estupidamente ingénua

Num dia em que a sensibilidade extrema me visitou, eu explico.

Os gostos, os quereres, as formas... O viver é estupidamente simples. Camuflado e imoderado. Simples.

O ter de ser é complicado. E os meios. Quase sempre impossíveis...

2 comentários:

Anónimo disse...

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.

Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!

Brunhild disse...

Em dias de sensibilidade extrema, como hoje, é de evitar o belo, depurado, das coisas assim, simples. :)