Não sou pudica!

Estou danada! Chamaram-me pudica, pela segunda vez no espaço de dois anos e meio!
Que me chamem burra duas vezes na mesma noite, ainda aceito. Mas pudica?!
Tudo porque há coisas que nem às paredes confesso.

Para que conste, há coisas que uma lady nunca conta.
A saber: a marca e a cor do gloss que deixa os nossos lábios com aquele aspecto tão apetecível, a localização exacta daquela sapataria que tem sapatos lindos de morrer a preços acessíveis, como conseguimos o número de telemóvel do gato da praia, o nome da loja onde compramos aquelas calças de ganga que nos ficam no vinte, a nossa idade verdadeira, a medida do nosso sutien e o porquê que nos dizerem que comemos meninos ao pequeno-almoço.
Por alguma razão estas coisas são consideradas de foro íntimo. E é assim, intimas, que se devem manter.
Quanto muito, chamem-me egoísta. Mas pudica, desculpem-me, não aceito.

E ainda por cima me dizem que sou esquisita. Só porque há receitas, segredos e experiências culinárias que eu não gosto de trocar.
Há coisas sobre as coisas eu não gosto de falar. Prefiro fazer.
Como gaja que sou, já deviam saber que eu adoro cozinhar e passar horas na cozinha...


PS - Hoje é um dia muito triste: morreu Vasco Granja. Uma referência da minha meninice. Com ele morre também um bocadinho dela. Ou não. Mas achei que ficava bem dizer isto.


Para aqueles que estão a pensar "Ò gradessíssima burra, não foi hoje que ele morreu, foi ontem", eu esclareço que escrevi este textinho às 18h32 do dia 04-05-2009 e agendei a publicação para esta hora.
Porquê?
Porque me apeteceu, uai...

1 comentário:

corrector automatico AA's disse...

"GRADEssíssima" é naturalmente um sinal, não de dislexia, mas de uma bonita inclinação para a sb... parabéns...