Olá, a todos!
O meu nome é Gabriela, mas podem, e devem, chamar-me Gabi. E não, não sou alcoólica. Na verdade não bebo há mais de dois meses. Excepto na passada Sexta-feira. E no Sábado anterior. E no fim-de-semana anterior a esse. E...
Tenho 32 anos, lindos de morrer, feitos em Janeiro. E moro, nesta cidade linda de viver, onde nasci, e que adoro: o Porto.
Criei Brunhild em Agosto de 2007, no rescaldo de uma paixão, quando surgiu a necessidade de expressar o que me ia na alma.
Aqui sempre residiu a grande diferença entre mim e Brunhild: a necessidade de dizer o que vai na alma. Brunhild precisa de dizer e diz tudo o que sente. Eu não. Eu guardo tudo para mim.
Ela é passional, temperamental, impulsiva, agitada, provocadora, ama ou odeia. Eu não. Eu sou tranquila, muito calma e racional, disseco e desconstruo tudo até à sua essência, analiso, pondero. Mas sempre com uma grande dose de emoção.
Digamos que eu sou a mãe de Brunhild. Criei-a e dei-lhe asas, para que voasse por mim. Ela voou e sem pedir licença, explorou cada recanto meu. Do mais claro ao mais escuro, sem pudores.
Por ela chorei muitas vezes. Outras, ri muito. Diverti-me. Aprendi!
Na verdade, Brunhild aproximou-me de mim. E com ela, cresci.
Hoje já não sinto necessidade de me esconder atrás dela e por isso parto. Está na altura de perder o medo e aprender a voar sozinha. Sem máscaras.
Com ela aprendi a ser corajosa. Tornei-me mulher. E ser-lhe-ei eternamente grata por isso.
Quanto ao futuro, não sei! E é isso que me encanta nele: tudo pode acontecer.
Deixar de escrever? Nunca! Preciso tanto de escrever quanto preciso de respirar para viver. Escrever ajuda-me a compreender-me, desperta-me os sentidos e as emoções, puxa por mim.
No entanto, durante uns tempos, vou regressar ao papel e caneta.
Um dia, volto. Disso podem ter a certeza. Num registo diferente, mais próximo de mim. Assim que surgir vontade ou necessidade. Quando? Não sei. Poderá ser dentro de segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos... Mas, quando acontecer, eu aviso. Obviamente.
Penso que é tudo...
Foi um prazer dividir a Cavalgada com todos. Existe um bocadinho de cada um de vocês aqui. Foi lindo de se viver!
Obrigada...
Despeço-me, com uma brincadeirinha. Afinal, o sentido de humor foi algo que eu e Brunhild sempre partilhamos. E a perdição por calçado e malas...
Até sempre e, conforme a Magda pediu, façam o favor de serem felizes!
Um beijo repenicado e demorado nessas bochechas lindas de cada um dos nossos leitores. Sejam eles assumidos, anónimos, clandestinos, esporádicos, assíduos, próximos, afastados, enganados, perdidos, achados, brancos, pretos, amarelos, azuis, verdes, vermelhos, gajos, gajas, indefinidos, mistos... Enfim, em cada um de vós, individualmente e personalizado.
Álbum: raízes
Há 11 anos