Nunca dei grande importância a esta quadra Natal/Passagem de Ano. Já a passei a dormir e soube-me bem. Acordo no dia seguinte e a vida continua.
Tudo na mesma.
Excepcionalmente este final do ano estive a trabalhar. Fiquei contente, não sou fã de festas encarei a noite com prazer porque gosto do que faço e ainda por cima em vez de gastar, ganhei dinheiro.
A viagem até Londres correu bem, apesar da perda dos bilhetes que afinal estavam no meio das centenas de folhas que levávamos e da perda do bilhete de identidade, que afinal estava mesmo perdido.
Eu divertidissima com os contratempos e mais ainda pela calma e descontracção do pianista.
Chegados a Londres em 30 minutos estávamos no restaurante. Agradável e requintado. O pessoal simpático e acolhedor.
Montar teclado, ligar cabos, fazer checksound.
Uma coluna avariada! Boa! Estante ?! Não temos!
Calma, calma Ortlinde, tudo se resolve, a outra coluna tem bom som e a estante improvisa-se.
Não consigo! È mais forte do que eu, quando o planeado não acontece sobe logo o géniozinho. Ando de um lado para o outro numa reza incessante que dá cabo da paciência até a um monge! Repito e repito sempre as mesmas frases "eu avisei, eu disse, eu falei, eu já sabia, eu já previa, só não me sai o euromilhões, isto vai ser bonito vai...etc etc"
È nestas alturas que agradeço não trabalhar com alguém como eu. Tem que haver o elemento apaziguador tranquilo e cheio de boa vontade. È o pianista!
Conseguiu um som agradável, só não podíamos aumentar muito o volume porque distorcia.
A substituir a estante, um balde de gelo com pé, uma agenda para encostar a capa e um vidro daquelas caixas de madeira de garrafa de vinho para evitar que esta se fechasse ou escorregasse.
O espaço estava cheio e decorado para o efeito. Muitos portugueses e alguns ingleses apreciadores da cozinha lusitana. Era ver as lagostas a passar por nós, gordas de tanto recheio, até as minhas pestanas batiam palmas de contentamento!
Estes eram emigrantes de luxo , nada parecidos com o tipico emigrante português. Elas o ultimo grito da moda, eles elegantérrimos.
Mas durante o jantar senti o publico adormecido , olhavam de vez em quando, sorriam e batiam palmas também de vez quando.
Ai ai ai, assim não dá! Vamos animar isto e puxar por esta gente, festa é festa!
Não sei se foi do vinho que beberam ou se do nosso esforço o que é certo é que finalmente começou a festa!
Correu tudo muito bem, todos satisfeitos, abraços e beijinhos e venham cá mais vezes ! Iremos. Valeu a pena.
Sempre ouvi dizer que aprendemos durante toda a vida. Para além do tanto que ainda tenho que aprender, tenho outro tanto para me conhecer/descobrir.
Descobri que não gosto de passar o final do ano com desconhecidos!
Senti a falta do pequeno e apertado abraço da minha princesa!
Senti a falta de um olhar remeloso acompanhado do chôcho com sabor a champagne e o sussurro no ouvido de "bom ano querida".
ÉPI NIU IAR !!
Álbum: raízes
Há 12 anos
1 comentário:
Excepcionalmente este ano fiquei em casa. E soube bem!
Vinte e tal brindes à meia noite acompanhado de votos de bom ano, beijos a dobrar...
Acordei em 2009 porreira da vida. Pela primeira vez em muitos anos, não acordei acompanhada da ressaca, no primeiro de Janeiro.
2009 promete!... Assim espero. E preciso!...
Bom ano!!!!
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