Crónicas de Praga: o aeroporto de Frankfurt

À ida para Praga, devido ao atraso que o meu voo sofreu, não pude passear pelo aeroporto de Frankfurt.
Na verdade, enquanto o avião se fazia à pista para aterrar, espreitei pela janela e Frankfurt não me cativou.

Agora, no meu regresso a casa, tenho uma hora livre até embarcar. E resolvi descobrir o aeroporto.

É enorme! Parece uma cidade, dentro de uma cidade. (A esta altura ainda não sabia que o aeroporto de Frankfurt só perde em tamanho e afluência para Heathrow.)
Só para terem uma ideia, os funcionário circulam de bicicleta (sim, com cestinho na frente e tudo), de carrinhos tipo os dos campos de golfe (versão sport. Cabriolet, portanto.) ou em segways adaptadas, como a deste senhor que anda a recolher o lixo dos caixotes.
Parece que estou num filme de ficção científica! (Perdoem o meu deslumbramento, mas eu não sou de cá...)

Eu demorei mais de 15 minutos, da porta de onde desembarquei até à porta onde vou embarcar. Que ficam no mesmo sector. Ainda existem mais 3 sectores, no mínimo, só neste piso.

Durante o meu percurso, feito de modo manual, ou seja, recusei a ajuda das passadeiras rolantes à disposição nestas avenidas, passei por diversas lojas e cafés.
Num dos cafés, um grupo de alemães, bebiam cerveja numas enormes canecas. Pensei fazer o mesmo. Em Roma, sê romano. Certo? Mas, com o cansaço que estou, o mais provável era aterrar de cabeça dentro da caneca de cerveja. E, auf wiedersehen, voo para o Porto.
Apetecia-me ficar em Praga. Não em Frankfurt.

Uns metros à frente, deparo com uma cena hilariante, as Camel Smoking Areas. São umas redomas em vidro, patrocinadas pela Camel, onde os fumadores se dirigem para matar o vício. Quais leprosos...
Ainda pensei tirar uma foto mas dava muito trabalho.

Já sentada ao lado da minha porta de embarque, passados 20 minutos de espera, dez deles indecisa entre "vai, não vai" fumar um cigarro ao pé dos camelos, resolvi juntar-me a eles.
Uma vez lá, um alemão fumava um cigarro e bebia uma cerveja em lata. (Perdoem-me a inocência, mas não imaginava que estereotipo do alemão fosse tão fiel.) A esta altura, estão vocês a imaginar uma mísera latinha de 0,33 cl. Certo? Errado! Uma lata de meio litro! Mas, tem lógica. É que o alemão era o dobro de mim. Quer em altura, quer em largura. Gigante! Com uma poderosa voz de baixo.

A propósito, gostei dos alemães. Só é pena aquela mania que eles têm de falar de boca cheia. Mas ainda assim, arrisco: próxima paragem, Berlim?!...

2 comentários:

Carpe Diem disse...

Sabias que Berlim tem, actualmente, a vida cultural mais agitada da Europa e bem superior a Londres? Curiosamente esse é um dos meus futuros (não sei é quando) destinos de viagem...

O aeroporto de Heathrow é um horror, mas desconheço o de Frankfurt... mas deixa que o de Paris (Charles DeGaulle) é igualmente descomunal e demoras uns 20 mns de autocarro a chegar ao terminal dos pobres e árabes q é de onde partem as lowcost...

Brunhild disse...

Sabia! Porque achas que falei em Berlim? :D