Visão n.º 832

excerto da entrevista a Flávio Gikovate


O mundo mudou e as mulheres não encontram homens à altura...
Os homens podem não ter achado conveniente a independência das mulheres. O que soa a puro machismo pode ser a consciência masculina da sua incompetência diante da mulher colocada num pedestal.

O desencontro aumentou a homossexualidade?
A feminina. As mulheres maduras preferem ficar com outras a disputar ao estalo os rapazes que sobram. Se os heterossexuais optam por ficar sozinhos ou procuram menininhas, elas dividem-se por vezes entre homens mal casados e surfistas de 18 anos. É sinal de terrível solidão e absoluta falta de parceiros no mercado.
Não quer dizer que as mulheres sejam estrelas e os homens bestas. Mas, se elas insistem em homens maiores em tudo do que elas e eles se intimidam com o crescimento delas, o mercado matrimonial vai encolher.

Qual é a opção?
Separar sexo de amor, como os homens sempre fizeram. Sexo é excitação, é pessoal, tanto que pode até ser feito sozinho, através da masturbação ou da Internet.
Amor é aconchego, paz, remédio para a dor e desamparo. Só não é panaceia para todos os males. A opção é escolher parceiros parecidos com cada um, em vez de opostos, e construir uma relação de lealdade e companheirismo.
Ou melhor, ficar sozinho. Porque para diversão existe o resto do mundo, viagens, teatros, leituras, amigos. Para isso é preciso reforçar a individualidade. São dois inteiros que se juntam, não duas metades. Um inteiro é melhor sozinho do que partido ao meio.


Então, a opção é ficar sozinho/a?
É possível ser feliz sozinho. As relações vão de mal a pior e, se não houver uma revisão geral, um tsunami de frustrações amorosas vai engolir toda a gente.

[E eis que surge alguém que consegue dizer aquilo que penso e que sempre defendi.
Antes de ir, a boca de barulho: os homens ficaram pelo caminho. Temos pena! Acreditem que temos mesmo!
Já não batem as portas. São inseguros. Amuam e ficam confusos. Enfim, são fraquinhos.
E depois dizem que nós temos feitiozinho difícil e que os intimidamos.
Pffffffffff... Socorro! É que já não há paciência para esse discurso!...
Cresçam e apareçam, rapazes!]