solidão: estado de quem está só

No fim-de-semana, numa tentativa de quebrar a inércia rotineira e dar algum descanso ao leitor de DVD, resolvi levar a cabo um dos meus programas preferidos: passear pela cidade, sozinha, sem rumo e sem destino.

Sentia-me como sinto a cidade: melancólica, solitária, mas hospitaleira, perseverante.

Equipei-me a rigor: calças de ganga, t-shirt e sapatilhas. Optei por fazer dois totós, colocar um chapéu e os óculos de sol. Quando o faço, fico sempre com a sensação que me torno invisível. Apetecia-me ser invisível.
Coloquei os três livros que andava a ler e o meu bloco de notas no saco e saí porta fora.

Calcorrear a cidade, tranquiliza-me. Observar as pessoas nas suas vidinhas, conforta-me de alguma forma. E andar, ajuda-me a espairecer.

É engraçado. Raramente me sinto sozinha quando estou só. Na maior parte das vezes, a solidão ataca-me quando estou acompanhada. Porque será?

Quando abanquei numa esplanada para lanchar e ler um pouco, fui acometida precisamente por esse pensamento e lembrei algumas conversas idas.

A maior parte dos meus amigos (quando digo amigos refiro-me a amigos e amigas), todos na casa dos 'intinhas, solteiros na sua maioria, se queixam, volta e meia, da solidão.
Verdade seja dita, a maldita, não é mais que o reverso da medalha da vida que escolhemos. Por isso há que aguentar a pressão sem demasiadas lamentações. A teoria é muito bonita, eu sei.

Escolhemos esperar, preferimos arriscar, optamos pelo "tudo ou nada", em detrimento da vidinha normal: encontrar alguém que nos dê estabilidade e nos trate bem, casar e ter filhotes.
Queremos mais! Mas o quê?

(Continua amanhã... Mas podem ir deixando nos comentários o que querem...)

1 comentário:

Carpe Diem disse...

Até ao momento concordo ctg e mais so quando terminares o texto, ou talvez n... mas e um facto q, por vezes, sozinhos estamos mais acompanhados do que com gente à volta, o truque e estar sozinho a fazer o que se gosta e como se gosta.

Isto n impede que se sinta a solidão, mas e pegando no teu anterior texto, estar só na companhia de um livro, um filme ou uma musica q nos tocam deixa-nos com um sorriso nos labios.

Eu tb n sei o que mais quero, uns dias apetece-me uma coisa e outros dias outra... mas de uma coisa eu sei, sei q existe uma pessoa especial no Porto de quem sou fã e adoro ler, estar e falar.

Beijos e o comentario segue dentro de momentos quando o texto esteja pronto :)

O teu Joel (sim, era mesmo este o nome).