meet the girls

Ainda não sei quem me nomeou fiel entendida nesta questões acerca de amores e relações. Logo eu! Mas, como ainda ninguém me mandou calar, eu vou continuar. E irei fazê-lo com afinco. Quem sabe uma qualquer digníssima instituição de ensino superior me torna doutora honoris causa no assunto. Ou noutro qualquer. O assunto pelo qual versava a honra é secundário. Assim como o mérito.
Também quero! Ficava bem no meu CV. E até acho que já era merecido. Talvez o façam post mortem, qual Heath Ledger.

Pois bem! Falemos de ralações.

Imaginemos o início de uma relação: ambos apaixonados, tudo a tons rosa e vermelho, ele a pensar quando passará a verde, ela a perguntar-se sobre o que quererá ele dela e a querer acreditar que encontrou o homem da sua vida.

É precisamente nesta fase que a gaja irá recorrer aos conselhos sábios das amigas. Ela sabe que o seu discernimento está totalmente arruinado pela paixão e precisa que alguém lhe diga que pode avançar, porque este é o tal.
É altura de submeter o gajo ao derradeiro teste: conhecer as amigas.

Este "conhecer as amigas" pode adquirir vários contornos.
Pode ser feito às claras: "Vou convidar a Cláudia e o namorado para viram jantar cá a casa. Se calhar, aproveito e convido também a Sofia e a Joana.". Ou, na versão mais recorrente: "A Cláudia convidou-nos para jantar em casa dela. Temos mesmo que ir. Está prometido há bastante tempo, não posso desmarcar.".
Ou poderá ser feito às escuras: num centro comercial à escolha, "Por aqui? Que coincidência! Nós também vamos ao cinema! Oh, sério? Que giro! Nós também vamos a essa sessão! Depois podíamos ir tomar um copo, não?". Toda a gente sabe que qualquer rapaz apaixonado, a esta altura do campeonato, não se atreverá a recusar tal convite.
Ou poderá ainda, ser feito totalmente às cegas: As amigas aparecerem, por coincidência da vida, no mesmo bar onde o casal está.
Não que eu e as minhas amigas alguma vez o tenhamos feito, ali num bar para os lados da Foz. Há muitos anos atrás. Quase dois, na verdade. Assim como fazer perseguições de carro. Ou fumar o último cigarro da noite no fundo da rua do dito cujo. Nós seríamos incapazes de tal coisa! Além disso temos coisas bem mais importantes com que nos entreter. Não é, meninas?

Pois bem. A verdade é que o nosso gajo nunca passará o teste das amigas. Isto porque elas imaginaram o melhor para nós, e este nunca estará à altura do imaginado.
Desejam para nós um tipo impecável, inteligente, culto, com sentido de humor, responsável, maduro, que nos trate nas palminhas, educado, seguro, que percorra a cidade às 3h da manhã à procura de um sítio aberto que tenha gelados porque nos apetece um, e outras qualidades que tais.
Estes gajos existem? Existem. Garanto. Já namorei com um assim. Passou todos os teste, menos o meu. Foi o único com o qual namorei e pelo qual nunca estive apaixonada. Curiosamente, as minhas amigas continuam apaixonadas por ele e a torcer para que eu recupere o juízo. Coisa que eu nunca tive.

Já exigi muito da vida, de mim, das pessoas e, principalmente, dos rapazes. Já fui muito amada e já amei. Já tive muitos sonhos e vivi outros tantos. Hoje não sou tão exigente, nem tão sonhadora. Hoje gosto de mim assim. E enquanto me sentir bem neste papel, irei continuar.
Por ser demasiado exigente, deixei de viver algumas coisas. Hoje apenas vivo, sem exigências. Livre e mais ligeira. É óptimo!

Disseram-me que eu era uma borboleta de casulo... Talvez seja hora da borboleta sair do casulo e voar... Quem sabe?!...

3 comentários:

Ortlinde disse...

duvida: "falemos de rAlacoes" foi propositado ?!

Brunhild disse...

Totalmente propositado ;)

Ortlinde disse...

xiii,sei bem o que isso é,já tive algumas.

tubos de ensaios para chegar onde estou hoje!