Hoje li um texto n' O Intelectual?, The Honeymoon that Never Ends, de Osho. Segundo me disseram, Osho é uma espécie de Buda mas mais magro. [Idiota!] Não, neste caso, Osho é o filósofo indiano Bhagwan Shree Rajneesh.
Também a mim me recordou o Elogio ao Amor de Miguel Esteves Cardoso. Um texto que eu também adoro.

"Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem."
"É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz."

Também questiono muitas vezes esta necessidade das pessoas "de ter alguém". Ter alguém. O que é ter alguém? É ter um namorado, um marido? Alguém tem alguém? As pessoas apaixonam-se porque querem companhia, é isso? Querem "ter alguém" para ir passear de mão dada para o shopping e para ir ao cinema. É isso que é "ter alguém"?
Eu não pretendo "ter alguém".
Os relacionamentos assustam-me. A rotina. As conversas pelo telemóvel a horas certas. Trocar presentes no São Valentim. Achar que o outro está conquistado. Tomar o outro como certo. Deixar de querer cuidar e de querer saber. Relacionamentos standard. Não, obrigada.
Troco esse "ter alguém" por ter alguém sempre comigo, no pensamento. Perder-me nos seus olhos. Ler a sua expressão corporal. Saber o que sente. Falar com o olhar. Colocar a mão no peito para que a dor passe. Observar em silêncio. Abraçar apertadinho. Beijar. Cuidar. Mesmo que seja em segredo. O amor dos poetas.

4 comentários:

Carpe Diem disse...

Concordo plenamente contigo e ainda te digo que um amor formatado é do mais triste que pode existir... andar de mão dada ou ter alguém apenas para n estar só apenas revela falta de auto-estima.

Prefiro a loucura do presente, a descoberta do outro e como tu bem dizes o perder nos olhos da outra pessoa e voar no sonho de momentos unicos a 2.

Beijos
Nuno.

Jorge disse...

Tenham cuidado com esses pensamentos... são muito pouco compreendidos pelos comuns mortais "treinadinhos" para a vidinha prisional :D

E idiota é o tio, menina !!!

Bruno Ramalho disse...

eu já numa outra entrada que fizeste no "defunto", que estava bloqueada a comentários, queria ter dito alguma coisa sobre o assunto recorrente, pois são muitos os lugares comuns presentes nas tuas palavras...

mas não estou com muita vontade! LOL

acho mesmo que me vou ficar por:

eu cá ando à procura de uma torre (não muito alta, que eu também não sou lá muito), com uma moça engraçada lá no topo, que me amande com as tranças cá ó para baixo, e que me diga: "sobe!!!" ("trepa" pode soar estranho a algumas pessoas que falam a língua portuguesa mais a cantar e a rir). E depois só espero que ela aguente as dores de cabeça de aguentar com o meu peso até eu chegar lá acima... e aí viveremos felizes para sempre! (mas sem rotina) LOL ;D

Brunhild disse...

Tio Jorge!!!!!!!!!!!!!!