"Amar é sempre revolucionário"

Entrevista de João Antunes (JN) a Raquel Freire, a propósito da estreia do seu novo filme "Veneno Cura".

"Neste Mundo, onde as nossas vidas são cada vez mais precárias, solitárias e frágeis, temos de inventar e construir a forma como vivemos os nossos afectos e, sim, a forma como amamos. O amor fere, cura. O amor é curarmo-nos dos afectos onde dói mais. Amar é sempre revolucionário."

Et la pièce de resistance...

"O Porto é a minha cidade. É a terra da minha infância, dos medos, da transgressão, do sangue, das lágrimas, dos gritos de liberdade, dos recomeços, tem um rio que é o meu rio vermelho das paixões e das feridas, tem pontes que ligam as duas margens e as aproximam, tem uma luz única, carnívora, tem uma solidez de granito e solidão, tem uma Afurada com os mais belos barcos e pescadores e pescadeiras, tem uma Ribeira que é muito mais bonita do que qualquer bilhete postal. Estou espalhada por ali."

Gostei! Gostei da entrevista, gostei da Raquel e vou ver o filme. Quando estreia mesmo?!...

E agora, vou ver se meto cá para dentro qualquer coisinha. Ainda a pensar na pergunta: "Veneno cura" é, para si, uma expiação ou uma catarse? Boa pergunta!

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