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Acusam-me frequentemente, e injustamente, de ter "a puta da mania". Sim, é mesmo assim que me dizem.

Na verdade, eu pouco me importo com o que as pessoas pensam sobre mim. Sei, por experiência própria, que as pessoas, regra geral, tendem a ser cruéis e egoístas por natureza, põem e dispõem conforme lhes apetece e são desprovidas de carácter ou princípios. Por isso, dar créditos ao que dizem, é perda de tempo e energia.

Quando, alguém que nunca me viu à frente, se dá ao trabalho de atravessar uma pista de dança para me dizer que sou antipática e que tenho a mania, a única reacção possível é rir-me da situação e dizer que sim. Mais um que caiu...

No entanto, não consigo ter a mesma reacção quando a acusação é feita por alguém que gosto, que é próxima e que deveria conhecer-me um pouco melhor.

Eu sei que é essa a impressão que dou às pessoas, à primeira vista. Sei que a dou e sei porquê. É intencional, é mesmo essa a ideia.
Mas não consigo deixar de ficar magoada quando as pessoas, mesmo depois de me dar a conhecer, ficam agarradas a essa primeira impressão.

Quando tento mostrar que há muito mais para além dessa primeira impressão e para além do que propositadamente deixo transparecer, e elas não acreditam; Quando as convido continuamente a entrar no meu mundo e elas hesitam; Quando as puxo com todas as forças para que não saiam e mesmo assim me pedem para o fazer; Quando me mostro tal como sou, sem máscaras ou dissimulações e elas duvidam... Acabo por ficar sem forças. Enfraqueço, fico magoada, até que acabo por desistir. Deixo-as sair, deixo-as acreditar no que quiserem, ou mesmo não acreditarem em nada, se preferirem.

Todas as pessoas se escondem por trás de uma capa protectora. Algumas são finas, outras mais grossas, algumas autênticas muralhas. Fazem-no de forma a camuflar os seus pontos fracos, evitando ficarem demasiado vulneráveis e susceptíveis de serem magoados. Quantos mais pontos fracos a pessoa tiver, maior necessidade de protecção terá. Por outro lado, quanto maior a protecção, maior o valor do bem resguardado. (Não interpretem isto como se eu estivesse a dizer que guardo um tesouro dentro de mim e que, por isso, preciso de muita protecção. Até porque, se calhar, nem estou a falar de mim...)

Seja como for, a minha protecção é essa: o nariz empinado. Obviamente, pouquissimas pessoas sabem o quanto isso anda longe de ser verdade. Mas felizmente que ainda as há.

Contudo, tenho observado com curiosidade que, as pessoas têm tendência a acreditar muito mais facilmente no lado escuro dos outros, mesmo quando este é ficcional e contraditório à essência dos mesmos. Lá diz o ditado: quando a esmola é grande, o pobre desconfia.

Verdade seja dita, com esta lufa-lufa que se leva, já ninguém tem paciência para conhecer alguém ou mesmo darem-se a conhecer.
Solução: empacotam-se as pessoas em estereótipos e toca a andar, que o tempo urge...

1 comentário:

Carpe Diem disse...

Onde anda a puta da mania que eu n a vi?? Nem o nariz andou empinado, aliás, eu é q queria ter visto mais do nariz mas estivemos pouco tempo juntos...

Concordo ctg qd dizes q hj em dia as pessoas n tentam ver os outros, no entanto, eu prefiro ir descobrindo as pessoas em todas as suas nuances.

Se algum dia vir a tal da puta da mania mando-a dar uma volta e peço a Gaby de volta como quem devolve uma bebida por n estar exactamente ao nosso gosto :)

De mim n te escapas tu, oh lá q n!!