A pessoa por trás de Brunhild

Olá, a todos!

O meu nome é Gabriela, mas podem, e devem, chamar-me Gabi. E não, não sou alcoólica. Na verdade não bebo há mais de dois meses. Excepto na passada Sexta-feira. E no Sábado anterior. E no fim-de-semana anterior a esse. E...
Tenho 32 anos, lindos de morrer, feitos em Janeiro. E moro, nesta cidade linda de viver, onde nasci, e que adoro: o Porto.

Criei Brunhild em Agosto de 2007, no rescaldo de uma paixão, quando surgiu a necessidade de expressar o que me ia na alma.
Aqui sempre residiu a grande diferença entre mim e Brunhild: a necessidade de dizer o que vai na alma. Brunhild precisa de dizer e diz tudo o que sente. Eu não. Eu guardo tudo para mim.
Ela é passional, temperamental, impulsiva, agitada, provocadora, ama ou odeia. Eu não. Eu sou tranquila, muito calma e racional, disseco e desconstruo tudo até à sua essência, analiso, pondero. Mas sempre com uma grande dose de emoção.

Digamos que eu sou a mãe de Brunhild. Criei-a e dei-lhe asas, para que voasse por mim. Ela voou e sem pedir licença, explorou cada recanto meu. Do mais claro ao mais escuro, sem pudores.
Por ela chorei muitas vezes. Outras, ri muito. Diverti-me. Aprendi!

Na verdade, Brunhild aproximou-me de mim. E com ela, cresci.
Hoje já não sinto necessidade de me esconder atrás dela e por isso parto. Está na altura de perder o medo e aprender a voar sozinha. Sem máscaras.
Com ela aprendi a ser corajosa. Tornei-me mulher. E ser-lhe-ei eternamente grata por isso.

Quanto ao futuro, não sei! E é isso que me encanta nele: tudo pode acontecer.
Deixar de escrever? Nunca! Preciso tanto de escrever quanto preciso de respirar para viver. Escrever ajuda-me a compreender-me, desperta-me os sentidos e as emoções, puxa por mim.
No entanto, durante uns tempos, vou regressar ao papel e caneta.
Um dia, volto. Disso podem ter a certeza. Num registo diferente, mais próximo de mim. Assim que surgir vontade ou necessidade. Quando? Não sei. Poderá ser dentro de segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos... Mas, quando acontecer, eu aviso. Obviamente.

Penso que é tudo...
Foi um prazer dividir a Cavalgada com todos. Existe um bocadinho de cada um de vocês aqui. Foi lindo de se viver!
Obrigada...

Despeço-me, com uma brincadeirinha. Afinal, o sentido de humor foi algo que eu e Brunhild sempre partilhamos. E a perdição por calçado e malas...

Até sempre e, conforme a Magda pediu, façam o favor de serem felizes!

Um beijo repenicado e demorado nessas bochechas lindas de cada um dos nossos leitores. Sejam eles assumidos, anónimos, clandestinos, esporádicos, assíduos, próximos, afastados, enganados, perdidos, achados, brancos, pretos, amarelos, azuis, verdes, vermelhos, gajos, gajas, indefinidos, mistos... Enfim, em cada um de vós, individualmente e personalizado.

façam o favor de serem felizes e até qualquer dia!

maldito relógio que me comanda a vida!

agora que despi o fato do coelho da Alice no país das maravilhas e que quase todos dormem...

A Cavalgada das Valquirias tornou-se na minha melhor amiga, a minha confidente, a minha heroina, quem procurei quando estava em baixo. Onde textos se transformaram em verdades, aquelas verdades que não me apetecia nada saber.

Chegámos a andar ás turras! Não sabia o que lhe escrever. Ou então quando surgiam as primeiras frases, logo de seguida apagava, substitui-as por outras, tornava a apagar e escrever novamente as que já tinha apagado. E alguns textos ficaram pelo caminho.

A cavalgada mudou os meus dias, deu côr á minha rotina. Fiquei mais desperta a tudo o que se passava á minha volta. Coisas simples, como a porta de um elevador, ou o trolha da junta, fizeram-me correr para o computador, como se não houvesse amanhã.

Aqui tive oportunidade de revelar sentimentos. Aqui revelei um pouco do meu lado obscuro, que nunca partilhei com ninguém, com medo de não ser entendida. Só não contei o meu lado mais negro: aquele flirt que tive com a minha vizinha casada! Brincadeirinha! Nunca aconteceu!

Tive sempre a noção que, mesmo nos textos mais simples, poderia arranjar lenha para me queimar. Mesmo assim valeria a pena, pela diversão, pelos momentos em que ri descontroladamente com as entradas repentinas da Dra.Maria dos Prazeres de Santa Comba Dão, e de todos aqueles Tones que eram nada mais nada menos, que o Nuno Lima. E pelos momentos em que me emocionei com os textos da Brunhild e os poemas do AlberTone Caeiro.

Creio sinceramente que estas duas Valquirias vão andar pela blogosfera e voltarão a ter um outro cantinho, com outros nomes e outras cores e outras musicas!

Jan

Obrigada por me teres trazido aqui. Aquele abraço.

Gabi

Obrigada por me teres deixado entrar na tua vida, pelo convite para escrever aqui e principalmente por existires ! Nunca te esquecerei!

Bruno

Obrigada pela força que me deste no 1º texto que aqui publiquei. Foste o meu anjo.

Nuno

Obrigada por todos os comentários e pelos convites á capital. Iremos!

Ao multifacetado Nuno Lima

ainda hoje pergunto que tinha de tão especial o texto do homem microondas para despertar a tua atencão?! amo-te! e também a todas essas vozes e gente e Tones que habitam essa cabecinha fantástica!

A todos os outros

Obrigada pela visita! Beijos !


Magda

notícia de última hora

Não são poucos os casos de blogueiros que são contactados por editoras para que os seus textos sejam publicados em livro.
Esse jamais foi o objectivo desta blogueira! Juro! Nem para lá caminhava.
Por isso, foi com grande espanto que recebei, agora mesmo, uma chamada das Publicações Europa-América.

Pelos vistos querem a colaboração da autora (moi même!) para a criação de um livro: Apontamentos Europa-América explicam... A Cavalgada das Valquírias.
Não sei se estão a ver o que é... São aqueles livrinhos amarelos, de apoio, que explicam as grandes obras literárias.

Senti-me lisonjeada! Contudo, recusei! Falta de tempo!

Mas, que me deram um óptima ideia para um blogue, lá isso deram!...


PS1 - Deslarguem-me! Estou a ir!... Ando a empacotar as tralhas.

PS2 - Bolas! Resolvi encerrar a Cavalgada logo num dia cheio de acontecimentos. Dava textos que nunca mais acabavam. Tivesse tempo...

PS3 - E um jogo sobre a Cavalgada?!... Ou uma novela. Um filme! Onde andam os olheiros de Hollywood. Ou de Bollywood. Ou, como é que era o outro?!... Nigerwood?!... Nollywood!...

Interpretação do texto "Não sou pudica!"

Eu não estava danada. Minto, estava. Estava danada para a brincadeira. Aliás o tom geral do texto é mesmo esse: brincadeira.

Nessa tarde, a meio de uma conversa trivial, uma amiga saiu-se com um "vocês estão tão pudicas". E eu lembrei de uma conversa que tinha tido com a Ortlinde, há semanas, precisamente sobre esse assunto, eu ser ou não pudica, quando uma vez a surpreendi ao falar sobre sexo. Foi quando lhe disse que, de facto, não falo sobre sexo ou sobre as minhas experiências, tal como não tenho o hábito de falar sobre tudo o que é privado e intimo na minha vida. Sou muito reservada.

A parte de me chamarem burra duas vezes na mesma noite é uma picadela para o meu mano.
Who else? Quem mais tem coragem para me fazer destes elogios?!
Gosto dele por causa disso.

O parágrafo seguinte é todo ele estupidez atrás de estupidez.
Começa com uma dica para a Ortlinde, com a do gloss, que uma vez me elogiou e eu prontamente lhe passei a marca e a cor do mesmo.
Segue-se uma referência à famosa sapataria onde as gajas marcam ponto. Temos este código entre nós: quando uma descobre uma sapataria do género, envia circular às restantes.
A do gato da praia é uma referência de mim para mim. Acontece muitas vezes.
A das calças de ganga é um sonho. Uma vez que desde que as minhas calças de ganga preferidas me deixaram de servir, há um ano, que ando atrás de umas calças que as substituam. So far, sem sorte.
A da idade e a do soutien têm a ver com uma conversa entre mim e um menino aqui há tempos. Menino esse quem nem sonha com a existência do blogue.
E a de comer meninos ao pequeno-almoço tem a ver com uma conversa minha com o meu mano.

A parte do esquisita é verdade e está relacionada com uma conversa tida ontem com uma miga. Chamam-me esquisita, principalmente no que toca à minha escolha em matéria masculina. Não me apraz qualquer coisa. Sou mesmo esquisita. Ou selectiva. Ou... Não interessa para o caso!
A secção seguinte é uma analogia entre cozinhar e sexo.
Que remata a conversa do ser pudica. No fundo, admitindo que sou, sem o fazer abertamente.

O Post Sciptum é humor escurecido.
Dizia eu ontem que blogger que se prezasse iria fazer referência ao assunto mas que eu não o faria. Mas, sendo do contra, fiz.
Na verdade, Vasco Granja pouco me diz. O que recordo dele é mau: as secas intermináveis que ele dava de blá blá blá, antes dos meus cartoons favoritos.

E termino com mais uma alfinetada no meu mano e um devaneio meu.

Não existe nenhuma mensagem subliminar para ninguém! Além do que foi referido.

Pedido de Demissão

Curiosamente, ainda ontem falava com a minha co-blogger Ortlinde, sobre o futuro do blogue. Dizia-lhe que me estava a chegar ao fim, que era altura de pensar em fechar a Cavalgada.

Hoje, por causa do blogue, começo o dia em grande!

É impressionante a dimensão que o blogue ganhou e o espaço que ocupou na minha vida.
Agora que penso em tudo o que vivi graças ao blogue, ao que ele me proporcionou... Custa muito partir. Ninguém imagina o quanto este cantinho é especial para mim.
Mas eu não posso ficar presa aqui...

Eu sempre avisei que era preciso que separassem as águas. Daí sempre ter sido relutante a dar o endereço do blogue a pessoas que não me conhecessem muito bem pessoalmente.

Eu e Brunhild não somos a mesma pessoa. Temos muito uma da outra mas não somos a mesma.
Pelos vistos não é possível desenhar essa linha. E por isso, se um dia voltar à blogoesfera, prefiro que ninguém saiba a minha morada.

Sim, é possível que eu me arrependa desta decisão. Até porque ela está a ser tomada a quente. A escaldar. Num misto de desilusão, mágoa, tristeza, e outras coisinhas mais.
Mas se eu me arrepender, posso sempre voltar.

Antes de ir, peço publicamente desculpa a quem Brunhild possa algum dia ter magoado. Pelo que conheço dela, não era essa a sua intenção.
Mas sdmito que EU possa ter deixado a brincadeira ir longe demais, algumas vezes. Peço desculpa se isso magoou.

Relativamente à minha pessoa, só gostaria de dizer que eu não preciso do blogue, nem uso o blogue para mandar recados a ninguém.
Sim, transformou-se num meio de comunicação entre mim e outra pessoa, e posso tê-lo utilizado como brinquedo entre o gangue. Mas nunca um moço de recados. Eu, Gabi, não mando recados a ninguém. Eu entrego-os, pessoalmente.

Adeus!
Ainda me está a custar mais acabar com este do que com o Não-me-parece...
Cuidem-se! Fiquem bem... A gente cruza-se por aí...

beijos grandes a todos
Gabi

Não sou pudica!

Estou danada! Chamaram-me pudica, pela segunda vez no espaço de dois anos e meio!
Que me chamem burra duas vezes na mesma noite, ainda aceito. Mas pudica?!
Tudo porque há coisas que nem às paredes confesso.

Para que conste, há coisas que uma lady nunca conta.
A saber: a marca e a cor do gloss que deixa os nossos lábios com aquele aspecto tão apetecível, a localização exacta daquela sapataria que tem sapatos lindos de morrer a preços acessíveis, como conseguimos o número de telemóvel do gato da praia, o nome da loja onde compramos aquelas calças de ganga que nos ficam no vinte, a nossa idade verdadeira, a medida do nosso sutien e o porquê que nos dizerem que comemos meninos ao pequeno-almoço.
Por alguma razão estas coisas são consideradas de foro íntimo. E é assim, intimas, que se devem manter.
Quanto muito, chamem-me egoísta. Mas pudica, desculpem-me, não aceito.

E ainda por cima me dizem que sou esquisita. Só porque há receitas, segredos e experiências culinárias que eu não gosto de trocar.
Há coisas sobre as coisas eu não gosto de falar. Prefiro fazer.
Como gaja que sou, já deviam saber que eu adoro cozinhar e passar horas na cozinha...


PS - Hoje é um dia muito triste: morreu Vasco Granja. Uma referência da minha meninice. Com ele morre também um bocadinho dela. Ou não. Mas achei que ficava bem dizer isto.


Para aqueles que estão a pensar "Ò gradessíssima burra, não foi hoje que ele morreu, foi ontem", eu esclareço que escrevi este textinho às 18h32 do dia 04-05-2009 e agendei a publicação para esta hora.
Porquê?
Porque me apeteceu, uai...

está a apetecer-me...

Este blogue foi comprado pelo senhor Nuno Cabral de Montalegre e a partir deste momento só transmite folclore transmontano.

requiem for a dream

Marion: I love you, Harry. You make me feel like a person. Like I'm me... and I'm beautiful.
Harry Goldfarb: You are beautiful. You're the most beautiful girl in the world. You are my dream.



Dormia eu o sono dos vivos quando me chamaste.
Ainda hesitei, pelo medo que me é característico. Mas tu já me conhecias, tinhas-me estudado.
Soubeste chamar-me eu acabei por te seguir.
Segui-te sempre! Crédula. Leal e fiel, segui-te mesmo quando nem sabia por onde me levavas ou o porquê daqueles caminhos, que não nos levavam a lado nenhum.

Um dia acordei, estremunhada: seria só um sonho?
Tentei voltar a adormecer mas, às voltas com aquela dúvida, não consegui.
Tu continuavas a dormir e a sonhar ao meu lado.
Incapaz de te acordar, levantei-me para espairecer. Na esperança que, ao sentires a falta do meu corpo quente ao teu lado, me procurasses, me abraçasses e me dissesses que não era só um sonho. Ou pelo menos que me chamasses, preocupado, dando sinal que tinhas dado pela minha falta.
Mas não o fizeste. E eu na altura, se tivesse pensado, saberia que nunca o farias.

Quando me apercebi disso, e já mais calma, voltei para teu lado. Tarde demais.
Dormias agitado, inquieto. Esbracejavas e esperneavas.
Tentei abraçar-te, dizer-te que estava tudo bem. Mas não estava.
De tão agitado, acertaste-me em cheio e magoaste-me.
Tentei defender-me, e ao fazê-lo, talvez te tenha magoado também.
Tentei acordar-te. Mas nada resultou.
Vejo agora que não foi boa ideia ter-me deitado ao teu lado, tentar abraçar-te e tentar acordar-te, a bem ou à força. Deveria saber que jamais acordarias se não quisesses. E, no fundo, tu não querias.

Magoada, e angustiada por te ver assim, afastei-me, convencida que não me querias ao pé de ti.
Sentei-me no sofá, a ver-te dormir. Incapaz de pregar olho, definhando, sem comer. Observava-te, sem dares por mim.
Por diversas vezes fui até à porta, decidida a deixar-te, por não me quereres. Mas voltava sempre, pois parecias chamar por mim. E eu, precisava da certeza que ficavas bem.

Um dia pareceste-me mais calmo. Pareceste-me melhor.
Achei então que ficarias bem e abandonei o nosso quarto.
Já do lado de fora, ouvi-te chamar por mim. E voltei.

Sonhavas tranquilo, como me lembrava de ti.
Deitei-me a teu lado, a medo, sem te tocar.
Eu sinto-te procurar-me, provocando-me com os teus jogos, seduzindo-me com as tuas palavras, chamando-me para dentro do teu sonho. Mas eu continuo com dificuldade em adormecer. Quanto mais sonhar.

A dúvida persiste. Ainda temo que, para ti, tudo não passe disso mesmo, de um sonho. Apesar de ter a certeza que gostas de mim. Ou será da ideia de mim? Na verdade, tanto faz. Porque a maior ironia do grande sonho é mesmo essa: eu sou muito mais e ainda melhor do que o que tu sonhaste.
Esse sempre foi o problema. Não estava nos planos. Foi o revés que não estavas à espera.

Sim, é verdade, amor. Esse sonho terminou. Pelo menos para mim.
Contudo, contra todas as probabilidades, eu continuo onde sempre estive. Um pouco diferente, é certo. Mas igual na essência, que faço questão de manter.
Descontruíste-me até me descaracterizares. Destruíste-me, para tua própria sobrevivência. Eu sei, não precisas de me dizer.
Mas, teimosa, eu renasço, à luz do que sou. Porque sou real.
Talvez por isso, se as tuas asas são demasiado grandes para que possas caminhar, as minhas, continuam demasiado pequenas para que eu possa voar. Eu tento, mas canso-me rapidamente e volto ao mesmo lugar.

Mas dói! Dói muito estar aqui, querer algo mais que tudo, saber que está perto, que podia acontecer, e não conseguir tocar-lhe, por se recusar a acordar, por ser só um sonho.

Por isso me apetece tanto tocar-te e acordar-te suavemente. Sentir-te despertar, até que abras os olhos e me vejas ao teu lado. Sorrir-te, piscar-te o olho como que a dizer-te que é verdade, que sou real e que está tudo bem. E, ainda a meia voz, perguntar-te o que queres para o pequeno-almoço.

as aparências iludem

Por precisar de ser livre, sempre questionei muito e acreditei pouco. Em tudo.
Só há algo em que acredito piamente: em mim.

as aparências iludem

Dissecar e desconstruir, de forma a poder analisar as coisas, reduzidas à sua essência, nada tem de simples.

é oficial: abriu a época balnear

esplanada + três gajas (três línguas vezes três vontades de falar) + sol = 1.º escaldão(sinho) de 2009


Dois dias cheios de sol (ou seja, sem consultar a net) e tenho 289 textos à minha espera no GReader.
Não há sol e esplanadas nas terrinhas desta gente?!

Vai ser uma manhã muito difícil!

BOM DIA!!!

diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és #76



"Lembra de mim"
Ivan Lins


Lembra de mim!
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz
Os mais bonitos
Continuam por lá
Documentando
Que alguém foi feliz...

Lembra de mim!
Nós dois nas ruas
Provocando os casais
Amando mais
Do que o amor é capaz
Perto daqui
Há tempos atrás...

Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim!...

à espera de ser escrita *

* uma carta ao amor por vir





Espero que chegues e preparo o melhor presente que te poderia oferecer, a título de boas-vindas: uma folha em branco.
Uma folha limpa, livre de erros e de marcas do passado: mágoa, traições e desilusões, cometidas ou sofridas.
Uma folha imaculada: um recomeço, um renascer, uma nova história. Só nossa.

Espero, tentando encontrar a compreensão e a paciência que nunca tive mas que procurarei ter. Por nós. Precisarei delas quase tanto precisarei que acredites em mim. E quase tanto preciso de acreditar em nós.

Espero, ansiosa que me descubras, sem preconceitos. A mim, à menina que precede a mulher, também por vir, e todas as outras, também à tua espera, para se revelarem.
Espero, ansiosa por te descobrir. De início e sem medo. Disposta a receber tudo e a ceder, por fim, à entrega.

Espero, e chamo o amor que tenho vindo a guardar. Para ti.
Contribuirei com ele, o melhor de mim: amor infindável. Tu contribuirás com o melhor de ti: paixão desmedida. A simbiose perfeita.
Amarei como brisa calma: actos, alma e afecto. Tu amarás como fogo inquieto: palavras, corpo e desejo. Combustão: este será o nosso jogo.

Espero, e enquanto espero, olho a folha em branco, e sonho. Sonho com o momento mágico que será o nosso primeiro encontro. Ou melhor, o último dos reencontros.

diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és #75


Whole Lotta Love - Led Zeppelin

"Whole Lotta Love"
Led Zeppelin


You need coolin', baby, I'm not foolin',
I'm gonna send you back to schoolin',
Way down inside honey, you need it,
I'm gonna give you my love,
I'm gonna give you my love.

[Chorus]
Wanna Whole Lotta Love [X4]

You've been learnin', baby, I bean learnin',
All them good times, baby, baby, I've been yearnin',
Way, way down inside honey, you need it,
I'm gonna give you my love... I'm gonna give you my love.

[Chorus]

You've been coolin', baby, I've been droolin',
All the good times I've been misusin',
Way, way down inside, I'm gonna give you my love,
I'm gonna give you every inch of my love,
Gonna give you my love.



[Vai um bocadinho de rock?...]

diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és #74



"Against all odds"
The Postal Service

um amor de perdição

Siegfried e Brunhild, Tristão e Isolda, Romeu e Julieta, Pedro e Inês... Simão e Teresa. O romantismo levado ao expoente máximo.

Depois de Evelyn Waugh, segue-se Camilo Castelo Branco. Está decidido!



Ah! Sobre o filme... Leiam o livro!

diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és #73



"Closer"
Ne-Yo

Turn the lights off in this place
And she shines just like a star
And I swear I know her face
I just don't know who you are
Turn the music up in here
I still hear her loud and clear
Like she's right there in my ear
Telling me that she wants to own me
To control me
Come closer [x3]

And I just can't pull my self away
Under her spell I can't break
I just can't stop [x4]
And i just can't bring myself no way
But I don't want to escape
I just can't stop [x4]

I can feel her on my skin
I can taste her on my tongue
She's the sweetest taste of sin
The more I get the more I want
She wants to own me
Come closer
She says come closer



[Morram todos ao minuto 1:25, com a flor no cabelo da Tyra! É das minhas!...
É impressão minha ou estes cantores escurinhos têm todos a mania que também me atríbuem?!...]

ao meu amor, que está por vir

Preciso de ti. Preciso que venhas. Preciso que me ensines a ser mais selectiva, ecléctica.
Não me apetece nada aprender a sê-lo sozinha.
Faz-me mal ser assim. Atrasa-me. Impede-me de ser, de evoluir.
Mas preciso que sejas tu a dizê-lo. Não devias ser assim. Não te faz bem.
E depois ensinas-me. A escolher e a decidir. A ouvir, a sentir, a ver. A ser.

A propósito, quando vens?

almoço de 15 de Agosto

Vi prepararem, numa cena de um filme, uns lombinhos de peixe no forno, que me deixaram ougada.
Alguém tem uma receita que aconselhe? Ou vão deixar-me experimentar todas as que me aparecerem pela frente no google?

Vão meter os TOCs na Ordem...

... Isso é que era bom!

E, para ajudar à festa, querem revogar a nossa bíblia.
Ou seja, finalmente chegaram à conclusão que andamos a rezar o terço errado há anos...
Ando maravilhada com o nosso País!

Bem, mais vale tarde que nunca.

diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és #72



"A dream goes on forever"
Todd Rundgren

[The Virgin Suicides Soundtrack]


A million old soldiers will fade away
But a dream goes on forever
I'm left standing here, I've got nothing to say
All is silent within my dream

A thousand true loves will live and die
But a dream lives on forever
The days and the years will go streaking by
But the time has stopped in my dream

We all have our everyday hopes and fears
And you'll find no exception in me
But that doesn't get me through a sea of tears
Over lifes biggest tragedy

You're so long ago and so far away
But my dream lives on forever
I guess I believe that I'll see you one day
For without it there is no dream

You're so far away and so long ago
But my dream goes on forever
And how much I loved you you'll never know
'til you join me within my dream

diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és #71



"Boys and Girls"
Blur


Always should be someone you really love

virgens kamikazes

Também sou virgem. Nasci a 27 de Agosto.

Sinto-me um peixe fora de água nesta sociedade consumista e sem valores morais.
Sinto-me sozinha e estou farta.
Procuro um companheiro.

É importante que enviem fotografia de corpo inteiro e rosto.
Assim como dados biográficos, interesses e declaração de IRS 2008.
Porque eu não me interesso só pelo físico. Não sou fútil. Quando me apaixonar será pelo todo! Inclusive pelo saldo bancário.

Todos os interessados devem deixar os contactos na caixa de comentários ou enviar mail para o meu endereço.

Prometo responder a todos!

a culpa é dos blogues

Já repararam que nos jornais existe cada vez mais espaço para Opiniões, em detrimento do espaço para a informação, para notícias e reportagens?

só por curiosidade

Gostava de saber quanto é que os portugueses gastam em jornais informativos, em jornais desportivos e em revistas, nomeadamente as ditas cor-de-rosa.
E quais são os/as da sua preferência.

E já agora, também gostava de saber quais os programas de televisão com maior audiência. Porque eu desconfio, mas quero ter a certeza.

ou isto

Clube das Virgens ainda sem sócias

Porque será?!...

é isto

Gabi: “Ronaldo deixa-se dominar na cama”

as coisas que eu recebo por mail





Aqui está ele! O bar portátil para o nosso condomínio fechado na praia.
Será a sensação do Verão de 2009!

Venham as caipiroskas, mosquitos e margaridas. E Safaris à Batô...
Mas só para quem tiver pulseira!...


Que mais nos falta?... Um barbacu?!


Mais info aqui e aqui.

o monstro precisa de amigos *

* Considerado pelos ouvintes da Antena3 como o melhor álbum nacional (1994-2009)



Ornatos Violeta
"Capitão Romance"

Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar.
Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu.

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer.
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou.

Eu vi
Mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir.
E dar sentido à viagem
P'ra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz.

Eu vi
Mas não agarrei



[Eu não votei mas apoio: adoro Ornatos. E adoro o Manel.
Mas isso já não é novidade...]

tréguas

E não é que o Marocas me surpreende na recta final?
Quase me arrepiou.

Mas teve de mandar o recadinho dele. Sempre a defender o afilhadinho...

pensar Portugal

Prós: os sapatos da Fátima
Contras: Mário Soares

as coisas que eu recebo por mail *

Quando nos juntamos a noite e saímos para um local com bastante pessoas do sexo feminino, ali o meu companheiro Felicius parece que têm íman, atrai as bonitas, as menos bonitas e tudo o urine sentado, independentemente da estrutura, altura, peso e local de origem. Para já, acho que já têm uma mais que tudo, mas esta pulseira poderia ter-lhe poupado muito tempo!

Esta pulseira é composta por dois modos, o Seeker e o Teaser ao qual poderá criar um perfil com o que gosta, o que não gosta, o que costuma fazer e todos os aspectos sobre si, enquanto que a outra pessoa irá por as características que procura para encontrar a sua Alma Gémea. Ambas as pulseiras estão constantemente e procura de outras pulseiras e fazem a análise desses dados inseridos pelo utilizador, quando encontra uma compatível, avisa.

Com isto poderá ultrapassar muitos dos passos gastos para criar uma família, sendo que se a pulseira a indica, você só terá de analisar o grau de inteligência e se o resto dos requisitos pessoais são preenchidos.



[Eu quero uma! Ainda por cima é gira...]


Mais info.


* Obrigada, Bruno.

as coisas que eu recebo por mail *

Num programa em Espanha, queriam comprovar quem finge melhor: se os homens, se as mulheres. Por isso fizeram um casting com miúdos que comiam um yogurte cheio de sal (sem eles saberem) e tinham que dizer assim: "Yogurtes Glotone! Que ricos!!!!"


Vale a pena ver! Há um vídeo com meninos e outro com meninas.
Vejam quem finge melhor:






* Obrigada, Bruno.

as coisas que eu recebo por mail

Um Inglês a viver em Portugal ia fazendo um esforço para dizer umas
coisas em Português. Foi ao supermercado e fez a seguinte lista:
- Pay she
- MacCaron
- My on easy
- All face
- Car need boy (may you kill oh!)
- Spar get
- Her villas
- Key jo (parm soon)
- Cow view floor
- Pee men too
- Better hab
- Lee moon
- Bear in gel


Ao chegar a casa, bateu com a mão na testa e disse:
- Food ace! Is key see me do too much! Put a keep are you!

como chegar de santa maria da feira a santa maria de lamas

segue sempre em frente pelo tapete. Sabe onde é o hospital?! Não?! não é na primeira rotunda mas é depois da 2ª rotunda que por acaso é redonda. Depois do hospital, segue sempre em frente até ao....conhece o éclere? não?! é logo a seguir ao hospital. Segue sempre sempre sempre em frente até aparecer o éclere. Ilhamas é logo a seguir. Quando lhe aparecerem dois esgalhos encosta tudo á direita e segue sempre. Vai passar outra vez por duas rotundas, tenha cuidado na primeira porque o pessoal não sabe que é uma rotunda e entra á campeão e há sempre quem safôda ali, por isso cuidadinho a entrar aí! Quando chegar ao centro de Ilhamas, vá em direcção ao parque, o Aquarela fica mesmo atrás do estádio de futebol.

mas porque esqueci eu a necessaire no Aquarela?! e porque ainda ninguém me ofereceu um GPS?!

Nunca lá chegaria se não fosse o sentido de orientação do Tone! (pronto, já não quero o GPS, quero outro necessaire para substituir o que fica esquecido)


Nota:

Ilhamas - Lamas
tapete - estrada de alcatrão
éclere - supermercado Le Leclerc
esgalho - bifurcação ( Dra, afinal em santa maria da feira também conhecem esgalhos!)
campeão - piloto de desporto motorizado e que chega em primeiro á meta
safôda - isto, todos sabemos o que é.

Àparte:

Não estão transcritas na integra, á excepção da "nota", todas as informações que nos deram , esta rota aqui descrita também não deve corresponder totalmente á verdade devido á minha falta de orientação.