cold feet

Quando surgiram os blogues, estes não passavam de diários online.
É curioso ver onde a blogosfera chegou.

Ando nesta coisa dos blogues há alguns anos. Durante anos, fui mera expectadora. A blogosfera era pequena e quase todos se conheciam.
Um dia, encontrei um blogue que me inspirou (digo blogue mas deveria dizer blogger) e eu perguntei-me "Porque não?". E resolvi criar um.

Aliás, antes de me iniciar nos blogues, cheguei a construir um site, ou melhor, uma página pessoal. Mas isso foi há uma eternidade atrás. Só de me lembrar disso, já me cresceram uns quatro cabelos brancos.
Nem sei o que é feito dela. Eu sou muito desligada das coisas.

De um momento para o outro, esta coisa dos blogues levou um boom.
Hoje, toda a gente tem um blogue. E há blogues para todos os gostos e feitios. Deu-se a tal falada democratização da web.

Pois eu mantenho-me fiel à ideia original. E quer este, quer todos os outros blogues pelos quais passei, não passam de recreios, daí esta salgalhada, e é assim que devem ser encarados.

Por isso, me assusta um pouco, haver quem me idealize como Brunhild. Principalmente aqueles que não me conhecem pessoalmente.

Meus caros, Brunhild não existe. Bruhild tem muito de mim mas não é real.

É certo que fico comovida quando lhe tecem elogios (alguns jamais hei-de esquecer) e farto-me de rir quando a condenam à fogueira.
Tocam-me particularmente quando dizem que foi motivo de inspiração, que vão voltar/começar a escrever, criar um blogue. Tal como me aconteceu.

Nos últimos tempos, o número de visitas ao blogue tem aumentado substancialmente. Devido à referência feita num outro blogue, de referência e que eu sigo de perto. Alguns clientes foram ficando. O que me provoca alguma curiosidade. Já dei por a pensar tantas vezes, se eu não fosse eu, se seguiria o blogue... Acho que não.

Ora, este blogue era suposto ser, é continua a ser, uma compota caseira, a ser servida com um chá e tostas, entre amigos. Sejam eles poucos ou muitos.
Mas está a perder o seu atendimento personalizado. Eu não sei escrever para massas.
Gosto de escrever, sempre gostei. Sempre o fiz, por mim e para mim. Mas partilhá-lo com o mundo, é difícil. Mesmo que esse mundo não me conheça.
Sinto-me presa, condicionada.

Talvez mude o rumo... Talvez não... Nunca se sabe o que Brunhild vai fazer. Nem mesmo eu!
Será esperar para ver.

De qualquer forma, obrigada a todos.
O feedback é gratificante. Intimidador, mas gratificante.

4 comentários:

Ortlinde disse...

"mude rumo" como?! que é isso ?! mas que queres dizer com o "mude"? verbo mudar?! não estou a perceber!!! e porque estás a dizer que a Brunhild não existe?!e não sabes escrever?! quem disse isso?!quem?! ai ai ai tás "isquisita"!

Bruno Ramalho disse...

ai esses humores, quando a gaja não curte a cor do vidro, muda de aquário! LOL Mas depois acaba por voltar ahahaha :P

Brunhild disse...

Decidi há algum tempo atrás que, ao contrário do que é costume, iria levar este blogue até ao fim... Está difícil, mas estou a fazer um esforço.
Azarito, vão ter de levar comigo... ahahahahahah

Carpe Diem disse...

Ena não!!! Eu que ja tou habituado a ler 550 vezes o mesmo blog por tua causa quando te fartas do anterior tenho de aguentar este ate ao fim?

A Brunhild não existe? Tu queres ver que o Wagner inventou mesmo uma personagem? E tu não escreves para as massas? Nós somos poucos mas bons!!