me “fica bem”. Sorrio e respondo baixinho para mim “vou ficar”. “Até para a semana”, diz-me sorridente o senhor dono do espaço.

O sono que desce sobre mim - Álvaro de Campos

O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim -
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.

Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
É o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.

O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.

Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém,
De quem?,
Pergunta a minha indiferença,
E tudo isso é sono.

Meus Deus, tanto sono!...


Por falar em poesia, e porque estou de saída para uma bem passada noite de poesia no Púcaros, aqui fica este oportuno poema de Álvaro de Campos.

Boa noite e bons sonhos!

Esta noite sonhei que...

... partia rumo a uma vila na Toscana, onde iria dar longos passeios, onde iria ter longas conversas, onde me sentaria à mesa e partilharia uma boa refeição com pessoas interessantes e divertidas.
Lá o tempo passaria devagar mas não haveria problema. Era bom que assim fosse. Iria haver tempo para tudo inclusive pôr a leitura em dia. Iria voltar a estudar piano, ao fim da tarde. Iria escrever pela noite dentro. Iria acordar ao primeiro toque do despertador ou mesmo antes de ele tocar.
Lá todas as pessoas se cumprimentam na rua e páram para saber como estão.
Lá abriria uma livraria onde, à noite, se fariam sessões de poesia para amadores. Sempre acompanhadas de um largo copo de vinho tinto ou de um pequeno copo de vinho do Porto.
Lá, sem telemóveis e sem internet, sem nada.
Lá... Somente lá, verdadeiramente longe!...

D. Sebastião

Diz a lenda que o Desejado irá regressar num dia de nevoeiro para salvar a Nação. Será?

Such a perfect weekend

Perfect Day (Lou Reed)

Just a perfect day,

Drink sangria in the park,

And then later, when it gets dark,

We go home.

Just a perfect day,

Feed animals in the zoo

Then later, a movie, too,

And then home.

Oh its such a perfect day,

Im glad I spent it with you.

Oh such a perfect day,

You just keep me hanging on,

You just keep me hanging on.

Just a perfect day,

Problems all left alone,

Weekenders on our own.

Its such fun.

Just a perfect day,

You made me forget myself.

I thought I was someone else,

Someone good.

Oh its such a perfect day,

Im glad I spent it with you.

Oh such a perfect day,

You just keep me hanging on,

You just keep me hanging on.

You're going to reap just what you sow,

You're going to reap just what you sow,

You're going to reap just what you sow,

You're going to reap just what you sow...

Get set, ready, go!...

Depois de um grande período de introspecção e de lavar a alma, sinto-me nova e preparada para regressar ao activo.
Sem dúvida que estes momentos menos bons também são revigorantes e fazem-nos crescer. (Eu até acho que cresci uns centímetros. Ou então é das botas novas!) É preciso ir ao fundo para nos apercebermos da nossa força. Na altura parece o fim de tudo mas afinal, não é.
A minha mente está clara e o coração limpo.
Estou pronta para receber de braços abertos a minha estação preferida e ainda vou a tempo de me perder por aí, nestes tons outonais.

Bom fim-de-semana!

Torre de Babel

Porque será que me sinto cada vez mais distante deste tempo, destas pessoas, destes costumes, destas tradições?

Sempre tive bastante facilidade em conhecer pessoas, em fazer amizades, no entanto, de há uns tempos (largos) para cá, essa facilidade foi-se desvanecendo, estando quase a tornar-se uma dificuldade.
Sinto que a maior parte das vezes não consigo comunicar com as pessoas. Trocam-se algumas palavras, trocam-se opiniões mas pouco mais que isso. As pessoas conhecem-se superficialmente e isso chega. Poucas pessoas se dão trabalho de descobrir o que está para além das palavras, para além das acções. Verdade seja dita, as pessoas também receiam dar-se a conhecer. Pudera! Numa sociedade cada vez mais desprovida de valores, nunca se sabe quem se tem pela frente.
É tudo muito rápido hoje em dia. E isso faz-me muita confusão. Parece que tudo o que importa é ser ter/ser mais um contacto. Ter contactos. Isso é que é importante.

Os espaços nocturnos estão cheios de gente. As pessoas chegam em grupo com o intuito de se divertirem. Sendo que o conceito de divertimento é beber bastante, fumar e dançar, a correr bem. Não importa a música que está a passar. Balança para cá, balança para lá e está feito. Se a noite correr bem, ainda dá para meter conversa com alguém do sexo oposto e sacar mais uns quantos contactos.
Se assim for, espera-se pelo fim-de-semana seguinte e envia-se uma sms a convidar um desses contactos para um café. Sim, uma sms! Isso de ligar fica muito caro e é preciso conversar e isso dá muito trabalho. Enviar uma sms é mais prático e eficaz. Atira-se o barro à parede. Se colar, óptimo, temos date.
Lá se vai tomar cafezito com o novo contacto. Meia dúzia de chavões e umas piadas pré-fabricadas e avança-se. Nunca ouviram dizer que o tempo urge? Não há tempo a perder. Até porque se houver tampa, pode ser que ainda dê tempo para ir ter com o resto da malta. Hoje em dia é assim. Queres, queres. Não queres, andamento. Há mais quem queira.

Há uns anos atrás, um amigo de uns amigos com quem me tinha cruzado meia dúzia de vezes, numa noite mais animada, encheu-se de coragem e declarou-se. Enviou-me um poema de Florbela Espanca. Por sms! Eu não estava interessada nele, até porque ele estava de casamento marcado para o final desse ano. Mas, se estivesse, que pretenderia ele que eu fizesse?!

Rapazes, sejam homens! Quando for a valer, abandonem o jogo “atira-a-ver-se-cola” e assumam o jogo da conquista. Vejam os clássicos do cinema. De preferência aqueles a preto e branco. São os melhores. Os homens seduzem, as mulheres deixam-se seduzir.
É muito século passado, não é? Que querem? Sou uma gaja clássica.

Mas a culpa não é só do sexo masculino. As meninas também andam a meter água.
Se condeno os rapazes por jogarem charme a tudo o que mexe, condeno as meninas por aceitarem a corte de qualquer um. Andam pouco exigentes, estas meninas. Muito fáceis.
Grande parte delas, só se sentem mulheres se tiverem um namorado a quem dar ordens, a quem chatear, de quem possam falar às amigas e levar a passear ao shopping. Ao primeiro beijo já ouvem os sinos da igreja. Passo!
Em primeiro lugar não me imagino vestida de noiva, muito menos de véu e grinalda. Esses rituais, dispenso. Não é um papel que vai certificar aquilo que se sente, que vai validar a relação. Já para não falar da anilha no dedo. Sequer sou pombo-correio.
Contudo, já não dispenso, partilhar a educação de um rapaz traquina e terrorista como o pai ou de uma menina caprichosa e mimada como a mãe. Não dispenso ficar cheia de rugas e de cabelo branquinho ao lado daquela mesma pessoa.

Eu faço parte da minoria que teimam em esperar pelo(a) “tal”. Será que tal coisa existe? Sinceramente, preferia acreditar que não. Mas, apesar de todos os esforços, continuo a acreditar que sim, que existe. Quem será esse “tal”?
Será aquele que idealizei e que espero desde o tempo em que saltava abaixo dos tapetes. Personalidade vincada, inteligente mas não racional, com sentido de humor e que se reja pelos mesmos princípios e valores que eu. Alguém persistente e determinado. Alguém com muita paciência para aturar os meus caprichos de gaja. Alguém disposto a cuidar de mim da mesma forma que me proponho a cuidar dele. Mas, acima de tudo, alguém com seja possível comunicar. Comunicar com palavras, actos e silêncios. Porque as pausas também são música.
Se for possível chegar a esse entendimento, acredito que todas as diferenças se desvanecerão.
O problema é que hoje em dia, e apesar de todos os meios de comunicação que temos ao nosso dispor, as pessoas comunicam cada vez menos. Claro que assim, não é difícil as pessoas acordarem um dia, olharem para o lado e não (re)conhecerem a pessoa que dorme ao seu lado há anos. Seguiram caminhos diferentes num determinado cruzamento da vida e nem repararam. Acordaram um dia e chegaram à conclusão que o sentimento que os unia, desapareceu. As plantas morrem se não as regarmos, se não mudarmos a terra de vez em quando, se não arrancarmos as folhas velhas. É o meu maior medo!
Gostar não é o mais importante. Conseguir “aquela” cumplicidade, sim. “Aquela” telepatia. “Aquele” saber o que o outro quer ou sente com um simples trocar de olhar. O mesmo entendimento que se tem com um(a) amigo(a) de muitos anos. Só que este entendimento é aliado a uma atracção magnética. A uma vontade (quase) incontrolável de se querer, de se ter de tocar. A um simples roçar de mãos que nos faz estremecer.
Por vezes, esta atracção, este sentimento forte, tolda-nos a visão. Faz-nos ver coisas onde elas não existem e/ou não nos deixa ver coisas que estão mesmo à nossa frente.

Sinto-me frustrada. Sinto que é um desperdício de tempo, esforço e dedicação ter idealizado, construído e cuidado de um belo jardim nas traseiras da casa quando tudo o que as pessoas querem é ficar ali no hall de entrada, depois de terem sido atraídos pela fachada da casa.

Na tetralogia de Wagner, Brunhild é castigada pelo pai depois de lhe ter desobedecido.
O seu castigo é dormir cercada por um círculo de fogo, até que alguém que não tenha medo venha resgatá-la: Siegfried.
Façam-me um favor.
Não acordem esta Brunhild se não tiverem a certeza que é mesmo isso que querem. Porque, uma vez desperta, é com muita dificuldade que consigo voltar àquele estado de sono profundo onde me encontrava.
Agora percebo, porque tão escuras chamas

Agora percebo, porque tão escuras chamas
me lançavas em muitos momentos;
Ó olhos!
Como que para, num único olhar,
reunirem toda a vossa força.
Porém não pressenti, pois o nevoeiro
tecido pelo cego destino envolvia-me,
Quando o raio de luz já preparava o seu regresso,
ao lugar donde provêm todos os raios de luz.

Queria, dizer-me, com o vosso brilho:
queremos ficar junto de ti,
mas o destino não no-lo permite.
Olha bem para nós, pois em breve estaremos
longe de ti!
O que são então para ti os olhos agora:
nas noites que hão-de vir, para ti serão apenas
estrelas.

Poema original Nun seh'ich wohl, warum so dunkle Flammen de Friedrich Ruckert
Kindertotenlieder (Canções para as Crianças Mortas) de Gustav Mahler
tradução de Adriana Latino
Retirado do programa da CdM

Duas amigas vieram almoçar comigo e só me apetece baldar às aulas de tarde...

Irresistível! (Roubado daqui.)

Declaração de Amor

- Pessoal! Pessoal! 226 DIAS!!!!
- Hein?!?
- Que se passa? Mas o que vem a ser esta algazarra?!?
- 226 DIAS!
- Mas porque é que ele corre assim de um lado para o outro?!?
- Acho que ele está a dizer que são 226 dias... Não percebi bem...

Entretanto lá em cima...
- Como vão os preparativos para a comemoração dos 226 dias?
- Bom dia Dom Céfalo. As células de todos os cantos pretendem homenagear o corpo por ter encontrado o encaixe perfeito, como sabe...
- Sim... adiante!
- ...e por isso vamos ter uma série de acontecimentos que têm o intuito de dar muitos beijos e abraços ao corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
-...agoirar... ok ok... Avança! Gosto dessa parte dos beijos e dos abraços...
- Ehehehe... Todos gostamos... Aliás o Sr.Coração fica...
- Quero lá saber disso! (Irritado com a referência ao coração, o seu arqui-rival!)
- Desculpe... o Estômago já está a reunir algumas células-borboleta para criar aquele efeitos efervescentes, o Sr. Fígado anda a produzir mais açúcares para adocicar o sangue... já se sabe!
- Sangue doce e células-borboleta.... e mais?
- Estamos a tentar falar com a Sra. D. Pele para ver se fica cheirosa e macia... Andamos em negociações...
- Bom... Parece-me bem... E o outro o que vai fazer?
- O Sr.Coração?
- Sim... esse!
- Acho que vai bater mais forte...
- Também não sabe fazer mais nada!?!?
- Mas acho que vai ser mais forte ainda...
- Mas isso é assim há 226 dias!
- Pois... Ele diz que tem andado a bombear sangue com fartura desde que o Corpo encontrou o corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
-...agoirar! Já sei...Ok
- É tudo?
- Sim... Passa a palavra que vou clarificar ideias até ao Encontro...
- Para estar fresquinho mais logo?
- Claro... queremos o corpo lúcido! Para deixar louco de prazer o corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
- ...agoirar! eheheh...

(...)

- Dom Céfalo!
- Mas eu não disse que não queria ser incomodado até ao Encontro...?
- Sim... Desculpe... Mas precisa de saber isto! Várias células-pipoca estão aos saltos em frente à Embaixada da Ansiedade a reivindicar atenção por causa dos 226 dias!
- Bolas... para essas células! Mas que mais reivindicam?
- Acima de tudo... Atenção!
- Mas temos de esperar pelo Encontro do corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
- ...agoirar! Mas são células-pipoca... Sabem lá elas esperar!
- Vamos ter um dia agitado? É isso!
- Todos os dias têm sido celebrações... como sabe!
- Pois...
- Mandem abrir a Embaixada!

Será que sou eu que sou burra ou vocês é que estão mal habituados...

Se não há cinema para mim, não há shopping para ninguém. Mai'nada!

Shake it, sh-shake it, shake it like a polaroid picture

Nada melhor que uma boa notícia para começar bem o dia.

Club Heineken Paredes de Coura
Teatro Sá da Bandeira
14 e 15 de Dezembro

14 de Dezembro
1990's
Sizo
New Young Pony Club
Juan

15 de Dezembro
Sons and Daughters
Tunng
Black Strobe
Dj Jean Nipon

'Tou tão lá!!! Party all night long!...

Ei-lo

É impressionante o que uma simples ida ao IKEA pode provocar na cabeça de uma gaja como eu. Ao deparar-me com aqueles jovens casais apaixonados com um "e foram felizes para sempre" estampado no rosto, dei de caras com a minha solidão, tão latente nos últimos tempos.
Subitamente, surgiu uma vontade enorme de ter ali alguém do meu lado, de mão dada, a esforçar-se por me ajudar a decidir entre o serviço de grés em creme, preto ou verde.
Perdi a vontade de comprar fosse o que fosse.
Tive de fugir dali rapidamente.

Sinergias: música & cinema

Então e eu não haveria de fazer referência ao meu filme e à sua banda sonora? Chick flick, eu sei!!!

- I don't want to leave.
- So don't. Stay here with me. We'll start a jazz band.

from Lost in Translation (O amor é um lugar estranho)



Sometimes
(My Bloody Valentine)

Close my eyes
Feel me now
I don't know how you could not love me now
You will know, with her feet down to the ground
Over there, and I want true love to grow
You can't hide, oh no, from the way I feel

Turn my head
Into sound
I don't know when I lay down on the ground
You will find the (way it) hurts to love
Never cared, and the world turned hearts to love
We will see, oh now, in a day or two

You will wait
See me go
I don't care, where your head turned (I don't know)
You will wait, when I turn my eyes around
Overhead when I hold you next to me
Overhead, to know the way I see

Close my eyes
Feel me now
I don't know, maybe you could not hurt me now
Here alone, when I feel down too
Over there, when I await true love for you
You can hide, oh now, the way I do
You can see, oh now, oh the way I do




Just like honey
(The Jesus & The Mary Chain)

Listen to the girl
As she takes on half the world
Moving up and so alive
In her honey dripping beehive
Beehive
It's good, so good, it's so good
So good

Walking back to you
Is the hardest thing that
I can do
That I can do for you
For you

I'll be your plastic toy
I'll be your plastic toy
For you

Eating up the scum
Is the hardest thing for
Me to do

Just like honey (x 17)


E agora não consigo parar!!!

Christoph König substitui Marc Tardue

A CdM já anunciou a programação para o próximo ano TODO (primeira novidade!). E, esse momento, foi aproveitado para anunciar também quem será o maestro que irá substituir Marc Tardue: Christoph König.
Já tive oportunidade de assistir a um concerto da ONP dirigido por ele (O Castelo do Barba Azul) e confesso que gostei bastante. Têm a minha aprovação. (Eh!)
Tenho uma certa pena que Tardue vá embora. Mas acredito que a orquestra estava a precisar de sangue novo e de alguém que conseguisse domar algumas rebeldias que por lá circulam...
Gostei de ler algumas das declarações que König fez à imprensa: "Para o biénio 2010/2011, vamos executar sinfonias de Gustav Mahler" (bravíssimo!!!), "música clássica austro-alemã vai constituir uma parte da programação. A par disso, interesso-me bastante pela música russa. Ainda assim, os compositores portugueses não serão esquecidos" (é bem!), descreveu a ONP como "Amável, um pouco vaga, com muito talento, com muita ambição, às vezes, demasiado relaxada. Mas julgo que me escolheram para lhes colocar um pouco de ordem" (assim esperamos) e, a cereja em cima do bolo, "Gosto muito da cidade... Ainda assim, enquanto por aqui estiver, vou ser portuense. Mas a cidade é incrível! O Porto tem mar, rio, pontes, um centro histórico tão precioso, que me deixa encantado" ('tá aprovadíssimo!).

Já tive oportunidade de espreitar a programação da ONP para o próximo ano. Há muitos concertos aliciantes principalmente aguns com um coro em particular...
O último concerto de Marc Tardue à frente da ONP será o concerto de Natal deste ano, a 22 de Dezembro, com o Coro da Sé Catedral do Porto: O Messias de Handel. Por todos os motivos e mais alguns, será de não perder! Concerto esse que já se encontra esgotado, obviamente.

Uma última nota para o grafismo do novo sítio da CdM. Não podia ser mais feio! Tanto dinheiro investido em Comunicação & Imagem e na querida Guta Moura Guedes para isto?! Se calhar deviam investir noutras coisas mais importantes. Não sei. Talvez na programação!...
Diz Pedro Burmester que a programação contempla actuações de próximidade, "sem fato e gravata". Muito bem! Mas não foi este mesmo senhor que, este ano resolveu comemorar o aniversário da Casa com um concerto de gala?! Com direito a passadeira vermelha e muitos flashes! Onde deambularam todas as celebridades e mais algumas? Onde a Gutinha desfilou à Jessica Rabbit?! Se calhar estou a fazer confusão... Ou não!
Haja paciência! Bah

Sinergias: música & cinema

- I'm Afraid, Ian.
- What are you afraid of?
- I'm afraid of falling in love with you.
from Control

Inevitavelmente...



Atmosphere (Joy Division)

Walk in silence,
Dont walk away, in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Dont walk away.
Walk in silence,
Dont turn away, in silence.
Your confusion,
My illusion,
Worn like a mask of self-hate,
Confronts and then dies.
Dont walk away.
People like you find it easy,
Naked to see,
Walking on air.
Hunting by the rivers,
Through the streets,
Every corner abandoned too soon,
Set down with due care.
Dont walk away in silence,
Dont walk away.

O que se passa contigo?

Boa pergunta.
Não sei. Ainda.

Mas imaginem um labirinto, cheio de portas e espelhos que vos confundem. Não é possível saber o que é verdadeiro e o que é reflexo. Voltar ao ponto de partida está fora de questão. E talvez já nem seja possível dar com esse caminho. A solução é simplesmente seguir.
É aí que eu me encontro, perdida nesse labirinto.

Today's mood



No surprises
(Radiohead)

A heart that's full up like a landfill,
a job that slowly kills you,
bruises that won't heal.
You look so tired-unhappy,
bring down the government,
they don't, they don't speak for us.
I'll take a quiet life,
a handshake of carbon monoxide,
with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
Silent silent.

This is my final fit,
my final bellyache,
with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises please.

Such a pretty house
and such a pretty garden.

No alarms and no surprises (get me outta here),
no alarms and no surprises (get me outta here),
no alarms and no surprises,
please.

Sinergias: música & cinema

“If you believe in love at first sight, you never stop looking.”
from Closer (Perto Demais)





The Blower's Daughter
(Damien Rice)

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her skies

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off you
I can't take my mind off you...
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new


In my solitude you haunt me
With reveries of days gone by
In my solitude you taunt me
With memories that never die

I sit in my chair
Filled with despair
Nobody could be so sad
With gloom evrywhere
I sit and I stare
I know that Ill soon go mad

In my solitude
I'm praying
Dear lord above
Send back my love
versão revista e melhorada

Enquanto o maestro nos explicava os pequenos pormenores da obra que estamos a ensaiar, dei comigo a pensar que estudar uma partitura nova é como nos apaixonarmos por alguém.
Recebemos a partitura, tudo novo mas a obra está toda ali. No então, é preciso trabalho para, nota a nota, a descobrirmos. Há partes que gostamos à primeira leitura, são mais acessíveis. Passagens mais difíceis, que precisam de dedicação, paciência. Há passagens que apresentam dificuldades por deficiência da nossa técnica: as passagens do registo médio para o registo agudo. Dificuldades pela interpretação: os pianissimos atacados com cuidado e os fortíssimos com contenção. Outras apresentam dificuldades pelo meio em que se inserem, pelo contexto, por exemplo, aquelas passagens com harmonia difícil, em que temos que dar uma atenção extra à afinação. E há partes que só descobrimos quando o maestro, alguém que sabe muito mais que nós, nos alerta para tal.
E sempre, sempre que se canta a obra mais uma vez, se descobre algo novo, não interessa se do nosso agrado ou não, simplesmente novo. E isso é bom.
A cada leitura nos afeiçoamos mais à obra, começa a fazer parte de nós. Quando dá-mos por nós, passamos o dia a trautear a sua melodia.
Para muita gente, “O Messias” de Handel é o coro do “Hallelujah”. Para mim, já é muito mais que isso.
A obra é o que é e não nos compete a nós mudá-la. Ou se gosta assim como é ou não se gosta. E eu gosto assim, tal como é.
O que, à partida seria uma obra bastante acessível, simples de estudar, está a tornar-se uma tarefa séria, da qual não vou desistir enquanto não souber de cor e salteado.
A propósito, ontem, após o exame final, deixei de ser membro estagiário do coro e passei a coralista associada: mezzosoprano. I’m in!