muda de vida!

Ano novo, vida nova! (Vá, digam todos: uh huh!). Ou, se preferirem, corpo são em mente sã (Vá, outra vez: uh huh!)). Ou será ao contrário?! Bem, não interessa. O que interessa é que resolvi abandonar as noitadas de copos. Ao fim destes anos todos, cheguei à brilhante conclusão que as noitadas não passam de uma tentativa frustrada de preencher um vazio. Vazio esse que acaba por se fazer sentir numa tremenda corrente de ar nos bolsos e em ressacas descomunais. Ou seja, é pior a emenda que o soneto.
Assim, tenho optado por programas mais levezinhos: cinema, concertos, jantares tardios e encontros fugazes para pôr a letra em dia.

No entanto, nem tudo são rosas. E eu deparei-me com um problema grave: o que fazer com o Domingo?
Habituada a passar o Domingo a ressacar, entre a vida e a morte, e às voltas com juras vãs de nunca mais beber, esbarrei com uma quantidade extra de tempo livre e sem saber o que lhe fazer.

Tratando-se do Dia do Senhor, a primeira ideia a surgir foi retomar o velho hábito de ir à missa. O problema é que eu gosto de dormir e, mesmo sem noitadas, o domingo de manhã, continua a não existir para mim. Além disso, aqui entre nós que ninguém nos ouve, eu não acredito em rituais.

Andava eu às voltas com a solução para o meu problema, dividida entre o sofá e a cama, aborrecendo-me a fazer zapping na tv, abrindo e fechando alguns livros, quando recebo uma sms de uma amiga, desafiando-me para ir correr.
Como sabem, desporto não é comigo, mas, o desespero era tanto, que uma corrida ao fim da tarde, soou a algo genial.
Quando dei por mim, estava no local combinado, devidamente equipada de fato-de-treino e sapatilhas, entusiasmada por começar.

Corri cerca de dois longos e intermináveis minutos, altura em que começou a dar-me a sufoca e eu optei por ir a trote.

Esta é a minha grande dificuldade em relação ao exercício físico: tenho muito pouco espírito de sacrifício e pouca paciência para esperar pelos resultados. Bem, na verdade, é uma dificuldade que tenho a todos os níveis mas isso não interessa para o caso.
No fundo, sou como os surfistas de areia: tenho o equipamento, até compro a prancha à pro, convencida que vou aprender a surfar. Mas, sempre que chego à praia, o mar, ou está flat ou está demasiado revolto. E eu opto por espetar a prancha na areia e ficar no convívio com o resto do pessoal, deitadinha da minha toalha, enquanto o sol me aquece.

Basicamente, foi o que fiz. Continuei a passo, lento, e por pouco não abanquei ao pé dos pescadores, na letra. Talvez eles me conseguissem explicar onde reside o encanto de ficar horas a olhar para uma cana, à espera que um peixinho (ou uma bota) se lembre de morder.

Mas isto do exercício físico faz muito bem. Hoje acordei cheia de dores nas pernas e mal consigo subir escadas. Pareço uma pata choca a andar e mal me consigo equilibrar em cima dos 10 centímetros de salto das botas, tal é tremedeira nos músculos.
Mas não vou desistir! E até estou disposta a fazer uns treinos à socapa a meio da semana, lá na urbanização. É que, segundo me disseram, existe por aí um spot onde os set são de categoria. E eu não quero fazer má figura!...

4 comentários:

Bruno Ramalho disse...

ahahah, boa, boa, eu li primeiro a entrada da ortlinde, e fiquei a pensar se serias tu, e depois vi isto, e escangalhei-lhe a rir! ;DD

vá, eu correr dispenso, porque gosto mais de bicicleta, mas se estiveres virada para uma caminhada ao fim da tarde, durante a semana ali à beira-mar (matosinhos-foz) eu alinho. :D

Brunhild disse...

sim, sim! Bute lá hoje?

Bruno Ramalho disse...

oh yeah, a que horas? juntamo-nos cá em cima, e vamos juntos lá pra baixo que fica mais barato. :D

Brunhild disse...

Sim ;)
Falamos de tarde, okis? xis