E que tal cotas para pessoas competentes, hã?!






Quem me conhece, ou já me conseguiu pôr a falar de política, sabe que nutro uma grande simpatia pelo nosso Presidente da República. Uma admiração antiga e para sempre. Como todos os meus amores. Mesmo apesar de ele nunca ter dúvidas e raramente se enganar. Ou talvez por isso. Não interessa.
Acho o Professor Cavaco Silva uma excelente pessoa, mesmo sem o conhecer, acredito nisso.
E acho que é de todo desnecessário questionar as suas capacidades, intelectuais e profissionais.

Infelizmente, é um péssimo político.
Não sabe, ou não quer saber, fazer esses joguinhos sujos e podres da politiquice portuguesa. E isso foi-lhe prejudicial.
O nosso Presidente é da velha guarda. Tal como Jorge Sampaio. Tal como Manuela Ferreira Leite. Tal como Mário Soares...

Quem me conhece, ou já me conseguiu pôr a falar de política, sabe que nutro uma grande antipatia pelo Dr. Mário Soares. Uma antipatia antiga e para sempre. Como grande parte das minhas birras.
Acredito que Mário Soares foi o pai destes novos políticos, desta forma de fazer política.
Sem, com isso, querer retirar-lhe todo o mérito e valor. Sei, e reconheço, que ele foi, e é, uma pessoa importante, muito importante, para o nosso País. Mas não gosto dele! Na verdade, não o suporto.

E também sei que as manobras, os jogos, as pressões, os lobbies, as chamadas "panelas" fazem parte do pacote.
As "panelas" chateiam-me mas não me tiram do sério.
São um mal necessário. Tudo bem, aceito.
Eu tenho noção que sou demasiado idealista para a política. Mea culpa!

O que me tira do sério são as entrevistas de Sócrates à TV, as suas declarações à Imprensa, o dolce fare niente dos deputados na Assembleia. As jogadas mirabolantes de xadrez, como se os Portugueses fossem parvos. A falta de candidatos de valor. As hienas em que se transformaram os comentadores políticos e a Imprensa.
Tira-me do sério este circo que está montado.
Tira-me do sério a indiferença dos Portugueses a tudo isto, só pensando em futebol e em passear no shopping.
Tira-me do sério pensar que as pessoas com valor, que podiam de facto fazer qualquer coisa pelo País, não se querem envolver nesta imundice. E quem as pode condenar?
Tira-me do sério pensar nos Sócrates e nos Santanas Lopes que se estão a formar nos partidos, e que estão por vir...

Os partidos estão a desintegrar-se precisamente por causa disso.
De um lado, temos a velha guarda. Que, infelizmente, está ultrapassada. Não sabem fazer desta política. Manuela Ferreira Leite, é um exemplo disso. Aceitou encabeçar o partido por amor ao mesmo, à política, ao País. E talvez tenha sido o pior erro que cometeu.
Admiro esta dama de ferro!
Do outro lado temos a nova geração, em pulgas para entrar no circo, com o seu número. Eu aposto num número de palhaços. E vocês?

Entramos na era da política fast food. Com o patrocínio incondicional da Imprensa.
Tivemos Bush nos EUA. Temos Sarkozy em França. E Sócrates em Portugal...
Tardou, mas não falhou.

6 comentários:

Ortlinde disse...

....a D.Manuela Ferreira Leite apoio o Santana Lopes.....hummmm

Brunhild disse...

Talvez seja o único meio para atingir um fim. Talvez total falta de opções. Talvez lenha, na esperança que ele se queime de uma vez por todas...
Talvez "quando não os podes vencer, junta-te a eles". Talvez "tem os teus amigos por perto, mas os teus inimigos ainda mais perto".
Talvez "dar um passo atrás, para depois dar dois em frente".
Talvez politiquice, porque não há imunes a isso...

Brunhild disse...

Para que conste, Brunhild apoia a decisão da dama de ferro e, consequentemente, Santana Lopes.
Prefiro vê-lo na política autárquica do que na nacional.
A destruir, que destrua só Lisboa...

Ortlinde disse...

claro! cá está o Porto a trabalhar de sol a sol para chegar aos cofres da capital o vil metal que eles queimam!

Brunhild disse...

Talvez fosse altura dos pessoal do Norte deixar de ser morcão!...

Lisboa recebe o que o poder central distribui.
Regionalização, precisa-se!

Brunhild disse...

O tutubas é a minha perdição!

Por falar em trabalhar de sol a sol e em ser morcão, deixa-me mas é ir trabalhar!