eu e as outras pessoas

Não me privo de estar com pessoas, de abraçá-las de lhes dizer que gostei muito de as conhecer!

Acredito sempre nelas e não estou constantemente á procura de segundas ou más intenções. Nunca olho para ninguém desconfiada, nunca tento sacar informações sobre alguém, não gosto de saber os defeitos delas. È esta a minha maneira de me envolver com gente. Essa tanta gente que eu conheci e outras que conheço. Essas pessoas que nunca foram os meus melhores amigos e nunca serão, mas guardo na memória as nossas conversas de ocasião, e os olhares que trocamos. Foram tantos os sitios por onde já passei, tantos numeros de telefone e endereços de e'mails que troquei e guardo, para os quais nunca fiz uma chamada ou enviei uma mensagem. Mas sempre me despedi com a promessa de um "eu volto", "eu ligo". Mentia.

Admiro quem tem um grupo de amigos com quem combinam saídas todos os fim de semana, jantares, reuniões. Nunca tive. Eu conheço vários grupos de amigos onde de vez em quando entro, divirto-me e saio logo a seguir, para voltar mais tarde, noutro dia, quando me apetecer ou nunca mais voltar.

Admiro as minhas colegas de trabalho que se juntam em grupinhos com quem lancham todos os dias, almoçam e aos fins de semana combinam encontros com as respectivas familias.

No meu local de trabalho eu sou um caso isolado. Falo com todos e não me dou com ninguém. Nada sabem de mim fora daquelas paredes.
Admiro-as porque quando estão com problemas choram ali á frente de todos. E ao contrário do que todos pensam, ou melhor que eu quero que pensem, eu também os tenho, alguns graves outros nem tanto. Mas lá, eu vou para a casa de banho chorar. Todos me tratam bem,não sei se é porque gostam ou por curiosidade apenas,mas também não quero saber.

Acham-me desligada, despreocupada, ou que tenho a mania que sou importante, até esquisita já me chamaram.

Eu gosto de gente, mas não de gente vulgar e não gosto de estar presa a ninguém, de compromissos, de horas, de rotina, de banalidades, de conversas da treta, de saber das vidas delas, dos maridos, dos filhos, da vidinha em geral. Eu não gosto de me sentir igual a todas as outras, eu gosto de me sentir acima dos outros, diferente, interessante, com vida !

È esta a minha luta diária, ser e fazer diferente dos outros e nunca me lamentar pelo que não tenho.

Gosto de conhecer pessoas, mas gosto verdadeiramente de poucas pessoas. Por isso quando te digo "gosto de ti" é porque gosto mesmo, é sentido, é verdadeiro. È porque me emocionas, porque te admiro e não te acho comum e porque gostava de ter em mim um pouco de ti.

2 comentários:

Brunhild disse...

Eu também gosto de ti! Muito!

E também gostava de ter em mim um pouco de ti.
Vou observando e aprendendo! ;)

Queres saber o que aprendi até agora? Quando ser muito alguma coisa, corre-se atrás. Age-se! Agarra-se a oportunidade.

Agora só me falta praticar. :)


BOOOOOOOOOOOOOOOOM DIAAAAAAAAAA!

Carpe Diem disse...

Ort só posso dizer uma coisa pelo que leio de ti e ainda sem te conhecer, gosto de te ler e da tua maneira de ser!!

Concordo ctg em todos os pontos e pratico tudo o que dizes neste texto, não tenho grupo fixo mas tenho Amigos assim com A grande e com quem sei poder contar.

Quando quiseres aparecer em Lisboa (agarra a Brun e venham as 2) só te posso prometer momentos bem passados e boa conversa.

Beijos
Nuno.