o pesadelo português

Esta semana tem sido uma prova de fogo à minha tolerância. Ver as minhas férias tornarem-se uma miragem, por incompetência de outros, porque passam a vida ao telefone com chamadas pessoais ou na internet a enviar mails ao namorado e a falar com os amiguinhos no messenger, esquecendo-se que estão aqui para trabalhar, está a dar cabo do meu sistema nervoso.

Anda uma pessoa a dar o litro para prestar um bom trabalho. Abdicando de almoçar, saindo tarde, levando trabalho para casa e para quê?!
Se procurarem numa edição recente de um bom dicionário da língua portuguesa, poderão facilmente constatar que "profissionalismo" e "burrice", nos dias que correm, são considerados sinónimos.

A propensão dos portugueses para a incompetência e para a falta de profissionalismo dão comigo em doida.
É o absentimso desenfreado dos deputados, é meio país a sustentar a outra metade que não quer trabalhar, é a baixa produtividade, é tudo a ajudar!

No meio disto tudo, a única pessoa que ainda vai merecendo a minha consideração é o boss.
Elas têm caído sucessivamente esta semana, de onde menos de esperaria. Ele até anda meio atordoado com os acontecimentos. Apático. Dá dó olhar para ele.
E ainda falam nas responsabilidades sociais que os empresários têm. É porque devem ter!

Que país de terceiro mundo! E que mentalidades mesquinhas! Fala-se muito da baixa qualificação da mão-de-obra mas devia-se começar por baixo, por mudar a mentalidade tipicamente portuguesinha do chico-esperto.

Não tenho paciência, não tenho mesmo!

Ainda me perguntam por que gostava de ser autista?! Aqui têm um excelente exemplo prático: para que me fosse possível isolar no meu mundo e não deixar que coisas deste género mexessem tanto comigo!
Mas eu mereço!

2 comentários:

Carpe Diem disse...

Ninguem merece e muito menos tu, existe muito boa gente que finge que trabalha e que não tem respeito pelo outro... o que importa é "laurear a pevide" e o resto é conversa!!!

No meu emprego n há cá nada pra ninguem... n há Net, MSN ou chamadas para fora de Lisboa...

Respira fundo, conta ate 10 e depois explode à vontade :)

Brunhild disse...

Nã!... No emprego, como no resto, não imponho respeito com berros.

Eu não quero saber se estão ao telefone, se na net, se no msg'r, cada um sabe de si e organiza-se como achar melhor. Desde que isso não interfira com o meu trabalho! Aí, o caso muda substancialmente de figura!... Foi o que aconteceu... Mas não voltará a acontecer. Temos pena!